A agência responsável pela segurança das autoridades do Kremlin, a sede do governo russo, está comprando máquinas de escrever, uma ação que estaria associada a preocupações com vazamentos de informações sigilosas após os casos ligados ao
WikiLeaks e às denúncias do ex-técnico da CIA
Edward Snowden .
Uma encomenda de 486,540 rublos (cerca de R$ 30 mil) em máquinas de escrever elétricas foi colocada pelo Serviço Federal de Proteção (FSO, na sigla em inglês) no website de compras do Estado russo.
A razão da compra não foi divulgada. Mas uma fonte da agência disse ao jornal russo Izvestiya que o objetivo seria o de evitar vazamentos de computadores. “Depois dos escândalos com a distribuição de documentos secretos pelo WikiLeaks, do que expôs Edward Snowden e de relatórios do primeiro-ministro Dimitri Medvedev serem
espionados durante sua visita à reunião do G20 em Londres ( em 2009 ), foi decidido que seria necessário expandir a prática de criar documentos em papel”, disse a fonte. “Depois dos escândalos com a distribuição de documentos secretos pelo WikiLeaks, do que expôs Edward Snowden e de relatórios do primeiro-ministro Dimitri Medvedev serem
espionados durante sua visita à reunião do G20 em Londres ( em 2009 ), foi decidido que seria necessário expandir a prática de criar documentos em papel”, disse a fonte.
Ao contrário das impressoras, cada máquina de escrever tem o próprio padrão de digitação, o que torna possível vincular cada documento a uma máquina em particular, diz o jornal. Snowden recentemente vazou milhares de documentos classificados como secretos pela Agência Nacional de Segurança (NSA, sigla em inglês) dos EUA. Acredita-se que ele esteja foragido, vivendo no aeroporto de Moscou.
O WikiLeaks ganhou manchetes mundiais em 2010 com a liberação de centenas de milhares de escutas do Departamento de Estado norte-americano, incluindo arquivos secretos relativos às guerras do Iraque e do Afeganistão. Fonte – BBC Brasil.
NASA ENCONTRA OUTRO PLANETA AZUL
Ilustração do HD 189733b: azul, mas quente demais para os seres humanos
Astrônomos estudando as observações do telescópio espacial Hubble, da Nasa, descobriram a cor real de um planeta que orbita uma estrela a 63 anos-luz de distância do Sistema Solar. E a surpresa foi que o HD 189733b é azul como a Terra.
Usando o espectógrafo do telescópio, os cientistas descobriram sua cor original, e viram que se visto diretamente, ele seria parecido com a Terra.
Mas as semelhanças acabam aí: no HD 189733b, a temperatura diurna pode chegar a 2760°C, e ali provavelmente não chove água, mas vidro, com ventos de 7.200 quilômetros por hora. A luz azul não vem do reflexo dos oceanos como na Terra, e sim da atmosfera quente que contém nuvens de partículas de silício, que ao se condensar no calor formam gotas de vidro que refletem luz azul.
Nasa
Imagem do Hubble mostrando o HD 189733b, o ponto mais brilhante no canto esquerdo. À direita, a nebulosa Messier 27
O HD 189733b é considerado um “Júpiter quente”, um classe de planetas que orbitam muito perto de suas estrelas, e o estudo dele está trazendo novas informações sobre a composição química e estrutura de nuvens de todo o seu grupo.
O planeta foi descoberto em 2005, e está a 4,6 milhões de quilômetros de sua estrela, uma distância tão curta que seus campos gravitacionais se misturam e o planeta não tem rotação — um lado sempre está de frente para a estrela e o outro está sempre no escuro.
Em 2007, o Telescópio Espacial Spitzer mediu a luz infravermelha emitida pelo planeta, chegando a um dos primeiros mapeamentos de temperatura de um exoplaneta, que mostrou que a diferença de temperatura entre os lados do HD 189733b pode chegar a 260 graus Celsius, que causaria ventos violentos do lado diurno para o lado noturno do planeta.