No espaço destinado à Tribuna Livre, a diretora pedagógica da Escola de Estimulação e desenvolvimento (CEDAE) APAE de Curitiba – Margareth Terra Alcântara – falou sobre o Dia Internacional da Síndrome de Down comemorado no próximo dia 21/03.
Em sua apresentação Margareth apresentou dados históricos e explicou a respeito da Síndrome de Down. “A Síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma condição genética. Ela foi descrita pela primeira vez em 1866 pelo médico inglês John Langdon Haydon Down que observou crianças com características físicas similares e as comparou à etnia Mongol. As pessoas com Síndrome de Down têm uma alteração genética e, devido a legislação, muitos desconheciam essa síndrome. Infelizmente, no passado, essas pessoas eram taxadas de mongoloides e deficientes. Não era visto o potencial que elas têm. Com o avanço da medicina e das pesquisas foi entendido que essas características tratavam de uma alteração genética. Não se tem um causa. É um acidente genético que acontece no cromossomo 21”, afirmou.
Ela também destacou sobre a importância do trabalho realizado pela APAE. “Este Dia Internacional começou em 2006 e passou a se tornar mundial não como uma comemoração, mas uma data para que todas as instâncias educacionais, políticas e da área da saúde possam refletir sobre a importância da pessoa com Síndrome de Down. As pessoas com essa síndrome têm iguais direitos em sua cidadania conforme as legislações vigentes e a Constituição. Dentro de um município, eu vejo a importância do trabalho de uma APAE. Nós levantamos a bandeira da inclusão. Colombo tem avançado nesse sentido. Na APAE em Curitiba atendemos crianças que a APAE de Colombo não consegue atender por ainda ser uma instituição pequena”, declarou.
Um ponto destacado pela diretora pedagógica é a importância da realização do exame cariótipo para a constatação do tipo de alteração genética ocorrida. “Esse exame confirma essa síndrome. Geralmente o médico faz o fenótipo, ou seja, ele já diz se a criança tem a síndrome conforme as suas características físicas. Às vezes, as crianças não apresentam essas características. É nesse momento que entra o exame cariótipo para trazer a confirmação da alteração genética.
A Síndrome de Down pode ser a trissomia 21 que é a mais comum e com características bem definidas. Ela pode ser por translocação ou por mosaicismo que são crianças que não parecem que tem a Síndrome de Down. A síndrome pode ser uma dessas três alterações e somente com o exame cariótipo que vai ser constatado o tipo de alteração genética que acontece nas crianças. Para cada uma delas há uma intervenção da área da saúde e da psicologia”, enfatizou.
Os vereadores enalteceram e parabenizaram a apresentação feita pela diretora. Também aproveitaram a oportunidade para fazerem suas considerações e sanarem as suas dúvidas. O vice-presidente do Legislativo, vereador Marquinho Berlesi (PSDB) agradeceu em nome da Casa a presença e a apresentação proferida.
Síndrome de Down – O Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, faz alusão aos 3 cromossomos no par número 21, característico das pessoas com Síndrome de Down. A data faz alusão à trissomia pela sua forma de escrever 21/3 ou 3/21. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população. Isso acontece por um erro durante o processo de divisão celular na fase embrionária.
Desde 2006, a data está no calendário oficial da Organização das Nações Unidas (ONU), sendo comemorado pelos 193 países-membros da ONU e tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da luta pelos direitos igualitários. Segundo a ONU, a presença de pessoas com síndrome de Down no Brasil é frequente, considerando que a cada 600 recém-nascidos, um apresenta a síndrome. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil existem aproximadamente 300 mil pessoas com Síndrome de Down. Nos Estados Unidos, por exemplo, a organização nacional National Down Syndrome Society (NDSS) informa que a taxa de nascimentos de 01 para cada 691 bebês, o que equivale a uma população de cerca de 400 mil pessoas.
Fonte: Câmara Municipal de Colombo
Vídeo: Blog Ivan de Colombo