Brasil quebrado…Prefeituras recebem 15,19% a menos no primeiro repasse de junho e Ubam quer reparação

Ivan de Colombo

Mais uma vez os prefeitos de todo país, sobretudo da grande maioria dos municípios brasileiros, que vive quase que exclusivamente das transferências constitucionais, terão que quebrar a cabeça para ajustar a receita com a despesa, tendo em vista a queda contínua nos repasses dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Neste primeiro semestre registra-se uma perda de R$ 2,11 bilhões, tornando cada vez mais difícil a governabilidade nos pequenos entes federados. Os números são do presidente da União Brasileira de Municípios (Ubam), Leonardo Santana. “O congresso nacional e o governo da União demonstram não terem nenhuma preocupação com quem está na ponta, pois só se fala em ocupação de cargos importantes na esfera federal e nos estados, esquecendo-se, porém, que os pequenos municípios continuam em estado de inanição econômica e financeira”.

O dirigente municipalista informou que as prefeituras receberam o primeiro decêndio de junho, com uma diferença negativa de 15,19%, em comparação ao mesmo período de 2015, tornando impossível ajuste e o equilíbrio das contas públicas municipais, considerando os severos índices inflacionários que oneram cada vez mais o custeio da máquina,

Dados divulgados pela Confederação dos Municípios (CNM), o repasse do FPM de junho soma R$ 2.147.076.985,34. Considerando a retenção constitucional do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb).

Em comparação com o mesmo período de 2015, o repasse será inferior em 15,19%, sem considerar os efeitos da inflação. Ao levar em conta o valor real, as conseqüências da inflação, a redução no primeiro decêndio de junho do FPM fica mais acentuada – 21,81%. O montante partilhado entre as Prefeituras em junho do ano passado foi R$ 3.164.685.934,74.

A Ubam enviou hoje ofício-circular a todos os deputados federais e senadores, solicitando uma audiência pública no congresso nacional, objetivando discutir com a equipe econômica do governo uma saída para a crise nas prefeituras.

A entidade quer que o governo determine um “encontro de contas” entre o INSS e os municípios, com a proibição de descontos efetuados pelo órgão diretamente na fonte, zerando contas correntes de centenas de prefeituras, inviabilizando serviços extremamente essenciais.

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