O TSE informou nesta terça-feira que não vai mais participar da missão especial da Unasul para observação das eleições legislativas na Venezuela, em 6 dezembro. Segundo nota oficial do TSE, a demora venezuelana em aprovar a versão do acordo estabelecido com a Unasul inviabiliza, a menos de dois meses do pleito, “uma observação adequada”.
A corte eleitoral trabalhava junto com o Itamaraty para definir a participação do Brasil. O indicado do país para chefiar a missão, o ex-ministro do STF, da Defesa e da Justiça Nelson Jobim, foi vetado pela Venezuela, segundo a nota. “Embora o candidato brasileiro tenha angariado amplo apoio entre os estados-membros, foi preterido na escolha final para a chefia da missão por suposto veto das autoridades venezuelanas”, informava a declaração oficial.
O órgão eleitoral brasileiro disse ainda que tentou uma aliança com o Conselho Nacional Eleitoral da Venezeula, mas isso não foi possível diante da falta de resposta do governo de Nicolás Maduro. A demora na aprovação do acordo, segundo o TSE , “fez com que a missão não pudesse acompanhar a auditoria do sistema eletrônico de votação e tampouco iniciar a avaliação da observância da equidade na contenda eleitoral”.
A nota, de cinco parágrafos, conclui dizendo que “em razão dos fatores referidos, o TSE decidiu que não participará da missão da Unasul para as eleições parlamentares venezuelanas”.