STF manda investigar 8 ministros, 24 senadores, 39 deputados e 3 governadores

Ivan de Colombo

O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a investigar 8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados federais que fazem parte da chamada “lista do Janot”.

Entre os alvos dos novos inquéritos, estão os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Os inquéritos servirão para apurar se há elementos para a PGR denunciar os investigados por eventuais crimes. Se o Supremo aceitar as eventuais denúncias, os acusados se tornam réus em ações penais.

A revelação das investigações foi feita pelo site do jornal “O Estado de S. Paulo”, que, inicialmente, informou que havia 83 inquéritos abertos. Depois da divulgação das informações pelo jornal, o STF informou oficialmente que Fachin determinou a abertura de 76 inquéritos para investigar políticos e autoridades com base nas delações de ex-executivos da Odebrecht.

Segundo o gabinete de Fachin, foram arquivados sete casos envolvendo autoridades, a pedido da PGR, por falta de indícios da ocorrência de crimes. A Procuradoria-Geral da República também pediu ao ministro que enviasse de volta aos investigadores três pedidos de investigação, para nova análise dos relatos. O próprio Fachin remeteu outros oito pedidos à PGR, para nova manifestação do órgão, responsável pela condução das investigações (veja mais abaixo).

O ministro também decidiu enviar para instâncias inferiores da Justiça 201 pedidos de investigação de pessoas citadas sem o chamado “foro privilegiado” (prerrogativa de responder a processo somente no STF). Ainda existem outros 25 pedidos mantidos sob sigilo, por risco de, caso sejam revelados, atrapalhar as investigações.

Ministros de Temer

Dos 28 ministros do governo Michel Temer, oito serão investigados no Supremo Tribunal Federal: Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência; Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia; Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional; Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores; Blairo Maggi (PP), da Agricultura; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades; e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

O presidente Michel Temer é citado nos pedidos de abertura de dois inquéritos, mas, em razão da “imunidade temporária” que possui como presidente da República, a PGR não o incluiu na “lista do Janot”. Isso porque, no período em que estiver no comando do Palácio do Planalto, Temer não pode ser investigado por crimes que não tenham relação com o exercício do mandato.

Senadores

Aécio Neves (PSDB-MG) e Romero Jucá (PMDB-RR) são os alvos da “lista do Janot” com maior número de inquéritos abertos: cinco cada um. Aécio é presidente nacional do PSDB. Jucá, além de presidir o PMDB, é o líder do governo Temer no Senado. Na sequência aparece o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que é alvo de quatro inquéritos.

Delações da Odebrecht

Os pedidos de investigação apresentados em 14 de março ao Supremo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se basearam em depoimentos de delatores da Odebrecht.

O ministro Fachin também autorizou a investigação de um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) – Vital do Rêgo –, de três governadores – Tião Viana (PT-AC), do Acre; Robinson Faria (PSD), do Rio Grande do Norte; e Renan Filho (PMDB) de Alagoas –, de ex-ministros, de prefeitos, de assessores de parlamentares e de autoridades.

A delação da Odebrecht envolve 12 governadores, mas apenas três aparecem com pedidos de inquérito no STF porque foram mencionados ao lado de outras autoridades que têm foro privilegiado na Corte.

Os outros nove governadores citados são: Beto Richa (PSDB), do Paraná; Fernando Pimentel (PT), de Minas Gerais; Flávio Dino (PC do B), do Maranhão; Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo; Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro; Marcelo Miranda (PMDB), de Tocantins; Marconi Perillo (PSDB), de Goiás; Paulo Hartung (PMDB), do Espírito Santo; e Raimundo Colombo (PSD), de Santa Catarina.

A lista

A lista dos investigados é a seguinte:

MINISTROS (8)

PMDB (3)

Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil
Moreira Franco (PMDB), da Secretaria Geral da Presidência
Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional

PSDB (2)

Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), das Relações Exteriores
Bruno Araújo (PSDB), das Cidades

PP (1)

Blairo Borges Maggi (PP), de Agricultura, Pecuária e Abastecimento

PSD (1)

Gilberto Kassab (PSD), de Ciência, Tecnologia e Comunicações

PRB (1)

Marcos Antônio Pereira (PRB), de Indústria, Comércio Exterior e Serviços

SENADORES (24)

PMDB (7)

Romero Jucá Filho (PMDB-RR)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Kátia Abreu (PMDB-TO)
Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Eduardo Braga (PMDB-AM)
Valdir Raupp (PMDB-RO)

PSDB (6)

Aécio Neves (PSDB-MG)
Antônio Anastasia (PSDB-MG)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Dalírio José Beber (PSDB-SC)
José Serra (PSDB-SP)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)

PT (4)

Paulo Rocha (PT-PA)
Humberto Costa (PT-PE)
Jorge Viana (PT-AC)
Lindbergh Farias (PT-RJ)

PSB (2)

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Lidice da Mata (PSB-BA)

PP (2)

Ciro Nogueira (PP-PI)
Ivo Cassol (PP-RO)

PC do B (1)

Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)

PTC (1)

Fernando Collor de Mello (PTC-AL)

PSD (1)

Omar Aziz (PSD-AM)

DEPUTADOS FEDERAIS (42)

PT (11)

Marco Maia (PT-RS)
Carlos Zarattini (PT-SP)
Nelson Pellegrino (PT-BA)
Maria do Rosário (PT-RS)
Vicente Paulo da Silva (PT-SP)
Vander Loubet (PT-MS)
Zeca Dirceu (PT-PR)
Zeca do PT (PT-MS)
Vicente Cândido (PT-SP)
Décio Lima (PT-SC)
Arlindo Chinaglia (PT-SP)

PP (5)

Mário Negromonte Jr. (PP-BA)
Paulo Lustosa (PP-CE)
Cacá Leão (PP-BA)
Dimas Toledo (PP-MG)
Júlio Lopes (PP-RJ)

DEM (4)

Rodrigo Maia (DEM-RM), presidente da Câmara
José Carlos Aleluia (DEM-BA)
Ônix Lorenzoni (DEM-RS)
Rodrigo Garcia (DEM-SP)

PMDB (3)

Pedro Paulo (PMDB-RJ)
Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA)
Daniel Vilela (PMDB-GO)

PSDB (4)

Jutahy Júnior (PSDB-BA)
Yeda Crusius (PSDB-RS)
João Paulo Papa (PSDB-SP)
Betinho Gomes (PSDB-PE)

PMDB (3)

Pedro Paulo (PMDB-RJ)
Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA)
Daniel Vilela (PMDB-GO)

PR (3)

João Carlos Bacelar (PR-BA)
Milton Monti (PR-SP)
Alfredo Nascimento (PR-AM)

PRB (2)

Celso Russomano (PRB-SP)
Beto Mansur (PRB-SP)

PSB (2)

José Reinaldo (PSB-MA), por fatos de quando era governador do Maranhão
Heráclito Fortes (PSB-PI)

PSD (2)

Antônio Brito (PSD-BA)
Fábio Faria (PSD-RN)

PC do B (1)

Daniel Almeida (PCdoB-BA)

PPS (1)

Arthur Maia (PPS-BA)

SD (1)

Paulinho da Força (SD-SP)

Ministros do TCU (1)

Vital do Rêgo Filho

Governadores (3)

Robinson Faria (PSD), do Rio Grande do Norte
Tião Viana (PT), do Acre
Renan Filho (PMDB), de Alagoas

Outros (24)

Rosalba Ciarlini (PP) , ex-governadora do RN e prefeita de Mossoró
Valdemar da Costa Neto (PR)
Luís Alberto Maguito Vilela, ex-senador de Goiás e prefeito de Aparecida de Goiânia (GO) entre 2012 e 2014
Edvaldo Pereira de Brito, candidato a senador da Bahia em 2010
Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig)
Cândido Vaccarezza, ex-deputado federal PT
Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma
César Maia (DEM), vereador, ex-prefeito do Rio de Janeiro e ex-deputado federal
Paulo Bernardo da Silva (PT), ex-ministro do Planejamento no governo Lula e das Comunicações no governo Dilma
Eduardo Paes (PMDB), ex-prefeito do Rio de Janeiro e ex-deputado federal
José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula
Ana Paula Lima (PT-SC), deputada estadual em Santa Catarina
Márcio Toledo, arrecadador das campanhas da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP)
Napoleão Bernardes, prefeito de Blumenau (SC)
João Carlos Gonçalves Ribeiro, ex-secretário de Planejamento de Rondônia
Ulisses César Martins de Sousa, advogado e ex-procurador-geral do Maranhão
Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, candidato a vice-governador de Roraima e filho do senador Romero Jucá
Paulo Vasconcelos, marqueteiro de Aécio Neves (PSDB-MG)
Eron Bezerra, marido da senadora Vanessa Grazziotin (PT-AM)
Moisés Pinto Gomes, marido da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO)
Humberto Kasper
Marco Arildo Prates da Cunha
Vado da Famárcia, ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho (PE)
José Feliciano

Pedidos enviados de volta à PGR

Nove dos políticos inicialmente mencionados nesta reportagem como alvos de inquéritos abertos por Fachin tiveram os casos deles mandados de volta à PGR pelo ministro, que pediu uma nova avaliação.

Esses nove políticos são:

Roberto Freire (PPS), ministro da Cultura
Garibaldi Alves (PMDB-RN), senador
Marta Suplicy (PMDB-SP), senadora
Eduardo Amorim (PSDB-SE), senador
José Agripino Maia (DEM-RN), senador
Maria do Carmo Alves (DEM-SE), senadora
Felipe Maia (DEM-RN), deputado federal
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), deputado federal
Paes Landim (PTB-PI), deputado federal

Nomes citados, as suspeitas e o que dizem

Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro da Casa Civil

Qual a suspeita: Segundo delação de Marcelo Odebrecht, Padilha cobrava propinas para irrigar campanhas eleitorais do PMDB envolvendo concessão de aeroportos.

O que ele diz: A assessoria do ministro informa que ele não vai se pronunciar

Gilberto Kassab (PSD), ministro da Ciência e Tecnologia

Qual a suspeita: Segundo depoimentos de Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Paulo Henyan Yue Cesena, ele recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas no período de 2008 e 2014, por suas condições como prefeito de São Paulo e ministro das Cidades. Segundo declarações de Carlos Armando Guedes Paschoal e Roberto Cumplido, foi um dos beneficiários de vantagem indevida paga a agentes públicos em obras viárias de São Paulo em 2008.

O que ele diz: “O ministro confia na Justiça, ressalta que não teve acesso oficialmente às informações e que é necessário ter cautela com depoimentos de colaboradores, que não são provas. Reafirma que os atos praticados em suas campanhas foram realizados conforme a legislação.”

Wellington Moreira Franco (PMDB), ministro da Secretaria-Geral da Presidência

Qual a suspeita: Segundo delação de Marcelo Odebrecht, Moreira Franco cobrava propinas para irrigar campanhas eleitorais do PMDB envolvendo concessão de aeroportos.

O que ele diz: A assessoria do ministro informa que ele não vai comentar o assunto

Bruno de Araújo (PSDB-PE), ministro das Cidades

Qual a suspeita: Segundo as delações de João Antônio Pacífico Ferreira, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Cláudio Melo Filho e Luiz Eduardo da Rocha Soares, Araújo recebeu repasses não contabilizados de R$ 600 mil da Odebrecht entre 2010 e 2012 a pretexto de doação eleitoral, quando era deputado federal. De acordo com o inquérito, ele agiu em defesa dos interesses da empresa no Congresso e é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

O que ele diz: “De acordo com a legislação eleitoral, solicitei doações para diversas empresas, inclusive a Odebrecht, como já foi anteriormente noticiado. O sistema democrático vigente estabelecia a participação de instituições privadas por meio de doações. Mantive uma relação institucional com todas essas empresas. Em todo o meu mandato, sempre atuei em prol de interesses coletivos. Atuei de acordo com a minha consciência.”

Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), ministro das Relações Exteriores

Qual a suspeita: Segundo delações de Arnaldo Cumplido de Souza Couto, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Carlos Armando Guedes Paschoal, Luiz Eduardo da Rocha Soares, Roberto Cumplido, Fábio Andreani Gandolfo e Pedro Augusto Ribeiro Novis, Nunes recebeu ilegalmente R$ 500 mil do grupo Odebrecht para financiar sua campanha para o Senado em troca de favores políticos.

O que ele diz: Disse que as afirmações são mentirosas. Mas só vai se manifestar depois que tiver acesso ao conteúdo do pedido de inquérito.

Marcos Antônio Pereira (PRB), ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

Qual a suspeita: Segundo delação de Marcelo Odebrecht, Pereira recebeu R$ 7 milhões da construtora em favor do Partido Republicano Brasileiro (PRB) para campanha eleitoral de Dilma Rousseff.

O que ele diz: “O ministro está à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários, muito embora não tenha sido notificado oficialmente nem tenha conhecimento de nada daquilo que é acusado. Marcos Pereira agiu sempre dentro da lei enquanto presidente de partido, buscando doações empresariais respeitando as regras eleitorais, e esclarecerá não ter qualquer envolvimento com atitudes ilícitas.”

Blairo Maggi (PP), ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Qual a suspeita: Segundo os delatores João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto, da Odebrecht, Blairo recebeu R$ 12 milhões durante campanha de 2006 ao governo do estado do Mato Grosso. Segundo os delatores, o ministro tinha o apelido de “Caldo” dentro do sistema de propinas da empresa.

O que ele diz: “Lamento que meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo para me defender. Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado. Mesmo assim, gostaria de esclarecer que: 1. Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais; 2. Não tenho ou tive qualquer relação com a empresa ou os seus dirigentes. 3. Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado.”

Helder Barbalho (PMDB), ministro da Integração Nacional

Qual a suspeita: Os delatores Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira afirmam que Barbalho, o senador Paulo Rocha (PT-BA) e o prefeito de Marabá, João Salame (PROS-PA), solicitaram R$ 1,5 milhão para a campanha do ministro ao governo do Pará em 2014. A Odebrecht desejava atuar como concessionária da área de saneamento básico no estado.

O que ele diz: O ministro Helder Barbalho vem a público prestar os seguintes esclarecimentos: 1) Helder Barbalho nega que tenha cometido ilegalidades; 2) Helder Barbalho reafirma que todos os recursos que recebeu como doações para sua campanha em 2014 foram devidamente registradas junto ao TRE-PA, que aprovou todas as suas contas; 3) Helder Barbalho esclarece que não tinha e não tem qualquer ingerência sobre a área de saneamento no município de Marabá; 4) Helder Barbalho destaca sua estranheza com o codinome Cavanhaque. Em toda sua trajetória política, Helder Barbalho nunca usou cavanhaque.

Renan Filho (PMDB), governador de Alagoas

Qual a suspeita: São dois inquéritos. No primeiro, segundo delação de Cláudio Melo Filho, Renan Calheiros pediu doação eleitoral a seu filho, candidato ao governo de Alagoas em 2014. João Antônio Pacífico Ferreira autorizou o repasse de R$ 1,2 milhão ao PMDB, via doação oficial ao partido, dos quais ao menos R$ 800 mil foram para a campanha de Renan Filho. No segundo, de acordo com delações de Ariel Parente Costa, Alexandre Biselli, Cláudio Melo Filho, Fabiano Rodrigues Munhoz, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e João Antônio Pacífico Ferreira, foram feitas doações a Renan Filho.

O que ele diz: Ele afirma que todas as doações recebidas na campanha foram rigorosamente dentro da lei, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Robinson Faria (PSD), governador do Rio Grande do Norte

Qual a suspeita: Segundo delações de Alexandre José Lopes Barradas, Fernando Luiz Ayres da Cunha Reis, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Ariel Parente e João Antônio Pacífico Ferreira, Robinson Faria é suspeito de ter recebido R$ 350 mil na campanha de 2010 (foi vice de Rosalba Ciarlini).

Tião Viana (PT), governador do Acre

Qual a suspeita: Segundo delações de Hilberto Mascarenhas e Marcelo Odebrecht, Tião Viana é suspeito de receber R$ 2 milhões na campanha de 2010, sendo R$ 500 mil como doação oficial, a pedido do irmão, o senador Jorge Viana (PT).

O que ele diz: “Confio na Justiça, defenderei a minha honra com determinação e tomarei todas as medidas judiciais cabíveis contra os delatores da calúnia e os propagandistas da desonra. Indignado, mas de consciência tranquila, reafirmo: estou longe dessa podridão, essa podridão está longe de mim.”

Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado

Qual a suspeita: De acordo com a delação de funcionários da Odebrecht, o presidente do Senado recebeu R$ 2 milhões para facilitar a conversão de medidas provisórias em lei.

O que ele diz: “Não tenho nenhuma informação sobre os nomes nem sobre os inquéritos. Os homens públicos têm que estar sempre atentos e sem medo de fazer os enfrentamentos que a vida a pública nos oferece. Vamos tocar a pauta do Senado naturalmente. Vamos tocar a pauta com naturalidade.”

Antônio Anastasia (PSDB-MG), senador

Qual a suspeita: Citado em um dos inquéritos que tratam do senador Aécio Neves, Anastasia é suspeito de receber vantagens indevidas em forma de doações de campanha eleitoral em 2009 e 2010.

O que ele diz: A assessoria do senador Antonio Anastasia informou que o parlamentar, em toda a sua trajetória “nunca tratou de qualquer assunto ilícito com ninguém.”

Romero Jucá (PMDB-RR), senador

Qual a suspeita: Citado em cinco inquéritos, o senador Romero Jucá é suspeito de receber dinheiro em troca da aprovação de leis que interessavam a Odebrecht.

O que ele diz: “Sempre estive e sempre estarei à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas.”

Aécio Neves da Cunha (PSDB-MG), senador

Qual a suspeita: Citado em cinco inquéritos, ele é suspeito de receber vantagens indevidas para favorecer a Odebrecht em obras como das usinas de Jirau e fraudes em licitação em MG.

O que ele diz: A assessoria do senador informa, em nota, que ele “considera importante o fim do sigilo sobre o conteúdo das delações, iniciativa solicitada por ele ao ministro Edson Fachin na semana passada, e considera que assim será possível desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta”.

Renan Calheiros (PMDB-AL), senador

Qual a suspeita: Citado em quatro inquéritos, o senador é suspeito de pedir propina para a campanha do filho ao governo de Alagoas, pedir propina para facilitar a implementação de leis de interesse da Odebrecht e pedir propina para facilitar obras da construtora no sertão alagoano.

O que ele diz: “A abertura dos inquéritos permitirá que eu conheça o teor das supostas acusações para, enfim, exercer meu direito de defesa sem que seja apenas baseado em vazamentos seletivos de delações. Um homem público sabe que pode ser investigado. Mas isso não significa condenação prévia ou atestado de que alguma irregularidade foi cometida. Acredito que esses inquéritos serão arquivados por falta de provas, como aconteceu com o primeiro”, diz, em nota.

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), senador

Qual a suspeita: Segundo delações de Ariel Parente Costa, Alexandre Biselli, Cláudio Melo Filho, Fabiano Rodrigues Munhoz, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e João Antônio Pacífico Ferreira, em 2013, o então ministro de Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, recebeu valores que totalizaram R$ 1,05 milhão por intermédio de Iran Padilha, indicado pelo próprio Bezerra.

O que ele diz: “A defesa afirma que não foi oficialmente comunicada, tampouco teve acesso à referida investigação. Fernando Bezerra mantém-se, como sempre esteve, à disposição das autoridades a fim de prestar quaisquer esclarecimentos que elas possam necessitar.”

Paulo Rocha (PT-PA), senador

Qual a suspeita: Segundo as delações de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, ele é suspeito de solicitar vantagens indevidas não contabilizadas para a campanha eleitoral de Helder Barbalho ao governo do Pará, em 2014.

O que ele diz: “Todos os recursos da minha companha de 2014 para o Senado Federal foram repassados pela direção nacional e estadual do Partido dos Trabalhadores e estão todos declarados nas prestações de contas junto ao TRE. A utilização desses recursos, empresas doadoras e doadores individuais, enfatizo, obedeceram estritamente às normas da legislação eleitoral em vigor daquele ano.”

Humberto Costa (PT-PE), senador

Qual a suspeita: Segundo delações de Marcelo Odebrecht, Rogério Santos de Araújo, Márcio Faria da Silva, César Ramos Rocha, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho e Luiz Eduardo da Rocha Soares, Humberto Costa foi indicado como sendo o “Drácula” na planilha de propinas e é suspeito de solicitar vantagem indevida em um contrato superfaturado entre a empreiteira e a Petrobras. Ele é suspeito de ter recebido um pagamento de R$ 590 mil.

O que ele diz: Em nota, diz que “espera a conclusão de inquérito aberto há mais de dois anos pelo STF, e para o qual a Polícia Federal já se manifestou em favor do arquivamento – aguarda ter acesso aos novos documentos para reunir as informações necessárias à sua defesa”. “O senador, que já abriu mão de todos os seus sigilos, se coloca, como sempre o fez, à disposição das autoridades para todos os esclarecimentos necessários.”

Edison Lobão (PMDB-PA), senador

Qual a suspeita: Segundo depoimento de Henrique Serrano do Prado Valladares, o senador recebeu R$ 5,5 milhões para interferir junto ao governo federal para anular a adjudicação da obra referente à Usina Hidrelétrica de Jirau.

Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), senador

Qual a suspeita: O senador é suspeito de receber R$ 800 mil em vantagens indevidas para favorecer a Odebrecht. Segundo o inquérito, as declarações de Alexandre José Lopes Barradas e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis são de que a soma foi solicitada pelo senador paraibano, “então candidato ao governo do Estado da Paraíba, com a expectativa de receber futura contrapartida e de realizar obra de saneamento naquele Estado”.

O que ele diz: “Eu recebi, sim, uma doação da Braskem, que é do grupo Odebrecht, na campanha de 2014. Essa doação foi devidamente declarada na minha prestação de contas. Acontece que agora o Ministério Público Federal está pedindo ao Supremo investigação, até mesmo, nessas doações legais porque começa a surgir suspeitas de que alguns partidos fizeram lavagem de dinheiro através das doações partidárias. E, cá para nós, tem que investigar, sim, até o fim, para que tudo seja devidamente esclarecido”, afirma, em postagem nas redes sociais.

Jorge Viana (PT-AC), senador

Qual a suspeita: Segundo delações de Hilberto Mascarenhas e Marcelo Odebrecht, Jorge Viana é suspeito de pedir R$ 2 milhões para a campanha de seu irmão, Tião Viana (PT) ao governo do Acre em 2010.

O que ele diz: “Sobre o envolvimento do meu nome e do governador Tião Viana, não há nenhuma denúncia de corrupção contra nós, mas questionamentos sobre a arrecadação da campanha em 2010. Vamos provar na Justiça o que dissemos antes: nossas campanhas foram dentro da lei e feitas com dinheiro limpo.”

Lidice da Mata (PSB-BA), senadora

Qual a suspeita: Segundo delação de José de Carvalho Filho, a construtora repassou R$ 200 mil não contabilizados à campanha dela ao Senado em 2010.

O que ela diz: “Acho muito importante essa autorização do Supremo para a devida abertura dos inquéritos. Espero que agora haja a quebra do sigilo de todo o processo, como já havia solicitado. Tenho a consciência tranquila e a confiança de que tudo será esclarecido. A seriedade da minha vida pública fala por mim. Quem não deve não teme. Espero que as investigações avancem, com transparência e agilidade. Que as responsabilidades sejam devidamente apuradas, para que separemos o joio do trigo”.

Ciro Nogueira (PP-PI), senador

Dalírio José Beber (PSDB-SC), senador

Qual a suspeita: Segundo o Ministério Público, Dalírio Beber é suspeito de articular o repasse de R$ 500 mil ao então candidato, e agora prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, de quem participava da campanha em 2012. A Odebrecht buscava o apoio de candidatos com maiores chances para garantir a manutenção dos contratos de saneamento de água e esgoto no município.

O que ele diz: “Recebo com surpresa a inserção do meu nome no rol dos investigados. Não tive, até o presente momento, qualquer acesso ao processo para conhecer o conteúdo do que me é atribuído. Rechaço com veemência toda e qualquer denúncia de prática de ilícitos. Estou indignado, mas absolutamente tranquilo, pois minha consciência em nada me acusa. Digo à sociedade brasileira, em especial, aos catarinenses, que sempre confiaram em mim, que espero que rapidamente a verdade seja restabelecida. Neste momento, coloco-me inteiramente à disposição da Justiça.”

Ivo Cassol (PP-RO), senador

Qual a suspeita: Segundo o delator Henrique Serrano do Prado Valladares, o senador Ivo Cassol recebeu “vantagem indevida” de R$ 2 milhões quando era governador de Rondônia por “favorecimento nos procedimentos administrativos” referentes à execução das obras da usina hidrelétrica de Santo Antonio.

O que ele diz: O senador afirma que sempre foi contra a isenção de impostos das usinas de Jirau e Santo Antônio desde 2011 e que vai aguardar. “Mas eu posso dizer que para as usinas ou para a campanha, eu não sei, se é algo do partido a nível nacional. Não tenho conhecimento do que é o inquérito, então, por enquanto, eu não sei. Foi citado meu nome e eu só sei que eu peitei e não demos isenção de imposto aí.”

Lindbergh Farias (PT-RJ), senador

Qual a suspeita: De acordo com o Ministério Público, os colaboradores relataram que o senador recebeu vantagens indevidas não contabilizadas durante a campanha eleitoral dos anos de 2008 e 2010, nos valores respectivos de R$ 2 milhões e R$ 2,5 milhões.

O que ele diz: “Mais uma vez confiarei que as investigações irão esclarecer os fatos e, assim como das outras vezes, estou convicto que o arquivamento será o único desfecho possível para esse processo. Novamente justiça será feita.”

Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), senadora

O que ela diz: “A senadora esclarece que as doações feitas para suas campanhas foram oficiais, declaradas e posteriormente aprovadas pela Justiça Eleitoral.”

Kátia Abreu (PMDB-TO), senadora

Qual a suspeita: Segundo delação de Cláudio Melo Filho, José de Carvalho Filho, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, a senadora Kátia Abreu é suspeita de ter recebido R$ 500 mil, divididos em duas parcelas, em sua campanha eleitoral de 2014 ao Senado, por intermédio de Moisés Pinto Gomes.

O que ela diz: “Lamentavelmente, por desconhecer o conteúdo da decisão do ministro Edson Fachin, não tenho, neste momento, elementos suficientes que me permitam rebater as supostas acusações feitas contra mim e o meu marido, mas afirmo categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca participei de corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de grupos fora da lei. Estarei à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários de maneira a eliminar qualquer dúvida sobre a nossa conduta. Sigo trabalhando no Senado pelo Brasil e pelo Tocantins. Minha história e minha correção são a base fundamental da minha defesa.”

Fernando Collor de Mello (PTC-AL), senador

Qual a suspeita: De acordo com depoimentos de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Alexandre José Lopes Barradas, o senador recebeu R$ 800 mil não contabilizados para sua campanha eleitoral em 2010, pagos pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht.

José Serra (PSDB-SP), senador

Qual a suspeita: Segundo delações de Arnaldo Cumplido de Souza Couto, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Carlos Armando Guedes Paschoal, Luiz Eduardo da Rocha Soares, Roberto Cumplido, Fábio Andreani Gandolfo e Pedro Augusto Ribeiro Novis, Serra é suspeito de receber doações ilegais em troca de facilidades em contratos no estado.

O que ele diz: “O senador José Serra reitera que não cometeu nenhuma irregularidade e que suas campanhas foram conduzidas pelo partido, na forma da lei. A abertura do inquérito pelo Supremo Tribunal Federal servirá como oportunidade de demonstrar essas afirmações e a lisura de sua conduta.”

Eduardo Braga (PMDB-AM), senador

Qual a suspeita: Segundo o delator Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, Eduardo Braga recebeu R$ 1 milhão quando era governador do Amazonas da Odebrecht, dinheiro relativo à construção da Ponte do Rio Negro.

O que ele diz: O senador desconhece o conteúdo das informações que levaram a PGR a pedir abertura de inquérito. “Vale destacar que a abertura de inquérito não significa que os investigados respondam por qualquer tipo crime. O senador Eduardo Braga, em caso de notificação, prestará todas as informações necessárias à Justiça.”

Omar Aziz (PSD-AM), senador

Qual a suspeita: Segundo o delator Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, José Lopes, empresário ligado a Omar Aziz, fazia pedidos de pagamentos à Odebrecht para favorecer o consórcio da empresa na construção da Ponte do Rio Negro.

O que ele diz: O senador não vai se manifestar.

Valdir Raupp (PMDB-RO), senador

Qual a suspeita: Segundo os delatores Henrique Serrano do Prado Valladares e Augusto Roque Dias Fernandes Filho, o senador Valdir Raupp foi um dos destinatários de um “fundo” do Grupo Odebrecht e da Construtora Andrade Gutierrez de até R$ 20 milhões devido à execução das obras da Hidrelétrica de Santo Antonio, no Rio Madeira.

O que ele diz: “Afirma que recebeu com tranquilidade a sua citação na lista do ministro Fachin publicada no dia de hoje, baseada em declarações de delatores que no desespero falam e ninguém pode impedir. Este será o momento que o senador terá para provar que as doações legais destinadas ao Partido foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.”

Eduardo Amorim (PSDB-SE), senador

O que ele diz: “Gostaria de esclarecer que não autorizei ninguém a pedir valores para a campanha em meu nome, nunca tive qualquer contato e não conheço os empresários Fernando Luiz Ayres da Cunha Reis e Alexandre José Lopes Barradas – delatores da Lava Jato. Nunca e em tempo algum pedi nada a Odebrecht e, repito, não autorizei ninguém a solicitar dinheiro e muito menos tive conhecimento disso. A minha campanha não utilizou recursos de caixa dois. E isso fica comprovado, inclusive, na denúncia divulgada, onde meu nome não aparece como requerente, nem recebedor destes recursos”.

Ricardo Ferraço (PSDB-ES), senador

Qual a suspeita: Segundo os executivos da Odebrecht Sérgio Luiz Neves e Benedicto Júnior, foi pago caixa dois de R$ 400 mil para a campanha do capixaba ao Senado em 2010 por meio do setor de operações estruturadas da construtora.

O que ele diz: “Foi com absoluta perplexidade e indignação que eu recebi a informação de que meu nome está incluído na chamada lista do Fachin. Toda minha campanha foi declarada e como poderão constatar na prestação de contas no TSE, esta empresa não foi doadora. Nunca tratei qualquer assunto com essas pessoas e tampouco autorizei que alguém tratasse. Acionarei esses mentirosos judicialmente para que provem as acusações.”

Paulinho da Força (SD-SP), deputado federal

O que ele diz: A assessoria informou que o deputado vai se manifestar quando tiver informações oficiais.

Marco Maia (PT-RS), deputado federal

O que ele diz: O deputado diz que a lista é uma grande mentira e que em nenhum momento fez algum contato ou pedido à Odebrecht. Ele afirma que pretende processar todos os que o citaram e também entrar com um pedido no STF para saber do que é acusado.

Carlos Zarattini (PT-SP), deputado federal

O que ele diz: “Não tive acesso ao conteúdo das supostas delações envolvendo meu nome. Todas as minhas doações de campanha foram legais e declaradas nos órgãos competentes e aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral.”

Rodrigo Maia (DEM-RM), presidente da Câmara

Qual a suspeita: Ele é citado em dois inquéritos de Fachin. Em um deles, segundo delação de Benedicto Barbosa, João Borba Filho, Cláudio Melo Filho, Carlos José de Souza Filho e Luiza Eduardo da Rocha Soares, ele é suspeito de receber R$ 950 mil da Odebrecht durante as eleições de 2008 e 2010, além de receber pagamento para a aprovação de medida provisória e na eleição de 2014. No outro inquérito, baseado em delações de Marcelo e Emílio Odebrecht, Carlos Melo Filho e José de Carvalho Filho, Maia é suspeito de receber R$ 100 mil da Odebrecht em vantagem indevida em troca da aprovação de três medidas provisórias que beneficiaram a empresa.

O que ele diz: “O processo vai comprovar que são falsas as citações dos delatores, e os inquéritos serão arquivados. Eu confio na justiça e vou continuar confiando sempre. O Ministério Público e a Justiça vão fazer o seu trabalho de forma competente, cabe ao Congresso cumprir seu papel institucional de legislar. Há separação dos poderes.”

João Carlos Bacelar (PR-BA), deputado federal

O que ele diz: O deputado declarou que as acusações não são verdadeiras e que ele confia no poder Judiciário.

Milton Monti (PR-SP), deputado federal

O que ele diz: “Gostaria de esclarecer que, apesar de não ter conhecimento, neste momento, do teor das citações referentes ao meu nome nas delações da Odebrecht, reafirmo que agi sempre de acordo com a lei. Todas as doações para as minhas campanhas eleitorais foram feitas legalmente. É bom que se apure, pois, assim, a minha inocência será comprovada.”

José Carlos Aleluia (DEM-BA), deputado federal

O que ele diz: “O ministro Fachin autorizou investigar todos, sem distinção, e fez bem. Todo homem público tem que estar ponto para ser investigado. Estou tanquilo e convicto de que esse procedimento vai ser arquivado. Todas as doações de campanha que recebi foram legais e estão declaradas”.

Daniel Almeida (PCdoB-BA), deputado federal

O que ele diz: “Sobre as notícias citando o meu nome em possível investigação no STF, não tenho nada a temer. Os baianos e os brasileiros conhecem minha trajetória de mais de 30 anos de atividade pública. Se algum inquérito for aberto, tenho total convicção que o destino será o arquivamento.”

Mário Negromonte Jr. (PP-BA), deputado federal

Nelson Pellegrino (PT-BA), deputado federal

O que ele diz: “Estou tranquilo. Meu advogado vai requerer o conteúdo ao STF e, após o conhecimento dos termos, me manifestarei.”

Jutahy Júnior (PSDB-BA), deputado federal

O que ele diz: “Tenho absoluta convicção de que esse procedimento será arquivado porque, simplesmente, não tenho nada a ver com a Lava Jato”.

Maria do Rosário (PT-RS), deputada federal

O que ela diz: “A medida é uma mera autorização do STF para apuração dos fatos sobre as delações da Odebrecht. No entanto a mera citação de meu nome me deixa indignada. Não me calarei frente a este episódio e não me afastarei um milímetro sequer das causas que acredito e que o nosso trabalho representa. Vou disponibilizar meus sigilos fiscal, bancário e telefônico ao STF tamanha é minha tranquilidade. Meu nome e minha vida não estão à disposição para serem enxovalhados por ninguém em nenhum lugar.”

Ônyx Lorenzoni (DEM-RS), deputado federal

O que ele diz: “Nunca pisei na sede da Odebrecht para pedir um real. Essa foi minha quarta eleição com sigilo fiscal, bancário e telefônico abertos, exatamente para me diferenciar dessa lambança de Brasília. Estou tranquilo, tenho uma vida limpa e ela continuará limpa.”

Vicente Paulo da Silva (PT-SP), deputado federal

O que ele diz: “É uma surpresa. Meus projetos são, inclusive, contra a própria Odebrecht. Eu defendendo o direito dos trabalhadores. Nunca fiz acordo com eles e não sou corrupto.”

Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), deputado federal

Yeda Crusius (PSDB-RS), deputada federal

O que ela diz: “A todos os que buscam minha manifestação: o ministro Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, ofereceu hoje listas de centenas de pessoas indicadas pelo PGR Rodrigo Janot para abertura de inquérito. Numa delas consta meu nome. Transparência é fundamental, e aguardamos ainda o levantamento do sigilo das delações que embasaram a decisão do Procurador Janot e do Ministro Fachin. Embora desconhecendo ainda as razões que o levaram a elaborar estas listas, considero fundamental tanto a Lava Jato quanto o trabalho do Supremo para que os inquéritos hoje autorizados sejam feitos e concluídos com a celeridade requerida por mim e por toda a população brasileira, separando o joio do trigo e promovendo a Justiça de que tanto o país precisa. Caso contrário cria-se a imagem de que todos os políticos são iguais. E não somos.”

Paulo Henrique Lustosa (PP-CE), deputado federal

O que ele diz: Paulo Henrique Lustosa diz que acreditou ter recebido doação de campanha para o partido e não de caixa 2, como citado na delação Odebrecht.

José Reinaldo (PSB-MA), deputado federal

O que ele diz: “Embora surpreso com a inclusão de seu nome entre os investigados, o deputado José Reinaldo mantém-se absolutamente tranquilo, confiante na Justiça brasileira, e manifesta sua absoluta convicção que a apuração demonstrará sua inocência.”

João Paulo Papa (PSDB-SP), deputado federal

O que ele diz: “Assim que tomar conhecimento do processo, poderei me manifestar. Em 30 anos de vida pública e três eleições, tive todas as prestações de contas aprovadas pela Justiça Eleitoral.”

Vander Loubet (PT-MS), deputado federal

O que ele diz: “O deputado federal Vander Loubet informa que vai aguardar a manifestação oficial do Supremo Tribunal Federal (STF) para se pronunciar acerca da informação de abertura de inquérito apontada na matéria do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (11), tendo em vista que não teve acesso ao teor das acusações. Por conta do tema, o parlamentar reforça que todas as contribuições recebidas em campanha eleitoral foram devidamente oficializadas em prestações de contas aprovadas pela Justiça Eleitoral.”

Rodrigo Garcia (DEM-SP), deputado federal

O que ele diz: “Jamais recebi doação não contabilizada em minhas campanhas eleitorais. Sou o maior interessado que esse assunto seja esclarecido o mais breve possível.”

Cacá Leão (PP-BA), deputado federal

O que ele diz: “A divulgação ainda não é oficial e o STF nem referendou nem desmentiu a informação. Então, em primeiro lugar, é preciso esperar o STF se pronunciar. De qualquer maneira, recebi com surpresa, mas também tenho toda a tranquilidade do mundo de que todos os recursos q recebi na campanha de 2014 estão em minha prestação oficial de contas, que foi aprovada pelo Tribunal de Contas. Apoio as investigações e não tenho medo nenhum do processo.”

Celso Russomano (PRB-SP), deputado federal

O que ele diz: “Na minha campanha de 2010 havia pessoas responsáveis pelo financeiro da campanha, e se alguém recebeu os R$ 50.000,00 não contabilizados, quero saber quem foi pois será responsabilizado civil e criminalmente. Coloco à disposição de qualquer jornalista meus sigilos bancário, fiscal e telefônico desde 1995, quando iniciei minha vida política. Em absolutamente nenhuma das minhas campanhas, tanto para deputado federal quanto para o executivo, recebi doação em meu nome, como pessoa física, de qualquer empresa ligada ao grupo Odebrecht. E todas doações feitas ao meu partido estão devidamente registradas na prestação de contas à Justiça Eleitoral. Tenho minha consciência tranquila. Minha honra e minha trajetória integra e transparente na vida pública ao longo de mais de 20 anos falam por mim.”

Dimas Toledo (PP-MG), deputado federal

O que ele diz: “Dimas Fabiano reafirma que jamais manteve contato com qualquer executivo da Odebrecht, não tendo sido destinatário de recursos alegadamente doados ou disponibilizados pela referida empresa. A eventual utilização do nome do deputado por terceiros com propósitos espúrios – seja para solicitar recursos, seja para obter benefícios em delação – é prática absolutamente irresponsável e criminosa.”

Pedro Paulo (PMDB-RJ), deputado federal

O que ele diz: O deputado Pedro Paulo PMDB-RJ) negou ter recebido doações da Odebrecht e afirmou que nunca teve relação com nenhum dos delatores. Desafiou ainda os executivos da empreiteira a provar quando, e quem, recebeu dinheiro indevidamente no nome dele. Porque ele mesmo não teria conhecimento de quantia alguma.

Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA), deputado federal

O deputado não vai comentar.

Paes Landim (PTB-PI), deputado federal

Daniel Vilela (PMDB-GO), deputado federal

Nota conjunta ex-prefeito Maguito Vilela e deputado Daniel Vilela (PMDB): “As campanhas de Maguito Vilela, em 2012, e de Daniel Vilela, em 2014, foram feitas inteiramente com recursos contabilizados conforme determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aprovadas pela referida Corte. As prestações de contas estão disponíveis no site do TSE. Maguito e Daniel afirmam que nunca estiveram, nunca falaram, e sequer conhecem os delatores. Ambos refutam qualquer acusação.”

Alfredo Nascimento (PR-AM), deputado federal

O que ele diz: “É com surpresa que vejo no noticiário meu nome entre os investigados na operação Lava Jato. Não tenho e não tive qualquer relação com executivos, empresas, e estatais envolvidos. Não fui notificado e soube da inclusão do meu nome pela imprensa. Estou absolutamente tranquilo porque nada fiz de errado e isso será provado.”

Zeca Dirceu (PT-SP), deputado federal

O que ele diz: O deputado reitera que não há e nunca houve qualquer tipo de tratativa do parlamentar junto às diretorias da Petrobras e/ou às empresas investigadas na Lava Jato. “Apesar das inúmeras investigações em andamento há vários anos, não existe sequer uma única ligação, e-mail, contato, agenda de reunião, testemunho, delação ou coisa parecida em relação a qualquer atitude do parlamentar que o ligue ao assunto Petrobras / Lava Jato ou a qualquer tipo de ilegalidade. É importante destacar que nunca houve qualquer pedido do parlamentar a envolvidos na Lava Jato, fato já testemunhado por vários outros delatores e agora comprovado pelo próprio delator Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis. Todas as doações recebidas nas campanhas de 2010 e de 2014 foram legais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral sem ressalvas. Os nomes dos doadores são de conhecimento público desde 2010, divulgados constantemente pelos órgãos de imprensa. O deputado reforça sua confiança no Supremo Tribunal Federal e no trabalho de investigação da Polícia Federal.”

Betinho Gomes (PSDB-PE), deputado federal

O que diz: “O parlamentar esclarece que teve todas as contas de campanha contabilizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral; pedirá acesso à íntegra do referido inquérito; jamais defendeu interesses privados em detrimento do interesse público; nunca teve encontros com os referidos delatores mencionados pela imprensa; tem total interesse que o caso seja o mais rapidamente esclarecido.”

Zeca do PT (PT-MS), deputado federal

O que ele diz: “Tomei conhecimento agora há pouco do inteiro teor da denúncia contra minha pessoa acatada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Diz a denúncia, que o delator do Grupo Odebrecht se refere a um pagamento de R$ 400 mil para minha campanha a Governador em 2006. Em seguida diz o mesmo delator, que tendo ocorrido minha desistência da candidatura naquela eleição, o referido valor foi repassado ao Senador Delcídio, candidato do PT ao governo, com o qual mantinha detalhadas reuniões, segundo o mesmo delator. Ocorre ai um erro enorme. Fui eleito governador em 1998 e reeleito em 2002. Portanto em 2006 estava impedido de ser candidato a governador e não disputei nenhum cargo naquela eleição. Apoiei o nosso candidato, mas não tive nenhuma outra responsabilidade, seja de captação, seja de prestação de contas junto a Justiça Eleitoral. Esperando ter esclarecido a opinião pública, peço reparação da injustiça cometida nesta denúncia.”

Vicente Cândido (PT-SP), deputado federal

Júlio Lopes (PP-RJ), deputado federal

O que ele diz: “O deputado Julio Lopes confia no trabalho das instituições e se coloca à disposição da Justiça para colaborar com informações que vão esclarecer todos os fatos. O parlamentar reitera que todas as suas contas eleitorais foram aprovadas pela Justiça.”

Fábio Faria (PSD-RN), deputado federal

Heráclito Fortes (PSB-PI), deputado federal

O que ele diz: “Não tem conhecimento dos termos do pedido de abertura de inquérito formulado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Não pode, portanto, se manifestar acerca da reportagem do jornal O Estado de São Paulo sem ser leviano e especulativo.”

Beto Mansur (PRB-SP), deputado federal

O que ele diz: “Recebi doações feitas por empresas, dentre elas a Odebrecht, para minha campanha eleitoral. Essas doações foram efetuadas dentro da legislação vigente à época. Todas essas doações constam da minha prestação de contas, aprovada pela Justiça Eleitoral, com o nome da empresa, CNPJ, data e valor. Não há nada de errado e tudo foi feito com transparência e rigorosamente dentro da lei.”

Antônio Brito (PSD-BA), deputado federal

O que ele diz: “Antonio Brito e Edvaldo Brito declaram que recebem a notícia da autorização para apuração dos fatos relativos à eleição de 2010 com total serenidade, uma vez que se trata de procedimento legal, no qual será possível apurar a verdade dos fatos. Destacam, ainda, que doações eleitorais recebidas, relativas a campanha de 2010, foram declaradas e aprovadas nas prestações de contas ao TSE.”

Décio Lima (PT-SC), deputado federal

O que ele diz: “Em relação a menção do meu nome nas investigações do Supremo Tribunal Federal, recebo com tranquilidade, uma vez que confio que a verdade prevalecerá e a justiça será feita. Declaro que sou o maior interessado no esclarecimento de toda esta situação. É importante destacar que não sou réu nem investigado em nenhum processo da Lava Jato. A minha vida pública sempre foi pautada pela ética, lisura e transparência e a minha história demonstra a preocupação com a legalidade de todos os meus atos.”

Arlindo Chinaglia (PT-SP), deputado federal

O que ele diz: “Frente à divulgação de uma lista em que o nome do deputado de forma surpreendente aparece, e por não saber onde e de que maneira foi citado, o deputado está determinado a buscar, junto ao Supremo Tribunal Federal, todas as informações para que a verdade prevaleça.”

Ana Paula Lima (PT-SC), deputada estadual

O que ela diz: “Declaro serenidade e estou à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos. Afirmo que não sou ré nem investigada em nenhum processo da Lava Jato. Afirmo que as doações à minha campanha eleitoral foram declaradas e aprovadas pelos órgãos competentes, e que minha conduta pública é regida pelos princípios da ética, moral e legalidade.”

Vital do Rêgo Filho, ministro do Tribunal de Contas da União

Qual a suspeita: Segundo o Ministério Público, o delator José de Carvalho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, disse que houve pagamento não oficial de R$ 350 mil a Vital do Rêgo. Além disso, de acordo com o colaborador Fernando Luiz, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado solicitava pagamentos a políticos do PMDB. Entre 2012 e outubro de 2014, teriam sido registrados pagamentos de aproximadamente R$ 10 milhões ao partido e, segundo Fernando Luiz, Sérgio Machado não costumada identi

Fonte: Correio do Estado

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