O PMDB paranaense está dividido sobre o rumo do partido na eleição do ano que vem no Estado. Na bancada da legenda na Assembleia, a maioria manifesta preferência pelo apoio à reeleição do atual governador, em troca da indicação do candidato a vice. O senador Roberto Requião reivindica a indicação de candidato próprio da sigla ao governo. Já o ex-governador Orlando Pessuti também defende publicamente o lançamento de candidato próprio, mas rejeita a indicação de Requião, ao mesmo tempo em que mantém relações próximas com o governo da presidente Dilma Rousseff e a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, nome mais cotado do PT para a disputa pelo governo.

Atualmente, o PMDB conta com dois secretários na administração Beto Richa, ambos deputados estaduais licenciados: Luiz Cláudio Romanelli, que comanda a Pasta do Trabalho, e Luiz Eduardo Cheida, à frente do Meio Ambiente. A ideia de convidar Ratinho Júnior para se filiar ao partido teria vindo de Romanelli. A estratégia seria atrair um nome novo, com densidade eleitoral para isolar ainda mais Requião, que no final do ano passado já perdeu o comando do Diretório Estadual para uma chapa encabeçada pelos deputados estaduais e o grupo de Pessuti, que conseguiu eleger o deputado federal Osmar Serraglio para a presidência da sigla. 

Dono de quase 400 mil votos ou 40% dos votos válidos no segundo turno da eleição para a prefeitura de Curitiba, no ano passado, vencida por Gustavo Fruet (PDT), Ratinho Júnior apareceu no último levantamento da Paraná Pesquisas, divulgado no final de semana, com índices de intenção de voto de 17% a 21%, dependendo do cenário de candidatos. 
“Acho que foi prudente a não realização da reunião. Ninguém pode garantir que ele venha na condição de vice de quem quer que seja”, observou o deputado Caíto Quintana (PMDB). “É importante que venha para o PMDB qualquer um que pense como o partido. Mas que venha para uma composição do partido”, disse Quintana.
Fonte : Bem Paraná