A Marinha do Vietnã informou neste sábado (8) que o avião da Malaysia Airlines que desapareceu com 239 pessoas a bordo caiu próximo do litoral da ilha vietnamita de Tho Chu, no sul do país. As informações são da agência de notícias EFE.
O Alto Comando da Marinha vietnamita acrescentou em comunicado que o avião caiu nas águas do Golfo da Tailândia, entre a Malásia e o Vietnã, a cerca de 300 quilômetros da ilha de Tho Chu, na província vietnamita de Kien Giang, segundo o site “Tuoi Tre”.
O diretor do centro de coordenação de emergências do Vietnã, Pham Hien, disse anteriormente ao site “VnExpress” que o avião foi detectado a cerca de 220 quilômetros do litoral da província de Ca Mau, também no sul do país.
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Às 19h20 locais (8h20 de Brasília), a companhia aérea informou que equipes de resgate daMalásia, Cingapura e Vietnã fazem buscas com navios na região onde o avião teria desaparecido. Por enquanto, nada foi encontrado. Buscas aéreas serão retomadas na manhã de domingo (início da noite de sábado no horário de Brasília).
A aeronave tinha 239 pessoas a bordo (227 passageiros, com 2 crianças, e 12 tripulantes). Todos os tripulantes eram da Malásia. Os passageiros têm 14 nacionalidades: 153 da China ou de Taiwan (incluindo uma criança), 38 da Malásia, sete da Indonésia, seis da Austrália, cinco da Índia, quatro da França, três dos Estados Unidos (incluindo uma criança), dois da Nova Zelândia, dois da Ucrânia, dois do Canadá, um da Rússia, um da Itália, um da Holanda e um da Áustria. Veja a lista com os nomes dos passageiros.
O Boeing 777-200 no voo MH370 saiu de Kuala Lampur às 13h40 no horário de Brasília e deveria chegar às 19h30 (de Brasília) em Pequim. O avião teria perdido contato duas horas após decolar, segundo a empresa.
“Estamos profundamente entristecidos com as notícias sobre o voo MH370”, disse a empresa em um comunicado em seu site oficial. “A Malaysia Airlines confirma que o voo MH370 tinha perdido o contato com o controle de tráfego aéreo de Subang às 2h40 de hoje. Houve especulações de que a aeronave pousou em Nanming. Estamos trabalhando para verificar a autenticidade deste e de outros relatos”, diz o texto.
A empresa evitou afirmar que o avião tenha caído e disse que desconhece a posição da aeronave. “Estamos trabalhando com as autoridades internacionais na missão de busca e resgate e às 14h locais (3h de Brasília) do dia 8 de março de 2014 não temos nenhuma informação sobre a posição do avião”, disse a companhia aérea em seu último comunicado.
Segundo a empresa, não foram recebidas mensagens ou sinais de que o avião pudesse ter ficado em perigo.
O voo MH370 fez o último contato com controladores de tráfego aéreo quando estava a 120 milhas náuticas a leste da cidade malaia de Kota Bharu, na costa do país, disse o presidente da companhia aérea, Jauhari Yahya.
O site de rastreamento de voos flightaware.com mostrou o avião voando para nordeste sobre a Malásia, depois de ter decolado. O avião subiu para uma altitude de 35 mil pés e desapareceu dos registros um minuto depois, enquanto ainda estava ganhando altitude.
Buscas
O presidente da China, Xi Jinping, ordenou neste sábado que se iniciem “todos os esforços necessários” nas medidas de emergência relacionadas com o avião da Malaysia Airlines.
Segundo a agência oficial chinesa “Xinhua”, Xi pediu ao Ministério das Relações Exteriores e às embaixadas e consulados de seu país no exterior que intensifiquem os contatos com os departamentos pertinentes dos países afetados e se mantenham alertas sobre os trabalhos de busca e resgate do avião.
Oito navios da Administração de Segurança Marítima de Hainan e do Departamento de Resgate de Nanhai, no sul da China, se encontram em estado de alerta e à espera de ordens, informou o ministro.
Além disso, uma pequena frota aérea está preparada para decolar rumo às áreas de busca a qualquer momento.
A China expressou sua “grave preocupação” pelo desaparecimento do voo. A maior parte das pessoas a bordo era de nacionalidade chinesa.
Familiares
No Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, os familiares dos passageiros esperam ansiosamente notícias.
Hamid Ramlan, um policial da capital da Malásia, disse que no voo viajavam sua filha de 34 anos e seu genro de 24, para passariam as férias em Pequim.
“Minha esposa não para de chorar. Todo mundo está triste. Minha casa tornou-se um lugar de luto”, disse ele. “É a vontade de Deus, temos de aceitá-la”.
Em Pequim, os familiares dos passageiros também esperavam por notícias.
“Eles são inúteis. Não sei por que você não dão nenhuma informação”, disse um jovem indignado, referindo-se à companhia aérea.
A Malaysia Airlines (MAS) é considerada uma das companhias mais seguras da região, com registro de poucos acidentes.
O mais grave foi em 1977, quando um avião caiu no sul da Malásia, matando os 93 passageiros e os sete membros da tripulação.
Um novo acidente seria uma péssima notícia para a empresa, que vem há anos perdendo dinheiro, frente a concorrência de companhias de baixo custo como a AirAsia.
Malaysia Airlines, que em 2012 admitiu estar “em crise”, registrou nos últimos três meses de 2013 seu quarto trimestre consecutivo de perdas.
Fonte: G1