Greve dos médicos em Colombo divide a categoria

Ivan de Colombo

Na noite de ontem(13) representantes do Ministério Publico, Sindicato dos Médicos, vereadores e representantes da prefeitura de Colombo, estiveram reunidos com os lideres do movimento grevistas para chegarem a um acordo e evitar a greve na saúde.  Durante a reunião vários pontos foram defendidos pelas partes envolvidas, infelizmente não houve espaço para uma nova conversa que evitaria a paralisação. Enquanto os vereadores e o Ministério Publico apresentavam novas alternativas, os representantes dos médicos pareciam não estar interessados em dialogar. A discussão foi calorosa em alguns momentos, inclusive percebeu-se que a deflagração da greve não era um “diagnostico” unânime entre a categoria que trabalham nas Unidades de Saúde e no PA Maracanã.

Logo a após o encerramento da reunião conversamos com dois médicos que nos disseram que não há uma “convergência” entre a categoria com o movimento de greve e que a decisão pela paralisação foi precipitada. Outro fato que chamou atenção durante a reunião é a proposta principal elaborada pela liderança grevista beneficia apenas 11 médicos do PA Maracanã que trabalham “apenas”12 horas semanais e ganham igual aos colegas que trabalham 20 horas. O Secretário de  Saúde, Darci Martins Braga, busca na justiça o aumento da carga horária dos 11 médicos beneficiados com a redução da jornada semanal, uma forma de beneficiar a população e fazer justiça aos demais profissionais da saúde.

A proposta defendida pelo secretário de saúde e pelos vereadores presentes na reunião buscava uma valorização dos mais de 80 médicos existentes no município, sendo a maioria que trabalham 20 horas semanais.  Tal atitude do movimento grevista serve de alerta à classe médica que pode estar sendo compelida a aderir uma causa visando a regularização de uma única situação. Pelo menos foi essa a imagem passada  pela liderança grevista ao se mostrarem “indispostos”a negociar novas alternativas que impedisse a greve.

A promotora pública do município chegou a propor ao Sindicato uma reavaliação no sentido de postergar a deflagração de greve conforme pedido dos vereadores que solicitavam um novo prazo de 15 dias para tentar evoluir nas propostas. No entanto, os dois principais integrantes da comissão de greve foram irredutíveis o tempo todo e não aceitaram ouvir novas propostas, preferindo a quebra de braço e para isso usando a população que necessita de atendimento médico.

O fato novo em relação aos anos anteriores é que sempre houve uma pressão encima dos vereadores, inclusive  com a ocupação do plenário nas sessões da Câmara Municipal.  Desta vez ocorreu o contrário, os vereadores se colocaram a disposição e não foram atendidos. Essa situação reforça a tese que as vezes  o movimento grevista se valem de expedientes ocultos ou interesses pessoais.

Vale lembrar que antes mesmo dos médicos decidirem pela greve, os vereadores já estavam votando a proposta enviada pelo governo municipal que concede aumento de 33% para toda a categoria. A proposta da prefeita Beti Pavin tem o apoio unânime dos 17 vereadores eleitos pelo povo.

O movimento grevista se comprometeu com o Ministério público em manter 60 % do efetivo nas Unidades de Saúde e no PA Maracanã.

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