O que precisa saber sobre o pedido de demissão de mais de 60 médicos em Colombo?

Ivan de Colombo

Mesmo que o salário do profissional médico em Colombo não estivesse nivelado com o piso da categoria das demais cidades metropolitanas de Curitiba, exercer a função de médico em Colombo era vantajoso e a vaga era mais disputada que consulta na madrugada. Somente após a explicação “explicita” do atual gestor da Secretaria Municipal de Saúde, Darci Martins Braga, quando este esteve na Câmara Municipal e levantou algumas questões que me ocorreram abordar aqui na intenção de tentar entender o real motivo do pedido de demissão de mais de 60 médicos que atuavam em Colombo. Apesar deste contexto, os médicos deverão continuar a defender intransigentemente várias medidas e algumas recomendações como as condições de trabalho, mas não podem em período de greve perder a relação médico/paciente, bem como perderem o respeito e dignidade que os profissionais de Medicina sempre mereceram. A luta é justa quando ela é coletiva.

Como já dissemos na matéria anterior, não existe uma quebra de braço entre médicos e prefeitura, o que existe é uma determinação do Ministério Público que exige o fim das “mordomias” concedidas para uma dúzia de  médicos. Pelo menos foi essa a explicação do atual gestor da Secretaria de Saúde, Darci Martins Braga e fato esse contestada pelo Dr. Vagner Sabino, líder da greve. Em momento de grave crise econômica que passa a nossa economia, é difícil encontrar soluções adequadas e estáveis para que trabalhadores e gestores públicos trabalharem harmoniosamente no sentido de conseguir oferecer um serviço de qualidade e com sustentabilidade. Mas vamos aos fatos…

Quando surgiu o motivo para o pedido de exoneração de médicos em Colombo.

As demissões de mais de 60 médicos em Colombo e a deflagração de greve começou logo após uma denúncia protocolada no Ministério Público contra uma pediatra de Colombo que permanecia na Unidade de Saúde apenas 12 horas semanais, sendo a carga horária de 20 horas. De posse da denúncia a Promotora de Justiça convocou a médica pediatra e também o Secretario de Saúde do município Darci Martins Braga para explicarem a situação.

A promotora ficou mais surpresa quando ouviu do secretário que o caso em si não era exclusividade da pediatra, mas sim de um processo que vinha acontecendo a muitos anos no município, onde envolvia vários profissionais de saúde. ” A promotora ficou surpresa e ao mesmo tempo evidenciou que não haviam alternativas se não  consertar o grave erro que vinha ocorrendo”, disse Braga.  Segundo relatou o secretário, a promotora sinalizou da seguinte forma  essa  questão” Ou vocês se entendem em relação ao caso, porque o concurso é de 20 horas, ou ela iria mover uma ação em cobrar inclusive os últimos 5 anos de quem deixou de cumprir a carga horária. Quando chegou ao conhecimento da classe médica a decisão da promotora, muitos médicos se apressaram e pediram exoneração do cargo.”,  explica Braga. Assim sendo, não existe por parte da administração pública uma pressão para os médicos pedirem a conta. Se as exonerações estão acontecendo é somente em virtude de não aceitarem cumprir a determinação do Ministério Publico.

O secretário segue dizendo que ” A partir da determinação do Ministério Público, o município começou a monitorar a entrada e saída dos médicos e descontar os dias não trabalhados.  Ao cumprirmos a determinação da Justiça, ocorreram novos pedidos de demissão”,  finaliza o Dr. Braga

Acompanhe no video o que gerou o pedido de exoneração de mais 60 médicos de Colombo

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