PESSUTI: PMDB É PATRIMÔNIO INSTITUCIONAL DO PARANÁ

Ivan de Colombo
“Não ter candidatura própria ao governo do Estado é tomar uma posição contrária à própria história do PMDB.” 
A afirmação foi feita hoje pelo ex-governador e secretário do partido no Paraná Orlando Pessuti, que está na Europa, onde visita o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes e o Vaticano na Semana Santa.
 Após reuniões com peemedebistas de mais de 300 municípios paranaenses, faltando o Sudoeste e parte do Oeste, Pessuti afirmou que a força peemedebista está na presença do partido em todo o Estado e no “fato inquestionável de que apenas dois dos últimos oito governadores, após a redemocratização do país em 1982, não eram filiados à sigla.”
Defensor de prévias dentro do partido para a escolha do candidato do PMDB ao Palácio Iguaçu, Pessuti disse não acreditar que os militantes tomarão posições que “diminuirão a importância do PMDB na administração pública do Paraná.” Lembrou que as bancadas federal e estadual são consequência das ações partidárias ao longo de três décadas e que a coerência deve prevalecer. Com intervenções nas áreas de segurança, saúde, educação e mais na busca do desenvolvimento socioeconômico, o PMDB se credenciou como um patrimônio institucional do Paraná, acrescentou o ex-governador.
O trator solidário, a irrigação noturna e o leite para as crianças foram programas lembrados por Pessuti. Ele ainda destacou como “herança positiva do PMDB” a isenção do ICMS para as micro e pequenas empresas, habitação para famílias carentes, implantação de hospitais regionais, clinicas da mulher e da criança, biblioteca cidadã e a qualificação de professores.
CREDIBILIDADE
Se firmar como um partido com a proposta de repensar o Paraná e não fazer da atividade política uma simples disputa de espaços e de busca de alianças oportunistas é no entender de Pessuti, o caminho que o PMDB deve seguir neste ano eleitoral. “Com candidatura própria o partido reforçará ainda mais a credibilidade junto à população, depois de ter ocupada posição de vanguarda à frente dos vários movimentos a favor da redemocratização do Brasil nos anos 80.” Frisou o peemedebista, acrescentando que “a extensa folha de serviços prestados a comunidade paranaense reforça a imagem da sigla e credencia a participação no processo eleitoral.”.
DISCUSSÃO PÚBLICA
Perguntado se está preparado para governar o Paraná, Pessuti argumentou que sua vida pública sempre foi dedicada a estudar e buscar em parceria com a sociedade e com os diversos poderes, as melhores soluções para os problemas estaduais. Citou como exemplo o período que governou o Estado com a saída de Roberto Requião para concorrer ao Senado. “Um dos assuntos que colocamos em pauta foi de um novo sistema viário para o litoral, incluindo a implantação da BR 101, modernização da PR 412, e a ponte sobre a Baía de Guaratuba. Mais importante que a obra da ponte foi colocar a questão para a discussão pública.”
RESGATE DO PLANEJAMENTO
Pessuti defendeu como proposta administrativa para o estado à busca da maximização dos investimentos abrangendo os setores sociais, econômicos e institucionais. “O caminho passa invariavelmente pelo resgate do planejamento com uma base segura de dados e a implantação de um banco de projetos.” Lembrou o ex-governador. Ele acrescentou que o processo só dará resultados se atender as classes menos favorecidas da sociedade e promova maiores incentivos aos agricultores e aos setores da indústria e agroindústria.
ALIANÇAS
Com relação ao Senado, Orlando Pessuti revelou ser de opinião que o PMDB também deve ter candidatura própria. “Temos experiência administrativa e um programa partidário que coloca as necessidades comunitárias acima de interesses pessoais o que nos credencia a disputar o Executivo e o Legislativo.” Quanto às alianças com outras siglas ele disse ser favorável “desde que o assunto seja abertamente debatido dentro do partido.” Com sua história, sua capilaridade, sua experiência eleitoral, e valorizando o entendimento, o PMDB volta ao Palácio Iguaçu em 2015, finalizou.

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