Cuidado com Ofertas: Alimentos Impróprios para Consumo e seu Impacto na Saúde e no Bolso

Ivan de Colombo

Nos corredores dos supermercados, somos atraídos por ofertas irresistíveis, especialmente quando se trata de frutas, verduras e legumes frescos. Entretanto, o que pode parecer uma oportunidade econômica muitas vezes se revela uma armadilha para nossa saúde e nossos bolsos.

A tentação de economizar alguns trocados muitas vezes nos leva a ignorar sinais óbvios de que os produtos em oferta estão longe de serem frescos ou de qualidade adequada. As terças, quartas e quintas-feiras, dias conhecidos por grandes descontos em supermercados, muitas vezes apresentam uma enxurrada de produtos pálidos, murchos e até mesmo deteriorados.

Imagine levar para casa um repolho tão branco que parece desprovido de qualquer nutriente ou um pepino que mais parece uma bolsa de água. Esses são apenas alguns exemplos dos produtos que acabam nas prateleiras das lojas durante esses dias de descontos, apresentando sinais claros de que estão longe de serem frescos e nutritivos.

A estratégia de cortar as pontas dos legumes e retirar folhas dos vegetais para disfarçar sua deterioração é uma prática comum. No entanto, isso não só engana o consumidor como também compromete a segurança alimentar, já que esses alimentos podem estar contaminados e impróprios para consumo.

O problema não se restringe apenas aos grandes supermercados; pequenos estabelecimentos também adotam essa prática para evitar prejuízos. E é aí que entra o alerta para o consumidor: produtos adquiridos nessas condições podem não só afetar sua saúde, mas também resultar em desperdício financeiro.

A falta de fiscalização adequada agrava ainda mais a situação. A presença da vigilância sanitária nos dias de ofertas seria fundamental para garantir que os produtos colocados à venda estejam em conformidade com os padrões de qualidade e segurança alimentar.

Infelizmente, muitos desses produtos acabam indo para o lixo, tanto nos supermercados quanto nas casas dos consumidores, se não forem consumidos imediatamente. O que deveria ser uma oportunidade de economia acaba se tornando um prejuízo tanto para os consumidores quanto para os comerciantes.

Portanto, é essencial que os consumidores estejam atentos e façam escolhas conscientes ao comprar alimentos, especialmente durante os dias de ofertas. Priorizar a qualidade e a frescura dos produtos é fundamental para garantir não apenas nossa saúde, mas também nosso bem-estar financeiro a longo prazo.

O que diz a Portaria Mapa nº 458?

A partir de 21 de julho de 2022, a Portaria Mapa nº 458 alterou o artigo 23 da Instrução Normativa n.º 69, de 2018. Com isso, eliminou-se a necessidade de indicação do prazo de validade de produtos hortícolas.

O QUE O CONSUMIDOR PODE FAZER ?

Uma vez que o prazo de validade não se aplica às Frutas, Legumes e Verduras (FLV), é crucial que os consumidores estejam atentos a outras características para determinar sua frescura e qualidade. Além de observar a aparência geral dos produtos, como cor e textura, é essencial considerar outros fatores, tais como:

  1. Cor: Frutas e vegetais frescos geralmente têm cores vibrantes e uniformes. Evite produtos com cores opacas, manchas escuras ou descolorações, pois podem indicar deterioração.
  2. Odor: O aroma fresco e característico de cada fruta ou vegetal é um bom indicador de sua qualidade. Evite produtos com odores estranhos, fermentados ou mofados, pois podem indicar deterioração.
  3. Presença de pontos de deterioração: Examine cuidadosamente os FLV em busca de sinais de deterioração, como partes murchas, amassadas, machucadas ou moles. Evite produtos com pontos de deterioração visíveis, pois podem indicar que estão além do ponto de consumo ideal.

Ao avaliar essas características, os consumidores podem fazer escolhas mais informadas e garantir a compra de FLV frescos e de qualidade, contribuindo não apenas para sua própria saúde, mas também para o combate ao desperdício alimentar.

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