A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e a ministra Rosa Weber, também do Supremo e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fizeram apelo nesta segunda-feira, dia 20, para que as mulheres exerçam seu direito a voto com consciência, de modo a aumentar a participação feminina na política. As duas participaram do seminário “Elas por Elas”, organizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobre a temática da mulher no poder estatal e na sociedade. As informações são da Rádio CBN/Maringá.
Durante o evento foi comemorado o fato inédito de mulheres ocuparem nesta semana, simultaneamente, os cargos máximos de cinco órgãos de Justiça brasileiros. Participaram do do evento a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia; a presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), Rosa Weber; a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Laurita Vaz; a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e a advogada-geral da União, Grace Mendonça.
“Há uma verdadeira sub-representação feminina na política brasileira, sem falar nas candidaturas laranjas, fantasmas ou fictícias, de mulheres que não tiveram um voto sequer, nem o delas mesmas”, afirmou a ministra.
A presidente do Supremo, Cármen Lúcia, afirmou ser excepcional o fato de tantas mulheres ocuparem posições de poder no campo da Justiça, e que isso somente intensifica os preconceitos, não os diminui. Ela defendeu que as mulheres tomem consciência de sua condição feminina para avançar na libertação de outras que ainda não têm a liberdade de falar, pensar e se posicionar no mundo.
“Para não termos mais o quadro que a ministra Rosa Weber acaba de traçar aqui, em termos de representação, é preciso que a mulher esteja presente para se fazer representar”, afirmou Cármen Lúcia, também conclamando as eleitoras a fazerem diferença pelo voto na busca pela igualdade.
Brasil tem 28 candidatas ao governo, em 18 estados e no distrito federal
Vinte e oito mulheres serão candidatas ao governo em 18 estados e no Distrito Federal. Em oito estados somente homens são candidatos a governador: Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul e Rondônia.
As candidatas são:
Acre – Janaína Furtado (Rede) – 18
Bahia – Célia Sacramento (Rede) – 18
DF – Eliana Pedrosa (Pros) – 90 e Fátima Sousa (PSOL) – 50
Espírito Santo – Jackeline Oliveira Rocha (PT) – 13 e Rose de Freitas (Podemos) – 19
Goiás – Alda Lúcia Souza (PCO) – 29 e Kátia Maria (PT) – 13
Maranhão – Roseana Sarney (MDB) – 15
Mato Grosso do Sul – Simone Tebet (MDB) – 15
Minas Gerais – Dirlene Marques (PSOL) – 50
Paraíba – Rama Dantas (PSTU) – 16
Paraná – Cida Borghetti (Progressista) – 11 e Priscila Ebara (PCO) – 29
Pernambuco – Ana Patrícia Alves (PCO) – 29; Dani Portela (PSOL) – 50 e Simone Fontana (PSTU) – 16
Piauí – Lourdes Melo (PCO) – 29; Luciane Santos (PSTU) – 16 e Sueli Rodrigues (PSOL) – 50
Rio de Janeiro – Dayse Oliveira (PSTU) – 16 e Márcia Tiburi (PT) – 13
Rio Grande do Norte – Fátima Bezerra (PT) – 13
Roraíma – Suely Campos (PP) – 11
Santa Catarina – Ingrid Assis (PSTU) – 16
São Paulo – Professora Lisete (PSOL) – 50
Sergipe – Gilvani Santos (PSTU) – 16
Tocantins – Bernadete Aparecida (PSOL) – 50
Estados com três candidatas ao governo: Pernambuco e Piauí.
Estados com duas candidatas: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Paraná e Rio de Janeiro.
Paraná tem 130 mulheres candidatas a deputada federal
Os partidos e coligações registraram 434 candidatos a deputado federal, no Paraná. Destes, cerca de 130 são mulheres, totalizando os 30% exigidos pela legislação. São mais de 14 candidatos para cada uma das 30 vagas da bancada paranaense.
No Paraná, são 220 mulheres candidatas a deputada estadual
Os partidos e coligações registraram 742 candidatos a deputado estadual, no Paraná, são aproximadamente 220 mulheres concorrendo a uma das 54 vagas na Assembleia Legislativa do Estado. São quase 14 candidatos por vaga.