Bairro Colônia Faria celebra 130 anos em agosto

Ivan de Colombo
Armazém Eugênio Milani Foto: Ivan de Colombo
A Prefeita Beti Pavin recebe em seu gabinete os representantes da Associação dos Moradores do Colônia Faria (AMICI).

Conhecido por ser um reduto de imigrantes italianos, entre os dias 12 a 20 de agosto, o bairro celebra 130 anos de muita tradição. “Desde 1887, a Colônia Faria ainda é uma comunidade unida com laços construídos historicamente. É uma alegria comemorar 130 anos de um bairro que mantém as tradições, e do cultivo a agricultura, vinicultura e criação de animais”, destacou a Prefeita, Beti Pavin. Na manhã da última segunda-feira, 17, a Prefeita Beti Pavin acompanhada da diretora do Departamento de Cultura, Rita Straioto, recebeu em seu gabinete os representantes da Associação dos Moradores do Colônia Faria (AMICI) João Camilo Taverna, José Lunardon, Antônio Lunardon. Na ocasião, a chefe do executivo recebeu a programação da celebração dos 130 do Colônia Faria. Participaram também os vereadores Marquinhos Berlese, Renato Lunardon e a assessora de imprensa da Câmara Municipal de Colombo, Andréia Strapasson.

Colônia Presidente Faria

Ou como é carinhosamente conhecida pelos seus moradores – A Colónha!!

Típica casa construída pelo governo, para os imigrantes

A Colônia Presidente Faria no município de Colombo, Paraná, foi fundada em 1886 pelo Presidente da Província do Paraná, Dr. Joaquim de Almeida Faria Sobrinho e inaugurada pelo mesmo no dia 21 de agosto de 1887. A denominação foi dada pelo agente oficial de colonização, o Sr. Candido Meirelles, como homenagem ao então Presidente da Província. 

As terras da Colônia Faria com área total de 4.934.330m2 foram divididas em 50 lotes rurais de 96.462m2. Um lote foi reservado e doado para a Igreja e à escola, com área de 111.230m2. Os demais foram destinados para o assentamento dos imigrantes ao custo de 12 réis por 4,84 m2, ou por uma braça quadrada. Cada família assentada pagava pelo seu lote. O lugar era um verdadeiro sertão, além de serpentes de várias espécies, como a coatiara, a mais venenosa, a caninana e a jararaca, era comum a presença de jaguatiricas. A mata era enfeitada por bonitos papagaios, periquitos e outros pássaros, destacando-se a araponga, que parecia alguém batendo na bigorna. Tantos eram os pinheiros que, para o preparo da terra, era uso do povo derrubá-los, queimando-os mais tarde (Ferrarini, 1989). Os nós-de-pinho eram apanhados e enviados em carroças para serem utilizados nas caldeiras dos navios. Aqui viveram da extração de pinheiros, imbuias e a exploração da erva mate. Também o plantio de milho, mandioca, batata, parreiras e tudo relacionado à lavoura.

Armazém Eugênio Milani
Foto: Ivan de Colombo

Na época, as terras que foram adquiridas pelo governo para o assentamento, eram constituídas de 4/5 de mata virgem e 1/5 de capoeira. Não faltava madeira-de-lei e havia muitos pinheiros. Os imigrantes, na sua maioria italianos: Ferrarini, Trevisan, Vicentin, Strapasson, Ceccon, Gheno, Milani, Canestraro, Sbríssia, Taverna, Coradin, Ruzenente, Mocelin, Fracaro e tantos outros, chegavam de sua terra natal em busca de nova vida, numa terra desconhecida, de idioma desconhecido, para aqui formarem nova família, trabalho e em busca de dias melhores.Na época os imigrantes recebiam do governo uma pequena casa de madeira, coberta de tabuinhas, tendo uma porta e duas janelas, sem forro e piso de chão batido. As famílias vinham de Morretes e Paranaguá, onde aguardavam por alguns dias o transporte para Curitiba. 

Dois anos depois de inaugurada a Colônia, os imigrantes iniciaram a construção de uma capela, pois até 1888 a reza do “Terço” era nas casas.
Em 1917 foi feito um abaixo-assinado comprometendo os assinantes a darem sua oferta para a construção da nova e atual igreja.
Os trabalhos se iniciaram em 07 de janeiro de 1924 e foram concluídos em 09 de setembro de 1926.
Construção da Igreja de Nossa Senhora da Saúde – 1924
Imagem de Nossa Senhora da Saúde . Em 1934 é iniciada a construção da torre, sendo concluída em 1936. Em 1969 foi inaugurado o “Largo Nossa Senhora da Saúde” e o monumento “Presidente Faria”, em comemoração ao 82º aniversário de fundação da Colônia. Durante todos esses anos de trabalho e dedicação à sua nova pátria os imigrantes muito contribuíram para o crescimento da Colônia, do Paraná e do Brasil.

Fonte http://freepages.family.rootsweb.ancestry.com/~otranto/imigracao_italiana.htmhttp://www.imigrantesitalianos.com.br/

 

Confira a programação:
12/8
Exposição – “Crianças desenham a Colônia” – AMICI – 14h
“Crianças desenham a Colônia” – Painel artístico – Residência de Damiano Ferrarini – 15h
Partida de Futebol – CT Capitão -15:30h
Cinema na Colônia – Eco das Montanhas – Salão Paroquial – 20h
13/8
Missa – Igreja N. Senhora da Saúde – 9h
“OLHA A RUA” – Ocupação artística na Rua N. Senhora da Saúde -10h
16/8
Novena N. Senhora da Saúde – 19h
Cinema na Colônia – Nanneto Pipetta- Salão Paroquial – 20h
17/8
Cinema na Colônia – Centenário da Colônia Faria – Salão Paroquial – 20h
18/8
Exposição de Fotos e Nare In Fiò – Salão Paroquial 19h
19/8
Cavalgada, pedalada e caminhada na Colônia – AMICI – 9h
Solenidade de abertura – 14h
Homenagem às famílias pioneiras – Salão Paroquial -15h
Feira de alimentos e artesanatos da Colônia – Bosque da Igreja
Baile dos 130 anos – Salão Paroquial – 20h
20/8
Missa no Dialeto Vêneto – Igreja N. Senhora da Saúde -10:30h
Almoço Italiano no Bosque da Igreja -12h
Palestra – “Famílias Italianas do Cangüri” Colônia Faria e Colônia M. José – Caio Torques -14h

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