Furacão Irma.. Sábado infernal do Haiti à Florida, à espera de um desastre sem precedentes

Ivan de Colombo

A temperatura da água do Atlântico acima de 30 graus mantém o furacão Irma na força máxima há vários dias. O Irma deixou um cenário de destruição por onde passou: o primeiro-ministro de Antigua e Barbuda, Gaston Browne, disse que 90% dos edifícios desta última ilha ficaram em escombros e houve pelo menos um morto; em Saint-Martin, 95% da ilha está destruída, segundo o deputado Daniel Gibbs. Em Porto Rico, um milhão de pessoas (quase 70% da população) estavam ontem sem eletricidade e meio milhão sem água.

E, a partir de sábado, ameaça ultrapassar a pior tempestade que já atingiu a Florida. Mais de 250 mil pessoas receberam ordem para sair de Palm Beach, na Florida. À medida que o furacão Irma se aproxima do estado norte-americano, as autoridades começam a prepara-se para o impacto de uma tempestade que tem um diâmetro superior ao da Florida.

O Norte das Caraíbas continua à espera do pior, com a passagem do gigantesco furacão Irma. O Irma promete ultrapassar o histórico Andrew, em 1992, que durante anos foi o mais destruidor a atingir os Estados Unidos, com ordens de evacuação obrigatórias das localidades costeiras, incluindo Miami Beach. Na rota do Irma estão ainda as ilhas Turcos e Caicos, as Bahamas, a República Dominicana e os cayos (ilhéus) de Cuba. Para trás, a fúria do grande furacão, com rajadas de vento que chegaram a atingir 360 Km por hora. “Não é nada que tenhamos visto na nossa vida.

A força desta tempestade é memorável e não num bom sentido”, afirmou um oficial local durante uma conferência de imprensa. Na Florida, esgotam os alimentos nos supermercados e escasseia combustível nas bombas de gasolina. Em Miame a maior parte dos edifícios foram construídos após a passagem do Andrew e, em princípio, estão aptos a suportar uma tempestade como o Irma.

A Cruz Vermelha calcula que 26 milhões de pessoas possam ser afetadas pelo Irma, contando com os EUA e as Caraíbas. O Haiti, massacrado há um ano pelo furacão Matthew, sente já os efeitos do monstruoso Irma e teme a sua passagem durante a madrugada pela sua costa norte. “Se Saint Martin ficou 95% destruída, com os seus edifícios sólidos, acho que o Haiti vai desaparecer”, disse ao jornal Le Figaro Jean-Marie Theodat. 

E Agora José…

No encalço do furacão  Irma vem José, que atingiu se tornou num furacão de categoria 3 nesta quinta-feira, com ventos na ordem dos 195 quilômetros por hora, e poderá atingir ilhas já massacradas esta semana. No Golfo do México formou-se uma terceira tempestade, Katia, se mantém estacionária, embora possa chegar a terra no sábado, no estado mexicano de Veracruz, igualmente como um pequeno furacão de categoria 3. Sábado prepara-se para ser um dia de pesadelo nas Caraíbas e na costa Sudeste americana. Não é inédito nem incomum que se formem várias tempestades em sucessão, mas desde 2010 que não havia três tempestades tropicais ativas na bacia do Atlântico. Isto acontece sobretudo em Agosto, Setembro ou Outubro, o período mais ativo da época de furacões no Atlântico, que vai de Junho a Novembro, disse o New York Times.

Informações via agências internacionais

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