PARIS – Homens armados abriram fogo nesta sexta-feira em pelo menos três pontos de Paris, deixando várias pessoas mortas e feridas. Também foram ouvidas explosões do lado de fora do Stade de France, onde a seleção de futebol do país joga um amistoso contra a Alemanha. A polícia deu um balanço inicial de 20 mortos.
Um tiroteio em um restaurante no 10º arrondissement de Paris deixou mortos e feridos, segundo a polícia da capital francesa. Um homem com uma arma automática teria invadido o local e matado várias pessoas. Segundo o “Libération”, ao menos quatro corpos já haviam sido flagrados por testemunhas no restaurante Le Petit Cambodge, e a BBC relatou dez pessoas mortas.
A área do primeiro tiroteio é próxima à Praça da República, área muito movimentada de Paris. De acordo com testemunhas, os agressores fugiram após disparar mais de cem vezes, e pessoas estavam sendo retiradas às pressas.
Um segundo tiroteio teria ocorrido logo depois perto do local, no boulevard Voltaire. Dois homens armados teriam entrado no bar Le Carillon e abriram fogo, de acordo com testemunhas. Um dos atiradores teria gritado “Allahu akbar” (Deus é grande), testemunhas disseram, indicando que eles poderiam ser radicais islâmicos.
Há ainda relatos de um terceiro tiroteio, além de uma situação que envolve 11 reféns no próprio Bataclan, segundo a France24. A região fica perto do antigo escritório do semanário satírico “Charlie Hebdo”, onde 12 pessoas foram mortas por terroristas islâmicos em janeiro.
Após as três explosões dentro do estádio, em Saint-Denis, o presidente François Hollande teria sido retirado do local. A polícia confirmou que os sons eram de explosão, e investiga o episódio. Os acessos ao estádio foram fechados às pressas, mas o jogo prossegue. Alguns relatos dão conta de que elas teriam se originado de granadas. Um corpo foi encontrado no entorno do local.
Durante a manhã, uma ameaça de bomba contra o hotel da seleção alemã forçou a retirada dos presentes no estabelecimento, mas não foram encontrados explosivos.
Hollande já começou a tomar medidas de urgência com seus ministros para avaliar a situação.
Fonte: O GLOBO