POBRE JOVEM DE COLOMBO

Ivan de Colombo

Tive uma informação que a politica colombense quer agora atacar o voto jovem, isso não deve ser verdade, pois justamente os jovens que são marginalizados pela nossa sociedade , os jovens que apanham da policia, jovem que moram que morrem as centenas . Tem funcionário da prefeitura que esta desesperado e faz convite na Internet para poder convencer a juventude a ingressarem em projetos sociais eleitoreiros.

Todos sabemos e não é de hoje que a participação política dos jovens tem sido uma constante, tanto como exercício quanto como debate, nas academias, no terceiro setor e também em âmbito governamental. O engajamento social da juventude resulta, hoje, em conquistas consideráveis, tanto no que diz respeito à construção de políticas públicas quanto na participação em setores diversos da sociedade. Na periferia, a presença do Movimento Hip Hop e a atuação de ONGs estão estreitamente relacionadas com o despertar dos jovens para a militância.
Uma  pesquisa  sobre a juventude, publicada pela representação da UNESCO no Brasil, revela que 27,3% dos jovens brasileiros participam ou já participaram de alguma forma associativa, como movimentos sociais, ONGs, sindicatos, partidos políticos, grupos culturais e religiosos. Ao todo, são 13 milhões de jovens envolvidos apenas no Brasil. O estudo coordenado pelas sociólogas Mary Castro e Miriam Abramovay foi realizado em 26 estados, abrangendo cerca de 10 mil jovens de 15 a 29 anos.
 Também vale ressaltar que 62,5% dos jovens afirmam que acreditam na democracia. Então o que fica da pesquisa é que o jovem não participa mais porque tem críticas ao modo de fazer política vigente e não porque seja conservador, apático ou apolítico”.
Ainda segundo a pesquisa, 32% dos jovens da classe A declaram participar de algum tipo de associação, índice este de 24,7% nas classes D e E. A pesquisadora destaca que devem ser considerados os diversos modos de participação política: “Muda o nível e o parâmetro de participação, sendo que os jovens de periferia são mais engajados no plano local, o que tem a ver com acesso ao conhecimento, condições de mobilidade e por limitações de estarem engajados na sobrevivência imediata, mas por outro lado se diversifica os tipos de participação, então é relativa tal comparação por classe ou lugar de residência. Há que de fato ter em mente que as limitações materiais impõem possibilidades de participação, mas não a tolhem completamente”.
Parem de demagogia , professor, eu aconselho a Juventude a integrarem em grupos próprios formado por iniciativa própria , ideias próprias e não fabricadas , entendeu ” bicho” , é por causo dessas  taticas agressivas eleitoreiras que os jovens ficam desacreditados porque as necessidades imediatas ficam em segundo plano e a política vem primeiro. “É importante que as pessoas entendam que agir politicamente é explorar e vai exigir muito esforço de tempo , e isso professor não é tão possível”.
“Faço uma pergunta a quem possa responder , quem são os jovens empregados hoje na prefeitura de Colombo, são filhos de quem, essa é uma pergunta complicada não é mesmo.
Mas nossos jovens são sábios e nos últimos anos a sua atuação tem evoluido  no campo político e isso ocorre de várias maneiras”, não precisa uma Coordenadoria da Juventude da Prefeitura de Colombo dizer o que os nossos jovens precisam fazer, devem perguntar o que eles estão precisando. A atuação dos jovens têm representado uma atuação diferenciada para transformação social em Colombo, são  movimentos culturais, igrejas, os conselhos, associações comunitárias, ONGs, grupo de samba, o pagode e o rap, que proporcionam a socialização e a ocupação do espaço urbano, ampliando assim a possibilidade de discussões”.
A nossa prefeitura nos últimos 4, 5 anos não apresentou nada para haver uma aproximação maior dos jovens com os problemas sociais que são vitimas, e o que fazer para seu crescimento , agora querem despertar o interesse e esperam respostas positivas para preencher 400 vagas ou 400 votos. 
 “ Caro professor o lugar que você está no mundo favorece uma visão das coisas de um determinado ângulo. Os jovens da periferia de Colombo estão diante dos problemas sociais e têm consciência da importância de uma transformação, ao passo que jovens de outros lugares, que já têm todos os seus direitos garantidos, muitas vezes não percebem que existem pessoas que precisam de um salário decente, moradia, saúde, informação, que são direitos básicos e não privilégios”.

Acredito que para despertar o interesse da juventude para questões políticas é preciso trabalhar uma linguagem próxima à que utilizam no cotidiano, gerando maior entendimento e quebrando o estigma, comum entre os jovens, de que política é uma coisa enfadonha. “Se comunicar com os jovens do funk, hip hop, cultura afro, pressupõe a utilização de novas linguagens. Não dá para formatar discussões muito quadradas, porque é chato, ineficaz e não dá impacto. Temos que, internamente, trabalhar uma linguagem adequada para atingir a todos que estão envolvidos. Temos uma preocupação de influenciar institucionalmente, nas ações do poder público e que as expressões da sociedade civil possam impactar e até mesmo informalmente. Nas relações cotidianas e letras de música podemos chamar mais parceiros para traçar ações coletivas. Queremos que a política não seja um apêndice, mas que esteja presente em tudo. O que pode provocar a vontade de ir pra frente é perceber que a política está no cotidiano e que se não fazemos alguém vai fazer por nós”.

Politica para valorização dos jovens, é isso que precisamos , temos que, internamente, trabalhar uma linguagem adequada para atingir a todos que estão envolvidos. Temos que ter uma preocupação de influenciar institucionalmente, nas ações do poder público e que as expressões da sociedade civil possam impactar e até mesmo informalmente. Nas relações cotidianas e letras de música podemos chamar mais parceiros para traçar ações coletivas. Queremos que a política não seja um apêndice, mas que esteja presente em tudo que valorize os jovens. O que pode provocar a vontade de ir pra frente é perceber que a política está no cotidiano e que se não fazemos alguém vai fazer por nós”.
 Será que . “O Conselho Municipal tem uma luta de promoção de igualdade racial. Há vários conselheiros que são negros e moradores de vilas e favelas. Isso é importante porque demonstra que essa juventude tem um projeto político e uma proposta de sociedade que está tentando colocar em prática”.

Ainda somos a Terra do Nunca.
Ivan de Colombo

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