A Petrobras assinou dois termos de recebimento de recursos recuperados pela Operação Lava Jato, no valor total de R$ 139 milhões. O ex-gerente Pedro Barusco e delator na operação devolveu R$ 69 milhões. O dinheiro provinha do caso envolvendo a fabricante de plataformas de petróleo holandesa SBM. O restante vem de contas do ex-diretor Paulo Roberto Costa, também delator. Foi a segunda cerimônia de ressarcimento de recursos desviados à estatal. Na primeira, foram devolvidos R$ 157 milhões. Ao todo, portanto, o Ministério Público Federal já entregou à companhia R$ 296 milhões.
Em entrevista após a cerimônia, o presidente da estatal, Aldemir Bendine, disse que tem esperanças em recuperar todo o valor desviado. Em seu balanço, a empresa contabiliza perdas de R$ 6,2 bilhões com pagamentos indevidos a empresas investigadas pela Operação Lava Jato. A Petrobras ainda anunciou medidas para reforçar os controles internos, como a limitação de decisões individuais, com a promoção de decisões colegiadas, e maior independência para os órgãos de ouvidoria e recebimento de denúncias. Além disso, informou que vai passar a cobrar de seus fornecedores programas de conformidade e integridade certificados por empresas independentes.
A revisão cadastral dos fornecedores começa pelas empresas que estão na lista suja de contratações, por envolvimento na Lava Jato. Hoje 32 fornecedores estão impedidos de participar de licitações da estatal.