Pressionado por produtores nacionais de leite, o presidente Jair Bolsonaro determinou ao ministro da Economia, Paulo Guedes , retomar a tarifa para a importação de leite em pó oriundo da União Europeia e da Nova Zelândia. A taxa, chamada de antidumping, era de 14% e não foi renovada.
Mesmo internado se recuperando da cirurgia, em São Paulo, com restrições de visitas, Bolsonaro foi fortemente pressionado por produtores de leite por conta da decisão do governo de derrubar a taxa antidumping.
A taxa de 14%, era renovada sucessivamente desde 2001. Com o imposto de importação, hoje de 28%, a soma chegava aos 42% para importação de leite da Nova Zelândia e da União Europeia. O alto valor do imposto funcionava como uma barreira de proteção para os produtores nacionais. Sem essa soma, produtores locais temem que que a entrada do produto importado prejudique o agronegócio do país.
Desde a semana passada, Bolsonaro manteve conversas com setor de leite, importante base de apoio para a eleição do presidente, que pediu a retomada da tarifa maior. O presidente ligou para Guedes e determinou ao ministro resolver a questão. Na avaliação do presidente, os produtores locais não podem sair perdendo.
Agora, o Ministério da Economia está estudando como retomar a taxa antidumping, já que o Brasil pode até ser punido se tomar medidas protecionistas sem justificativa. Se a taxa não for retomada, o governo deve alíquota de importação para compensar a perda.
O Ministério da Agricultura afirma que cerca de 1,2 milhão de estabelecimentos rurais são dedicados à produção de leite no país. Para a pasta, o antidumping foi eficaz e decisivo para a rentabilidade do setor e permitiu a manutenção dos produtores rurais na atividade. Antes da implementação da medida, os preços pagos aos produtores de leite estavam em queda, sustenta a pasta.
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https://oglobo.globo.com/economia/bolsonaro-determina-guedes-volta-de-taxa-para-importacao-de-leite-em-po-23444879