O novo presidente do MDB do Paraná, o deputado federal João Arruda, vai começar pelos municípios a reestruturação do partido com a meta de ter candidatos a prefeito na maioria das cidades.
O novo presidente do MDB do Paraná, o deputado federal João Arruda, vai começar pelos municípios a reestruturação do partido com a meta de ter candidatos a prefeito na maioria das cidades.
Arruda foi eleito nesse sábado (15) junto com um diretório que reúne novas lideranças e líderes históricos do partido, como o senador Roberto Requião e todos os demais ex-presidentes: Nivaldo Kruger, Milton Buabssi, Dobrandino da Silva, Renato Adur e Waldir Pugliesi. A chapa de consenso conta com os deputados federais Hermes Parcianello e Sergio Souza, os deputados estaduais Anibelli Neto, Nereu Moura e Requião Filho, prefeitos, ex-prefeitos e vereadores de todo o Estado.
O trabalho inicial de Arruda e da Comissão Executiva será na organização do partido nas cidades. Há alguns anos, o antigo PMDB chegou a ter diretórios eleitos nos 399 municípios paranaenses, um feito único.
Hoje, o partido conta com 70 prefeitos. “Com essa base, vamos incentivar o lançamento de candidaturas próprias em todas os municípios, principalmente nas grandes cidades”, disse Arruda. O partido também vai começar desde já a formação de chapas completas, já que 2020 é a primeira eleição sem coligação proporcional, no caso, para vereadores.
Novos quadros
De acordo com João Arruda, a nova direção do partido vai percorrer o Paraná na organização dos diretórios municipais ao mesmo tempo em que elabora programas para as cidades com base nas experiências bem-sucedidas do MDB e em novos conceitos de governança. “Nós precisamos reorganizar o partido no Paraná. E em nível nacional, exatamente pelo que vivemos na última eleição, que foi muito nacionalizada, é preciso também de uma estruturação”.
“Novos quadros, novos nomes. O MDB precisa, apesar de sua história, de sua trajetória em defesa da democracia que é muito bonita, nascer de novo, diria. Precisa recomeçar com novos nomes, com novas pessoas. Então, não é por este motivo que nós vamos nos afastar do partido”, afirmou.
Em sua campanha a governador em 2018, João Arruda pode conhecer com profundidade e propor políticas para o Estado e para as cidades. Seu programa de governo foi destaque no meio de campanhas milionárias por suas propostas de fortalecimento da gestão e políticas públicas voltadas à população que mais necessita.
Convenção
Na convenção deste dia 15, em Curitiba., foram eleitos os 71 membros do diretório estadual (27 suplentes), 12 delegados à convenção nacional (12 suplentes), sete membros da comissão de ética e disciplina (sete suplentes) e cinco membros do conselho fiscal (cinco suplentes).
O Diretório elegeu a Comissão Executiva, que comandará o partido pelos próximos dois anos.
Além de João Arruda na presidência, foram eleitos ice: deputado Anibelli Neto (1º vice-presidente), Nereu Moura (2º vice),
Walter Parcianello (3º vice), Requião Filho (secretário-geral), Isaías Decker “Zazá” (secretário-geral), Daniele de Mello e Silva| (tesoureira), Paulo Furiatti (tesoureiro-adjunto) e vogais: Roberto Requião, deputado Sérgio Souza, Junior Weiller (prefeito de Jesuítas) e Nelo Morlotti.
Requião
Em relação à política nacional, Requião deu o tom de oposição ao governo Bolsonaro. De acordo com Requião, a população vai entender logo que o neoliberalismo do futuro ministro Paulo Guedes representa a continuidade do governo Temer, e a rejeição do atual governo, que hoje é de 85% fará a popularidade de Bolsonaro despencar.
“Em 3 ou 4 meses, a população vai entender que, na prática, Bolsonaro e Temer são a mesma coisa”, disse o senador. “Não vacile o MDB”, sentenciou, defendendo que o partido fique firme na crítica ao neoliberalismo, contra as privatizações, o arrocho aos trabalhadores e a redução das políticas sociais que o novo governo deve adotar.
O ex-presidente Wadir Pugliesi e o deputado Anibelli Neto reforçaram a importância do MDB se manter na resistência ao atraso que o novo governo representa.