Lula: “A comida tem que ser saudável, de qualidade e barata”

Ivan de Colombo

presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta terça-feira, 4 de fevereiro, da 6ª edição do Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), em Brasília. O evento marcou o anúncio oficial de que o Governo Federal reduzirá de 20% para 15% o limite de alimentos processados e ultraprocessados no cardápio das escolas públicas em 2025, taxa que cairá para 10% em 2026.

Nós sabemos os impactos dos alimentos ultraprocessados na alimentação das crianças, o problema da obesidade, e temos hoje um enfrentamento a isso. O PNAE vai garantir qualidade nessa alimentação”

Camilo Santana, ministro da Educação

“Ainda não terminamos tudo o que a gente tem que fazer pela educação. Estamos no meio do caminho. E tem muita coisa para fazer. Por isso, quero agradecer às merendeiras, porque é um trabalho que muitas vezes não é observado com carinho por quem nunca foi numa cozinha. Mas essas mulheres, que se dedicam o dia inteiro para garantir que os nossos filhos possam comer, merecem muito mais do que respeito. Merecem ter um salário condigno, com o orgulho que a gente tem da profissão delas. Da mesma forma, o respeito que a gente tem que ter pelas pessoas que nós chamamos de nutricionistas”, ressaltou o presidente no encontro.

A medida anunciada durante o evento visa oferecer uma alimentação mais saudável aos estudantes, com cardápios mais equilibrados. Nesse sentido, o presidente frisou que “a comida tem que ser saudável, de qualidade e barata, ainda”. A iniciativa impacta 40 milhões de alunos em quase 150 mil escolas públicas, que fornecem aproximadamente 10 bilhões de refeições por ano. Em 2024, o orçamento do Pnae foi de R$ 5,3 bilhões, com pelo menos 30% dos alimentos adquiridos da agricultura familiar.

Lula lembrou que em seu primeiro mandato como presidente foi estabelecida a obrigatoriedade de que 30% da merenda escolar fosse comprada da agricultura familiar. “É a forma mais barata de a gente multiplicar a qualidade da comida, a qualidade de vida e o ganho das pessoas que trabalham no campo para ajudar as pessoas que comem na cidade”, definiu.

“Vale a pena governar um país que tem pessoas da qualidade de vocês, que se comprometem, às vezes sem ganhar nada, a fazer aquilo que muitos que ganham tanto não fazem”, concluiu o presidente.

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