Começaram ser ouvidos na tarde de ontem (8) os nove peritos que ajudarão a dar detalhes do assassinato de Paulo César Farias, o PC Farias, e da namorada, Suzana Marcolino, ocorrida em 1996. Entre os peritos está Fortunato Badan Palhares, que atuou no caso na época dos fatos e teve o seu laudo contestado. A versão de Palhares é que Suzana matou o empresário e suicidou-se em seguida, tese que a promotoria busca desmontar. Durante a manhã prestaram depoimento as testemunhas do julgamento de quatro acusados de envolvimento no crime.
Tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello, PC Farias era apontado como uma das pessoas mais próximas do então presidente. Ele foi denunciado por sonegação fiscal, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito.
Um dos irmãos de PC, o ex-deputado Augusto César Farias, que chegou a ser apontado como mandante do crime no início do inquérito. Também foi ouvida Milane Valente, ex-namorada de Augusto. Segundo a assessoria do Tribunal de Júri de Maceió, onde ocorre o julgamento, o juiz Maurício Breda, da 8ª Vara Criminal, quer concluir o caso até a próxima sexta-feira (10).
Estão sendo julgados Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva, policiais militares que trabalhavam como seguranças de PC. O Ministério Público pede a condenação dos quatro por homicídio qualificado. Segundo a tese do promotor Marcos Louzinho, os quatro participaram do crime ao menos por omissão, uma vez que deveriam cuidar da integridade do empresário.
Fonte: Agência Brasil