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CURITIBA – O casal de homossexuais Toni Reis, 43 anos, e David Harrad, 53 anos, registrou nesta segunda-feira, 9, no início da tarde, o contrato de união estável no 6º Tabelionato de Curitiba. Pelo novo entendimento dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada, a união entre pessoas do mesmo sexo passa a ser reconhecida como entidade familiar. ‘Agora somos uma família com todos os direitos’, comemorou Reis, que é presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
Segundo ele, foi a primeira união registrada após a votação da última quinta-feira. Logo depois, em outro cartório de Curitiba, duas mulheres – Daiana Bruneto e Léa Ribas – também assinaram documento idêntico. ‘Ganhamos essa batalha, mas não ganhamos a guerra completa, ganhar a guerra completa seria a igualdade de direitos, a discriminação e a não homofobia’, afirmou Reis. Ele disse ter entendido a recusa de alguns cartórios em registrar a união, pois alegavam que precisaria aguardar a publicação da decisão do STF. ‘Eles estavam inseguros, não sabiam como fazer’, ponderou.
O casal chegou ao cartório de braços dados, caminhando pela calçada de uma das ruas bem movimentadas de Curitiba, ambos com cravos vermelhos na lapela do paletó e cobertos por um guarda-chuva com as cores do arco-íris. ‘Estamos muito felizes, embora nervosos e ansiosos’, disse Reis, que é professor. O próximo passo por eles traçado é entregar o documento da união estável na Vara da Infância e Juventude, onde têm pedido de adoção de um casal de crianças desde 2005. ‘Somos uma família, não a tradicional, mas uma família’, acentuou Reis.
Os dois conheceram-se na Inglaterra, onde nasceu Harrad, que hoje trabalha como tradutor. Após o britânico ter se divorciado da mulher, ambos vieram ao Brasil e vivem juntos há 21 anos. De acordo com o tabelião substituto Elton Jorge Targa, que assinou o registro de união estável, não há mudança substancial em relação aos documentos de união homoafetiva que já eram realizados. ‘Estamos em um estado democrático de direito e temos que atender à sociedade como um todo’, afirmou.
Após a assinatura do documento, que lhes custou R$ 89,30 pela tabela vigente no Paraná, Reis e Harrad foram até a entrada do edifício onde fica o tabelionato para, diante de pedestres, selarem o ato com um beijo. Não houve nenhum protesto de quem passava pela rua e algumas pessoas aproveitaram para tirar fotos. Reis disse que o evento seria comemorado apenas com um chope em um tradicional local em que normalmente se encontram. ‘A festa ficará para daqui a quatro anos, quando faremos bodas de prata’, afirmou.
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Entenda como ficam as uniões homoafetivas a partir da votação do STF
CURITIBA – O casal de homossexuais Toni Reis, 43 anos, e David Harrad, 53 anos, registrou nesta segunda-feira, 9, no início da tarde, o contrato de união estável no 6º Tabelionato de Curitiba. Pelo novo entendimento dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada, a união entre pessoas do mesmo sexo passa a ser reconhecida como entidade familiar. ‘Agora somos uma família com todos os direitos’, comemorou Reis, que é presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
Segundo ele, foi a primeira união registrada após a votação da última quinta-feira. Logo depois, em outro cartório de Curitiba, duas mulheres – Daiana Bruneto e Léa Ribas – também assinaram documento idêntico. ‘Ganhamos essa batalha, mas não ganhamos a guerra completa, ganhar a guerra completa seria a igualdade de direitos, a discriminação e a não homofobia’, afirmou Reis. Ele disse ter entendido a recusa de alguns cartórios em registrar a união, pois alegavam que precisaria aguardar a publicação da decisão do STF. ‘Eles estavam inseguros, não sabiam como fazer’, ponderou.
O casal chegou ao cartório de braços dados, caminhando pela calçada de uma das ruas bem movimentadas de Curitiba, ambos com cravos vermelhos na lapela do paletó e cobertos por um guarda-chuva com as cores do arco-íris. ‘Estamos muito felizes, embora nervosos e ansiosos’, disse Reis, que é professor. O próximo passo por eles traçado é entregar o documento da união estável na Vara da Infância e Juventude, onde têm pedido de adoção de um casal de crianças desde 2005. ‘Somos uma família, não a tradicional, mas uma família’, acentuou Reis.
Os dois conheceram-se na Inglaterra, onde nasceu Harrad, que hoje trabalha como tradutor. Após o britânico ter se divorciado da mulher, ambos vieram ao Brasil e vivem juntos há 21 anos. De acordo com o tabelião substituto Elton Jorge Targa, que assinou o registro de união estável, não há mudança substancial em relação aos documentos de união homoafetiva que já eram realizados. ‘Estamos em um estado democrático de direito e temos que atender à sociedade como um todo’, afirmou.
Após a assinatura do documento, que lhes custou R$ 89,30 pela tabela vigente no Paraná, Reis e Harrad foram até a entrada do edifício onde fica o tabelionato para, diante de pedestres, selarem o ato com um beijo. Não houve nenhum protesto de quem passava pela rua e algumas pessoas aproveitaram para tirar fotos. Reis disse que o evento seria comemorado apenas com um chope em um tradicional local em que normalmente se encontram. ‘A festa ficará para daqui a quatro anos, quando faremos bodas de prata’, afirmou.