O cenário politico na Venezuela é de guerra. Nesse domingo, o governo venezuelano Nicolás Maduro, conseguiu aprovar sob clima de violência, onde 14 pessoas morreram, a Assembleia Constituinte que vai permitir a Maduro reescrever a Constituição, que segundo a oposição, irá beneficiar o atual governo. Os Estados Unidos condenaram firmemente no domingo a eleição da Assembleia Constituinte na Venezuela e anunciaram “medidas fortes e rápidas”.
Nesta segunda-feira, o governo americano anunciou que congelou os bens de Maduro, além de classifica-lo como “ditador”. “As eleições ilegítimas de ontem (domingo) confirmam que Nicolas Maduro é um ditador que despreza a vontade do povo venezuelano”, disse o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, citando em comunicado do seu departamento, no qual anunciou um congelamento de “todos os bens” do Presidente venezuelano nos Estados Unidos. As sanções impostas impedem ainda que os cidadãos americanos possam fazer qualquer negócio com Nicolas Maduro.
Além dos Estados Unidos, Brasil, Colômbia, Panamá, Peru, México, Argentina e a Costa Rica anunciaram que não irão reconhecer a futura Assembleia Constituinte venezuelana. A Bolívia denunciou a submissão destes países ao governo norte-americano.
A oposição venezuelana acusa Nicolás Maduro de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes. O Presidente da Venezuela anunciou hoje que a nova Assembleia Constituinte vai ser usada para promover o diálogo e a paz nacional, acabar com a sabotagem opositora, a guerra econômica e reestruturar o Ministério Público.