RAPIDINHAS DA QUARTA
Cerca de 14 mil estrangeiros vivem em Foz do Iguaçu
Ministra da Casa Civil presta esclarecimentos sobre ramal da Ferroeste.
Nesta quarta-feira (22), uma comitiva de representantes das entidades que integram o Fórum Futuro 10 Paraná, liderada pelo presidente da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), Edson Campagnolo, se reuniu com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em Brasília para debater esta proposta.
A ministra Gleisi ressaltou que o Paraná está bem contemplado no Plano de Investimentos em Logística. “O plano é de caráter nacional, de integração da infraestrutura logística no território nacional, contempla todos os estados e o Paraná está neste plano”, disse. “Vamos ter uma ferrovia vindo de Maracaju (MS), portanto um canal de escoamento da produção do Mato Grosso do Sul e de parte do Mato Grosso. Ela vai passar por Guaíra, indo a Cascavel e utilizando trechos, se o governo do Estado concordar, da Ferroeste, que vai até Guarapuava e, depois, Irati, onde bifurca para o porto de Paranaguá e para Mafra, no sentido extremo sul”, explicou Gleisi.
“E em Irati vamos ter um trecho que vai para Curitiba e Paranaguá e outro trecho que vai para Engenheiro Bley e Mafra. Mafra porque faz ligação com Rio Grande, mas também vai para Paranaguá através do binário que estamos estudando utilizando a bitola mista”, acrescentou a ministra. Que reforçou que o trecho de Paranaguá não entrou no Plano nesse primeiro momento, porque o governo ainda está fazendo o estudo de qual o melhor traçado para esse binário.
Além disso, está em estudo também o aumento da capacidade do ramal que vai para o Norte do Paraná – Londrina, Maringá e Cianorte.
Após a reunião em Brasília o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, afirmou que os trechos ferroviários e rodoviários que cortarão o Estado, estão incluídos no Programa de Investimento em Logística – PAC das Concessões, e o ramal ferroviário projetado para ligar Cascavel a Maracaju (MS) passará por Guaíra. Outro esclarecimento prestado é que o trecho a ser concedido entre Cascavel e Guarapuava vai utilizar o atual traçado da Ferroeste.
Rodovias
O anúncio feito pelos ministros do Planejamento, Miriam Belchior e dos Transportes, Paulo Passos, em Brasília, prevê investimentos de R$ 16,5 bilhões em rodovias federais de todo o país e o Paraná teve cinco trechos de rodovias federais incluídos no cronograma de obras rodoviárias que serão licitados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) até 2013.
O valor aproximado das obras previstas para o Paraná chega a R$ 2 bilhões, a maior parte será licitada até o final de 2012 pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que permite agilizar o cronograma.
Foram incluídas no pacote a pavimentação de 103,3 quilômetros da BR-158 entre Palmital e Campo Mourão; a pavimentação de 130 quilômetros da BR-487 (Estrada Boiadeira); a construção da segunda ponte ligando Foz do Iguaçu ao Paraguai (BR–277).
Também estão previstas a construção da trincheira de Tibagi e obras complementares em Ventania na BR–153 (Rodovia Transbrasiliana). Na BR–163 haverá duplicação de 40 quilômetros, entre Toledo e Marechal Rondon, e a construção da travessia urbana de Marechal Cândido Rondon com 5,6 quilômetros. A rodovia também deve receber melhorias no trecho entre Cascavel e Capitão Leônidas Marques.
Recursos do PAC
A respeito dos estudos e também de verba para a dragagem do Porto de Paranaguá, a ministra ressaltou que esse já é um recurso do PAC. “Era um compromisso do governo federal, infelizmente não tinha sido executado, tinha questões ambientais e também o porto de Paranaguá, na época, não quis que o governo federal fizesse a obra, quis fazer pela Appa. Como não deu certo isso retornou para o governo federal”.
De acordo com a ministra, o governo reavaliou os custos do projeto. “Tínhamos no PAC só R$ 53 milhões, mas vamos precisar de R$ 146 milhões. Esse dinheiro já está reservado e a licença ambiental deve sair ainda no mês de setembro”, adiantou.
Na oportunidade, a ministra lamentou as críticas ao programa, sem um conhecimento detalhado. “Nós divulgamos um plano nacional, se tivessem nos dado a oportunidade de mostrar o detalhamento do projeto, isso não teria acontecido. Eu lamento”. Fonte: Paranazão