Contenção, toque de recolher e várias restrições: muitos países estão endurecendo suas medidas em face de uma epidemia de Covid-19 ainda ameaçadora e contra a qual a vacinação em todo o mundo ainda não surtiu o efeito desejado. A pandemia já matou mais de 2,87 milhões de pessoas no planeta, de acordo com um relatório estabelecido pela Agence France-Presse (AFP) a partir de fontes oficiais, quarta-feira, 7 de abril. Esses números são subestimados globalmente. Baseiam-se em relatórios diários das autoridades nacionais de saúde, sem incluir reavaliações com base em bases estatísticas.
No Brasil, mais de 4.000 pessoas morreram de Covid-19 só na terça-feira e mais de 3.800 na quarta-feira. O instituto de saúde pública de referência Fiocruz considerou o confinamento “absolutamente necessário” para fazer frente à saturação dos hospitais, que se encontram em situação “crítica” em 24 dos 27 estados do país.
“Temos que encontrar alternativas, não vamos aceitar uma política que equivale a dizer que tem que ficar em casa, fechar tudo, impor o confinamento. ” Jair Bolsonaro.
O Brasil é o segundo país do mundo onde a Covid-19 mais matou, com mais de 337.000 mortes oficiais desde o início da pandemia e já mais de 15.000 nos primeiros seis dias de abril. Há um ano, o Supremo Tribunal Federal deu aos estados e municípios autonomia para impor suas próprias medidas restritivas. Mas, na prática, com raras exceções, apenas algumas atividades consideradas não essenciais foram encerradas, sem contenção total.(Le Monde)