Em fevereiro, o setor de Saúde passou a contar com um novo gestor, o secretário Helder Luiz Lazarotto. Em entrevista ao Jornal União, o novo secretário falou sobre sua trajetória na vida pública e de seus projetos e desafios para a Saúde campinense. Funcionário de carreira da prefeitura de Colombo, Lazarotto foi convidado pelo prefeito Luiz Assunção para exercer a função de secretário da Saúde tendo em vista sua experiência e trajetória no setor. Formado em administração com aperfeiçoamento em Gestão Pública, tendo sido, inclusive, secretário de Saúde no município de Colombo por três vezes. Ainda em Colombo já exerceu outros cargos como vereador e nas últimas eleições tentou uma vaga no Executivo Municipal, como vice prefeito ao lado do candidato José Vicente.
Nessas últimas três semanas que está à frente da Secretaria de Saúde, Lazarotto avalia que o setor dispõe de uma boa rede de serviços. “Campina é uma cidade privilegiada, se comparada a outras realidades municipais. Dispomos de uma boa rede de Saúde, que inclui um hospital, o que nos dá um importante suporte nessa área primordial”, afirma.
Sobre os futuros projetos da Saúde, Lazarotto diz que uma de suas prioridades é buscar um avanço no setor de média complexidade. “Nosso município precisa avançar em exames e consultas especializadas. Para isso, vamos viabilizar recursos para essas áreas específicas. Outra questão importante é a qualidade no atendimento a população”, comenta.
Um dos anseios da população de Campina está na facilitação de marcação de consultas. Hoje, para ser marcar uma consulta, o paciente precisa acordar cedo para garantir o atendimento em uma das Unidade de Saúde. Uma alternativa, segundo Lazarotto, seria a implantação de um serviço de marcação de consultas via telefone, com ressalvas, entretanto. “Esse é um serviço cuja viabilidade deve ser averiguada. Sem dúvida que esse serviço poderá trazer mais comodidade aos pacientes mas, por outro lado, não há como averiguar o estado de saúde de um paciente para poder priorizar seu atendimento ou encaixá-lo em determinada especialidade”.
Questionado sobre como ficará a situação das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que foram doadas pelo Ministério da Saúde aos municípios paranaenses, inclusive à Campina, que só não recebeu o veículo por falta de implantação do serviço, o secretário explica. “O serviço de emergência requer uma equipe especializada e uma central de regulação, consequentemente isso implica num certo investimento. O Ministério da Saúde repassa alguns valores, mas nem sempre esse valor cobre o custo com profissionais e médicos especializados. O que estamos estudando é a implantação de um Samu Regional. A ideia é que esse serviço funcione futuramente em parceria com outros municípios, como Quatro Barras, por exemplo. A parceria viabiliza melhor o serviço e gera menos custos”.
Outro problema debatido por Lazarotto foi a fila de espera e a limitação para se marcar um exame ou consultas nas Unidades de Saúde por meio do Sus. “Infelizmente o Sus dispõe de uma oferta limitada de serviços que acabam não sendo suficientes para atender a demanda de pacientes. ”, disse.
A implantação de uma unidade 24 horas também está entre as preocupações do novo secretário. “Existe uma parceria com o município de Quatro Barras num projeto para instalação de uma UPA. Mas isso é algo que tem que ser avaliado, já que dispomos de uma unidade no Jardim Paulista que atende até às 22h e do
Hospital Angelina Caron.
Para finalizar a entrevista, Lazarotto, também mencionou a situação da unidade de saúde que ocupa a mesma infra estrutura do Colégio Caic. “O projeto para construção de uma unidade fora do ambiente escolar já está sendo estudado e está previsto para ser iniciado ainda este ano”, finaliza.
Fonte : Jornal da União