É TEMPO DE COMPRA DE VOTOS ???

Ivan de Colombo
Olá caro leitor do Blog. Estive conversando no dia de hoje, com vários candidatos a vereador. Para muitos candidatos, neste ano em Colombo, um dos sérios problemas a resolver é o do financiamento da campanha eleitoral, principalmente numa cidade com algumas dezenas de astros e estrelas a dar tudo para conquistar uma cadeira na Câmara Municipal. Esse ano, não há novidade no velho modelo brasileiro de conquistar votos.
Levantados os custos formais e informais de campanha, contabilizados e não contabilizados,  80% do custo da campanha de um candidato a vereador que quiser ser bem votado é com o pagamento a cabos eleitorais. Isto é: pagamento a pessoas para circularem pelas ruas com cartazes, bandeiras ou distribuição de folhetos.
Isto representa a maior parte dos custos de uma campanha em uma cidade como Colombo. A contratação de cabos eleitorais começa modesta, pode crescer ao logo do tempo e tornar-se avassaladora na última semana, com a distribuição espetacular de “santinhos” na noite da véspera e no dia da eleição. Nesse dia, um candidato a vereador endinheirado poderá contratar milhares de cabos eleitorais bem remunerados por um dia.
É uma forma sofisticada de “comprar votos”, usada no Brasil inteiro. O tempo de aliciar votos em campanha romântica, com promessas vibrantes e bem-intencionadas aos votantes, acabou. Uma maioria silenciosa de eleitores brasileiros vivaldinos, treinados pela nova filosofia política que cresce no país hoje em dia, só pensa em “levar vantagem em tudo”. 

Basta fazer uma conta simples: a permissão legal para expor um cartaz só pode ocorrer com alguém o segurando. Essa prática ajuda “comprar votos”. Um candidato poderá contratar 2 mil ou mais “seguradores de cartazes”, todos bem pagos em troca do voto deles e da família. Atrás dos seguradores alguém pode pagar-lhes ricos salários até no dia da eleição.
O número de cabos eleitorais para ajudar a eleger vereador depende da capacidade financeira de cada candidato. Poucos, no começo da campanha, e numerosos nos dias que antecedem a eleição. Algum candidato pode oferecer uma remuneração ao cabo eleitoral, no dia da eleição, e dobrar a oferta se conseguir os votos para se eleger. Esta compra de votos é sofisticada.
O que eu proponho é ACABAR  com essa  prática de “compra de votos”, e  que na sexta, sábado e no dia da eleição SEJA PROIBIDO a  manifestação eleitoral nem bandeira, nem panfletos, nem camisetas, nem carros de som. Nada que mobilize eleitores ou sinalize aliciamento de votos. 
Não venda seu voto !! 
Vote sério !!
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