Em uma votação simbólica, o Senado Federal anulou ontem (16) uma decisão que foi tomada pela Casa há 65 anos, quando os senadores extinguiram o mandato do senador Luís Carlos Prestes. A medida foi tomada em 1948 pelos senadores, depois que o registro do Partido Comunista do Brasil, partido de Prestes, foi extinto.
Durante a sessão plenária de hoje, os senadores lembraram que Prestes foi eleito, em 1945, com a maior votação proporcional da história política. O parlamentar, que morreu em 1990, foi apontado por todos os senadores como um líder da esquerda que merece destaque na memória política do país.
Em discursos, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e outros parlamentares como Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disseram que a devolução simbólica do mandato ao líder comunista foi um reconhecimento de um erro na trajetória do Brasil e a reparação de um ato de injustiça.
De acordo com o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), o político foi responsável por implantar no país novas ideias que resultaram em alternativas de vida para os brasileiros que viveram um período conturbado durante o período da ditadura. Maria Prestes, viúva do político, enviou uma carta aos senadores parabenizando pela decisão adotada hoje.
Crédito à Agência Brasil