VEREADORES COMETEM INFIDELIDADE COM O ELEITOR !!!!

Na eleição passada em Colombo, tivemos dois casos de “infidelidade com os eleitores”envolvendo dois vereadores.  
A fidelidade partidária não deve ser observada apenas na relação político/candidato x partido político, devendo o eleitor também estar incluído. Quando um político é eleito e acaba migrando para a base da oposição ou situação, a infidelidade não é registrada apenas em relação ao partido pelo qual foi eleito, mas, e principalmente, com o eleitor, e um flagrante desrespeito à vontade soberana das urnas.




TRAIÇÃO POLÍTICA
Existem muitos candidatos ao cargo de  vereador, que estão em uma base mas apoiam um outro candidato ao cargo majoritário, isso pode ser visto nas ruas de Colombo.
Nas eleições municipais, por exemplo, os candidatos a vereador de uma coligação que apóiam um candidato a prefeito, devem obedecer à vontade soberana das urnas e se colocar como base do governo, se ambos , vereador e prefeito, forem eleitos ou fazer parte da oposição quando apenas ele, vereador, se elege. Os candidatos ao cargo proporcional não percebem, ou não querem perceber, a vinculação existente entre ele, o partido ao qual pertence e os eleitores.
Exemplificando ainda com as eleições municipais. O candidato a vereador faz campanha nos seus redutos junto com o candidato a prefeito apresentando-o como o candidato dele, assim como pede votos em comícios, nos programas eleitorais gratuitos na rádio e na televisão.
A vinculação se observa ainda no chamado “santinho do candidato”, no qual as fotos do candidato a vereador e do candidato a prefeito aparecem juntas, da mesma forma que os números de ambos aparecem juntos nas chamadas “colas”, que são papéis distribuídos aos eleitores para facilitar a votação na urna eletrônica.Os candidatos ao cargo proporcional estão se comprometendo publicamente a apoiar aquele candidato ao cargo majoritário, fazendo parte da sua base de apoio, para o qual faz campanha, e se colocar como oposição caso o mesmo perca a eleição.
No nosso país normalmente os eleitores votam em candidatos da mesma “chapa” ou coligação, votando no vereador e no prefeito do mesmo partido ou coligação, nas eleições municipais.



GANGUE DAS URNAS ???

Os políticos devem estar cientes de que é o resultado das eleições que define os papéis de cada um, de acordo como os mesmos se apresentaram durante a campanha eleitoral. É a vontade dos eleitores revelada nas urnas que decide quem ocupará os papéis democráticos de oposição e governo.

Ao migrar de um partido da oposição para a base, o político não apenas está sendo infiel ao partido, ele estar sendo infiel ao extremo aos eleitores, seus representados, e a vontade soberana das urnas, que decidiu democraticamente que o lugar dele é a oposição ao governo eleito.
Todo governo tem o poder de atração porque detém a máquina administrativa, além de todos os privilégios à disposição daqueles que o apóiam: cargos na Administração para parentes e aliados, preferência na liberação das emendas parlamentares (obras) e possibilidade maior de reeleição.
Tomando por empréstimo um termo da Biologia, um político que troca de partido para apoiar qualquer governo que seja eleito pode ser chamado de político-hospedeiro, ou seja, é um tipo de político que não conseguiria sobreviver sem fazer parte da base de um governo. Políticos-hospedeiros são facilmente encontrados no baixo clero dos parlamentos e são reconhecidos entre os seus pares por não apresentar projetos de relevância, ou simplesmente não apresentar projetos; são parlamentares que tem como péssima característica não frequentar os parlamentos; da mesma forma que são conhecidos ser políticos que não costumam frequentar a tribuna nem mesmo para defender o governo para o qual passou a fazer parte.




POLÍTICOS CARA DE PAU

Os parlamentares infiéis estão desrespeitando os eleitores sob o falso argumento de que, fazendo da base governista, poderá trabalhar mais por eles. Na política nacional, contudo, a migração de um político para a base do governo ocorre por motivos não-republicanos, para utilizar um termo atual, mediante o pagamento de certa quantia em dinheiro (quem não ouviu falar em mensalão?) e na certeza de que ocupará pequenos espaços do poder, e todas as benesses decorrentes dele.
Para esse tipo de político é mais fácil ser governo, qualquer governo. Esses políticos profissionais (no pior significado da palavra) são reeleitos pelas constantes trocas de partido, por sempre estarem apoiando qualquer governo e contemplados pela injusta regra da proporcionalidade nas coligações partidárias no âmbito proporcional na qual, políticos com mais votos absolutos não conseguem se eleger porque outros foram eleitos graças ao grande número de votos dos “puxadores de votos”.




FALTA RESPEITO COM O ELEITOR
Durante a campanha o candidato assume uma posição perante os eleitores, que de boa-fé, criam uma expectativa de sua atuação se ele for eleito. Não é proibido o político mudar de posição com relação ao governo ou mesmo trocar de partido, mas a migração geralmente ocorre logo após os resultados das eleições até pouco tempo após a posse do novo governo. 
Os futuros vereadores, devem possuir o mínimo dever ético e político de se comportar de acordo com o que se espera dele, ou seja, obedecer à vontade soberana das urnas e ser governo ou oposição.
O parlamentar infiel se apropria indevidamente dos votos que recebeu e os negocia como moeda de troca com o governo para o qual quer fazer parte. Os votos recebidos em uma eleição são do político, mas também do partido que ofereceu todo suporte para elegê-lo, não esquecendo os votos de legenda que ainda que sejam relativamente poucos, são considerados para a formação do quociente eleitoral do partido e coligação.
O mandato do parlamentar não é uma procuração em branco dos eleitores e que este é negociável
O mandato eletivo do parlamentar deve ser coerente com o que foi apresentado na campanha eleitoral e ser respeitado. Mas, se prestarmos um pouco mais de atenção, são estes políticos os processados eleitoralmente por compra de votos, propaganda irregular e uso indevido da máquina pública em seu favor.
abe então, a cada eleitor, acompanhar de perto os passos dos políticos.
Enfim, a fidelidade partidária de um político pode ser um dos critérios utilizados pelos eleitores na hora de decidir em quem votar. Como ficou demonstrado a fidelidade de um político não se relaciona apenas com os partidos, mas com o pleno funcionamento dos parlamentos e o papel fundamental dos eleitores na construção da Democracia.
Share This Article
Leave a comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sair da versão mobile