DAI A PREGO O QUE É DE PREGO !!

Ivan de Colombo

Numa época de tantas pressas, numa cidade que a política precisa apresentar resultados de imediato, urge acolher pacientemente as diversas formas de defesa do povo e no respeito à palavra de Deus, sem julgamentos a priori. Se é verdade que a inspiração exige “transpiração”, isto é, capacidade de contenção, de maturação, de repensar antes de verbalizar, também é certo que se torna necessário educar os sentidos para  sensibilizar pelas diferenças, não apenas os pastores e padres, mas os meios de comunicação em geral  para que acolham com afeto e respeito (mesmo quando discordante) a obra proposta, seja na fé ou na política. Estamos postando nesse blog o discurso do vereador Prego do PT, mas antes quero dizer que a evangelização, hoje como em outros tempos, exige de mais recurso e outras formas  que motivem o homem a sair de si para encontrar outros sentidos para a vida e viver pela fé, muito para além da materialidade das coisas e não é  no campo político que isso será encontrado, mas algo que nos estimule a experimentar a beleza do mistério de Deus.


Portanto, quando esse blog escreve sobre as atitudes de alguns religiosos( padres, pastores e Diáconos) que  revestidos de fé, em tese, tentam influenciar um grupo de pessoas com seus pensamentos ao invés de exercer  o livre arbítrio, é preocupante !! não estou criticando a pessoa, mas sim as suas atitudes na sociedade, até porquê o agente da política nunca será a fé, afora as exceções, as pessoas envolvidas no trabalho da evangelização tem de reverenciar-se antes dos diálogos para diluir as reservas que os diversos subconscientes que  escondem. Porquê, sei que muita gente da cultura da Igreja conhece a Inquisição, a censura e certos programas morais ou disciplinares que vão sempre à frente de qualquer abraço de tolerância !! Resta portanto dizer que um partido político não pode representar uma igreja e nem  tomar terras pela força.  “A fé, sem a razão, é cega, totalmente. E a razão, sem a fé, enlouquece”
Quanto ao Blog citado, não me diz respeito em defende-lo ou fazer juízo deste.

Portanto, discordaria ver pessoas da Igreja que à frente desta  esquecem a fé e abraça a política como o caminho  paternalista da misericórdia e da fraternidade.Tudo isto será apenas subjetivo ou viciado pelo ângulo estreito da parte que pretende abranger o todo. As igrejas tem todo o direto de se envolverem na política, mas devem fazer isso sem denegrir a imagem de políticos que não fazem parte de seu grupo.
A doutrina da fé, ainda é um caminho exigente para a Igreja, na medida em que requer, por um lado, uma atitude de acolhimento dos valores presentes nas culturas e suas formas de expressão. Um olhar que, não tente ser predominantemente negativista ou moralista, pois as pessoas possuem um discernimento daquilo que significa uma autêntica humanização sem exclusões.

Jesus disse: Dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus, assim sendo, Cesar representava a política, e Deus  a fé (Lucas 20:20-26). Vamos tentar simplificar: Obrigações no mundo político e obrigações no mundo espiritual, pois a razão, sem a fé, se torna absurda.

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