Bancada evangélica poderá “prejudicar”as sessões na Câmara de Colombo

Ivan de Colombo

Antes de tratar o tema, deixo claro que não sou ateu, minha religião é a Bíblia e vivo em um Estado laico conforme escrito no  artigo 5º da Constituição Brasileira de 1988):

“VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;”).

Muito bem, acontece que a “bancada evangélica” acatou o pedido do vereador pastor Jerçon. que reivindica que no início de cada sessão seja realizada a oração universal do  Pai Nosso, uma oração que através da Bíblia Jesus  nos ensinou.

Para quem acompanha os trabalhos na Câmara sabe que a Sessão dura no máximo 1 hora, sendo trinta minutos reservado para a leitura da Ata da sessão anterior, correspondências e indicações.

Acontece que, o Pastor Jerçon( com ç) ao indicar a oração no inicio de cada sessão, não cometeu nenhum pecado, tanto é que foi seguido pelos demais representantes evangélicos, mas eles não podem esquecer que vivemos em um Estado laico, composto por várias denominações e simbolismos religiosos.  Se for aprovado essa indicação do Pastor, não poderá haver discriminação com as outras religiões que poderão revindicar seus direitos,  inclusive de realizar uma sessão espirita antes da sessão. “Se baixar uma tranca rua a coisa fica feia”.

Já fico imaginando um fumacê com queima de pólvora e um despacho para abrir os trabalhos…”

Eu acredito que o bom senso deve ser consultado, pois a Constituição Brasileira  prevê a liberdade de crença religiosa aos cidadãos.

Parece brincadeira, mas esse assunto é sério, se a indicação do Pastor for aprovada, ninguém poderá negar o pedido da realização de manifestações religiosos antes do inicio das  sessões,  o que poderá “prejudicar” as sessões na Câmara Municipal de Colombo.

Parabenizo a indicação do pastor, mas se for realmente aprovado  a oração como norma, amém, mas temo que estejamos diante de uma Intolerância religiosa em um país laico.

  “Dai a César o que é de César,  dai a Deus o que é de Deus, e dai ao povo o que  é do povo”.

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