Uma mulher, moradora em Colombo, foi apontada como a pessoa que enviou uma bomba endereçada ao agente penitenciário Edson Vaz, lotado na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP). Por volta das 16h, de quinta-feira, dia 24 de agosto, o motoboy Claudeci Siqueira Prata, chegou no prédio da penitenciária e informou que tinha uma entrega para o agente penitenciário Edson Vaz.
Como é de praxe, o pacote foi inspecionado antes de ser entregue. Na máquina de raio x foi constatado metais dentro do pacote. Diante da constatação que poderia ser uma bomba, a equipe do esquadrão antibombas do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, foi acionado. Utilizando da técnica de desativação com canhão de ruptura, os especialistas do COE detonaram o artefato no pátio da PEP.
No interior da caixa endereçada ao agente penitenciário foram encontrados massa de tiro, espécie de explosivo confeccionado com o uso de pólvora, canos de PVC acoplados, parafusos, um controle remoto e pilhas. Além desse material, estava o bilhete ameaçador. ” Isso é só um aviso. O próximo vai ser na sua cara”. Bilhete assinado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital(PCC). 0 entregador do pacote foi detido pelos soldados do Batalhão de Guarda e encaminhado à delegacia de Piraquara, que investiga o caso.
De acordo com o superintendente Villibaldo, o detido contou que trabalha em Colombo como entregador e que foi contratado por R$ 12,00 para fazer a entrega do pacote na penitenciária. A contratante foi uma mulher que está sendo procurada pela polícia. Claudeci foi preso em flagrante com base no artigo 16 da Lei 10826 – Lei do Desarmamento, que prevê detenção pela fabricação, posse ou transporte de produtos explosivos. O detido nega qualquer envolvimento com o crime e disse que apenas transportou a encomenda.
Uma das falhas do motoboy e da empresa em que trabalha foi não anotar o nome e o endereço do contratante do serviço. “É uma falha não identificar. Dessa maneira, armas ou drogas podem ser transportadas sem incômodo”, explicou o policial. Sobre as investigações, Villibaldo disse que a primeira providência é tentar identificar a mulher que contratou o serviço do motoboy. Ela é ruiva, aproximadamente 20 anos, e deve residir no bairro Olaria ou no Jardim Eucaliptos, em Colombo.
As características foram repassadas e a polícia pretende confeccionar um retrato falado. Para o policial, a única evidência até o momento é a assinatura do bilhete: PCC. “Há homens que estiveram presos na PEP e outros foragidos que têm ligações com o PCC. Alguém pode ter ficado com mágoas e resolveu agir”, completou o superintendente. Para ele, se o artefato fosse aberto, poderia explodir e causar graves ferimentos no agente penitenciário. Quem tiver informações sobre a suspeita deve entrar em contato com a delegacia de Piraquara pelo telefone 3673-2460. ( Informações via Tribuna do Paraná)