Uma ducha de água fria no grupo que acreditava em renovação no PMDB paranaense. Assim podem ser classificadas as articulações do senador Roberto Requião nos últimos dias. Vendo-se ameaçado de perder o controle do partido no Paraná e enfrentar até mesmo o próprio sobrinho, deputado federal João Arruda, na convenção partidária em outubro, em tese, Requião teria um plano B.
Arruda será eleito presidente com apoio do grupo do tio e em troca intervirá no diretório municipal de Curitiba, sob comando da ala liderada pelo ex-governador Orlando Pessutti para garantir a candidatura de Requião Filho à Prefeitura de Curitiba.
O grupo de Pessutti já procura alternativas. Certo de que a mini-reforma política aprovada na Câmara abrirá uma janela para troca de partidos e filiações até março do próximo ano, Pessutti procuraria um outro partido pelo qual sair candidato. Até mesmo o PSDB do governador Beto Richa já foi sondado. Entretanto, o PSDB deve ter Flávio Arns como candidato na eleição municipal.
O cenário de saída do grupo de Pessutti do PMDB pode levar o partido a minguar ainda mais no estado. Em vários municípios que sofreram com intervenções da executiva estadual liderada por Requião, a debandada já acontece.