Arquivo/O Estado do Paraná
Abib Miguel foi diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná, afastado por acusação de diversas irregularidades.

Presos e afastados da Assembleia Legislativa após o escândalo da publicação de diários secretos e contratação de funcionários fantasmas no Legislativo paranaense, os ex-diretores da Casa, indiciados por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato e falsidade ideológica, Abib Miguel, José Ari Nassif e Cláudio Marques da Silva continuam recebendo mensalmente salários da Assembleia. Na lista dos servidores, aposentados e pensionistas que receberam pagamento da Assembleia em fevereiro, o ex-diretor-geral Abib Miguel e o ex-diretor administrativo da Casa, Nassif, aparecem na lista de aposentados remunerados, enquanto o ex-responsável pelo departamento pessoal da Casa, Cláudio Marques está na lista dos funcionários efetivos da Casa. Apontados como principais responsáveis pela edição dos diários avulsos, que continham nomeações de servidores fantasmas, Bibinho, Nassif e Marques foram presos por duas oportunidades e, agora, respondem em liberdade por conta de um habeas corpus concedido pelo ministro José Antonio Dias Toffolli. O Portal da transparência não informa quanto os três ex-diretores receberam de vencimentos da Assembleia porque o presidente, Valdir Rossoni (PSDB) adiantou que não vai publicar nenhum salário porque a Constituição Federal não autoriza. O presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB) disse que as aposentadorias ainda não foram revisadas “é a próxima fase da nossa reestruturação. Todas as aposentadorias serão revistas e, as irregulares, canceladas”, disse, sem saber se as aposentadorias de Bibinho e Nassif são regulares ou não. Mesmo que regulares, por algum tempo, os dois acumularam vencimentos de aposentado e de diretores em cargos comissionados. Já Cláudio Marques, segundo o primeiro-secretário da Assembleia, Plauto Miró (DEM) está trabalhando normalmente na Assembleia. Segundo Plauto, Marques está lotado na diretoria geral da Casa. “Ele fez o recadastramento certinho e, ao que me consta, está trabalhando. O nosso relógio ponto está instalado. Se não aparecer para trabalhar, terá o salário cortado”, disse Plauto. Rossoni disse que não fará nenhum julgamento precipitado e que, se a nomeação de Marques for considerada regular, na revisão caso a caso que a Assembleia está fazendo, só vai mover algum processo administrativo contra o funcionário em caso de condenação pela Justiça.