juventude do PT silencia sobre cortes na Educação

Ivan de Colombo

Foi-se a época em que a juventude partidária berrava contra cortes na educação, diminuição de direitos sociais e arrocho fiscal. Hoje os tempos são outros e a militância, antes aguerrida, não se envergonha de defender a apoio de gente como Sarney e Renan Calheiros, arautos da governabilidade. Um exemplo foi o encontro da juventude do PT do Paraná, ocorrido no último fim de semana para eleição da nova direção estadual. Não se ouviu nenhum pio sobre o corte de quase R$ 10 bilhões na educação, a greve nas universidades federais ou a tentativa de acordão com Eduardo Cunha contra o impeachment.

Mas há explicações para tal silêncio. A grande estrela do evento foi a senadora Gleisi Hoffmann, envolvida no Petrolão e uma das maiores defensoras das pedaladas de Dilma que, entre outras coisas, colocaram o país numa situação em que quem mais está perdendo são os justamente os jovens, que veem o desemprego aumentar, e os mais pobres, que sofrem com cortes nos programas sociais e a inflação.

Em tempo: a eleição da direção juventude petista no Paraná ficou novamente nas mãos da CNB, corrente interna do partido comandada por Gleisi e seu marido Paulo Bernardo. Para aqueles que estão mais à esquerda, só restou espernear com o resultado. Mas quietinhos, quietinhos.

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