Em uma das cidades mais ricas do mundo, Hong Kong, as pessoas pobres são forçadas a viver como animais em jaulas de malha de arame. Elas pagam cerca de R$ 463 (1.500 dólares de Hong Kong) por ano para ficarem no local.
O governo diz que o negócio é ilegal Mantendo roupas e fotos ao lado de cobertores imundos, as pessoas dormem em cubículos de 1,82 centímetro de comprimento e 0,91 de altura. As gaiolas são empilhadas até no máximo três. Algumas pessoas não podem esticar as pernas e são forçadas a dormir com elas dobradas “O clima no local é quente, escuro, intenso e hostil”, disse Brian Cassey, um fotógrafo britânico que foi conhecer a moradia.
A prática de morar em jaula começou na década de 50, com o fluxo de migrantes chineses que iam até Hong Kong para melhorar de vida. Em 1997, o número de gaiolas subiu para um total de 100 mil unidades
Em 2013, o governo chinês disse que 177 mil pessoas viviam em habitações irregulares em Hong Kong.
Porém, como as jaulas são ilegais, é impossível definir o número exato de moradores. O dado oficial mais recente aponta que, em 2007, eram 53 mil pessoas nessas condições
O governo diz que existem mais de 220 mil pessoas na lista de espera para uma casa pública. A espera média é de quase três anos. Alguns inquilinos das casas jaulas foram despejados, mas apenas 5 em cada 100 moradores receberam auxílio de moradia do governo Ver moradores de rua em Hong Kong já foi algo raro, mas hoje é comum. Muitos deles agora vivem em viadutos e túneis Sze Lai-Shan trabalha em uma organização comunitária de Hong Kong que visita mil moradores das jaulas. O objetivo do seu trabalho é melhorar os padrões de vida dessas pessoas.
— Para oferecer uma moradia desse tipo, é necessário ter uma licença. Mas como muitas pessoas não têm essa licença, o governo não consegue ter o número preciso de quantas casas existem Yan Chi Keung (foto), de 57 anos, vive em uma gaiola no chão com mais dois empilhados em cima dele. Paga cerca de R$ 400 (1.297 dólares de Hong Kong) por ano para viver no lugar.
(Fonte R7)