RATINHO JR. VAI ACABAR COM A URBS ?? É A VOLTA DOS PIRATAS DE REQUIÃO??

Curitiba é uma cidade modelo. O transporte coletivo da nossa capital é considerado o melhor do mundo, mas tudo isso corre um grande Risco. Circula em Curitiba entre cobradores e motoristas que o candidato Ratinho Jr.(PSC), anda prometendo que irá acabar com a URBS ??. 
O eleitor de Curitiba precisa ficar atento, pois sem a gestão da URBS, Curitiba corre um grande risco de virar uma cidade como São Paulo e Bahia, onde existem muitas linhas piratas e a clandestinidade coloca em risco a segurança dos usuários.  Quem não se lembra dos ônibus  piratas implantados por Requião ?? 
Situações como essa não pode acontecer em nossa capital. Na Bahia atuam 4,5 mil veículos clandestinos, segundo estimativa, contra 3.350 ônibus e micro-ônibus licenciados para realizar o transporte. Somente entre janeiro e junho deste ano, o órgão autuou 1.661 ilegais. Um dia após o acidente na BR-324 entre uma van clandestina e uma carreta que provocou 11 mortes. 
No terminal de Perus, na zona oeste de São Paulo, os motoristas encostam as vans em pontos estratégicos e só saem quando o veículo está totalmente cheio. Uma pessoa fica do lado de fora do transporte abordando os usuários e negociando as passagens. É isso que teremos em Curitiba ?? Segundo José Aurélio Ramalho, especialista em segurança, as irregularidades são inúmeras.
—O transporte clandestino traz dois problemas principais. O primeiro, a questão das condições do veículo. São veículos que normalmente não passam pela fiscalização, pela legislação vigente, que rege o setor. O segundo é a questão da acomodação dos ocupantes, dos usuários dentro da van, sem contar que muitos motoristas e cobradores de ônibus ficarão sem emprego em Curitiba e região metropolitana.

Clandestinos: 4,5 mil veículos fazem transporte irregular na Bahia

O ELEITOR CURITIBANO  NÃO POE DEIXAR QUE OS PIRATAS VOLTEM !!

HISTÓRIA DO TRANSPORTE COLETIVO DE CURITIBA

A cidade de Curitiba é conhecida internacionalmente pelo eficiente e inovador sistema de transporte coletivo. Como todas as idéias novas, o sistema que possibilitou a integração urbana de Curitiba foi cercado de dúvidas. Mas ao longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o ceticismo.

Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana, dirigida por Boaventura Capp disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais, ligando a Boulevard 2 de Julho (atual início da Avenida João Gualberto) ao bairro do Batel. Esta foi a pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba, o transporte coletivo. Naquele período o passeio pela pacata Curitiba tinha característica mais poética e os bondes davam o toque de charme. A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores acontecimentos da época. Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro vagões que contavam com ilustres passageiros como o presidente da província Faria Sobrinho.
  

Bondes elétricos

Apesar do bondinho ter o objetivo de atender às massas, ele era dividido em duas categorias. Na primeira classe era obrigatório que os passageiros estivessem calçados. Já no “bond mixto”, como era conhecida, a pessoa podiam viajar sem sapatos.
O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a introdução dos bondes elétricos a partir 1912. Os primeiros bondes puxados por mulas foram vendidos e amontoados no depósito de ferro-velho em Paranaguá. A mudança foi necessária já que o número de passageiros aumentou de 680 mil, em 1903 para 1,9 milhão por ano em 1913. A cidade crescia rapidamente, porém de maneira desordenada.
  

Primeiros Onibus

 
Em 1928 começaram a circular os primeiros ônibus da Companhia Força e Luz Paraná, a nova responsável pelo transporte coletivo. Dois anos mais tarde começaram a aparecer às linhas particulares de ônibus, apesar dos bondes ainda serem a preferência da população. Em 1938, 10,9 milhões de pessoas utilizavam bondes e somente 2,6 milhões andavam de ônibus anualmente. Devido à concorrência nas linhas e atendimento deficitário o gosto do curitibano pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam espaço. Apesar das passagens mais caras o novo veículo era mais confortável, rápido e seguro.
Em 1951 saíram de circulação os últimos bondes, dando lugar às auto-lotações. Uma das grandes revoluções no setor ocorreu em 1955, quando o município estabeleceu contratos de concessão com 13 empresas. Naquela época, a cidade era atendida por 50 ônibus e 80 lotações. Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba, estabelecendo as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentação urbana. O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo. Por conta do bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ônibus da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente. A frota do transporte coletivo representava apenas 2% dos veículos que trafegavam em Curitiba e era responsável pelo transporte de 75% das pessoas que se locomoviam. Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente. Era necessário algo de novo. A solução foi a implantação dos ônibus expressos. Ele foi um dos grandes responsáveis pelo avanço no atendimento do transporte coletivo. Não se tratava somente de uma nova categoria de veículo, mas acima de tudo um sistema de transporte para médias distâncias que possuía via exclusiva. A primeira etapa foi à implantação das canaletas exclusivas, onde circulavam os ônibus convencionais.
  
O Departamento de Pesquisa de Veículos da Faculdade de Engenharia Industrial de São Bemardo dos Campos (SP), apresentou ao IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro modelo de ônibus para atender as novas necessidades de transporte urbano. Batizado de “Uiraquitan”, em homenagem ao nome indígena dado ao primeiro carro fabricado no Brasil, foi projetado especialmente para o sistema viário de Curitiba.

Primeiros expressos

Após grande repercussão em diversos veículos de comunicação nacionais, em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20 primeiros expressos. A frota partiu da praça Generoso Marques para atender passageiros do Eixo Norte/Sul. Em um dos ônibus de inconfundível cor vermelha o prefeito Jaime Lemer, idealizador do projeto desde do tempo em que era presidente do IPPUC, comentava à imprensa a satisfação de ver sua grande obra em funcionamento.
Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada, onde foram instaladas bancas de revistas, cabines telefônicas e caixas de correio, além da pista própria, o expresso foi comparado a um metrô na superfície. Em média, todos os meses, 1,9 milhão de pessoas utilizavam o novo sistema de transporte.
As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ônibus foi crescendo. Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de infra-estrutura da cidade. Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a tarifa social. O preço da passagem era único independente do trecho da viagem. Com esta vantagem também foi colocada em prática a campanha “É com esse que eu vou”, incentivando a população a deixar os carros em casa e utilizar o veículo coletivo. O preço do petróleo aumentava cada vez mais por conta da crise mundial do combustível.
Na década de 80, em terminais fechados os usuários passaram a utilizar roletas de acesso. Desta maneira foi possível implantar a passagem única. Os usuários podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova passagem. Com isto, se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte). Em 1980, os ônibus articulados com capacidade 80% maior, começaram a substituir gradativamente os antigos expressos. Isto significou economia de combustível em 46% e redução de custo de 21 % por passageiro transportado.
Mudanças estruturais foram feitas, e seis anos mais tarde. a URBS (Urbanização Curitiba S/A) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a ser a concessionária, e as empresas operadoras, as permissonárias. Em 1987, a RIT transportou quase 500 mil usuários por dia, incremento de 9%. No início da década de 90 já existiam 80 linhas alimentadoras para os usuários se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos expressos, 239 linhas em todo o sistema. A RIT atendia em 1990,54% do total de usuários do sistema, índice que chegou a 84% em 1995.
Em outubro de 1991, sob encomenda da URBS, a Volvo começou a desenvolver o primeiro ônibus Biarticulado brasileiro, batizado de “Metrobus”, ele tinha 25 metros de comprimento e capacidade para transportar até 270 passageiros.
Neste período foi implantada uma das maiores novidades do transporte coletivo naquela década. Foram criadas as Linhas Diretas, servidas por veículos de cor cinza popularmente chamados de “Ligeirinhos”. Através das rampas de acesso no lugar das escadas, eles permitiram o embarque e desembarque de passageiros através das estações-tudo, que serviam como pequenos terminais, possibilitando ao usuário a troca de linhas sem pagar nova passagem.
 

Biarticulados

Os Biarticulados começaram a substituir também os ônibus utilizados nas linhas do expresso.
As melhorias foram sendo colocadas em prática como o sistema de aviso de paradas. A cada saída de uma estação-tubo, o sistema é automaticamente acionado para informar aos passageiros qual é o ponto seguinte e quais portas deverão ser utilizadas para o desembarque. Sistema parecido com o usado por alguns metrôs em diversos lugares do mundo.
  
Em 1996, a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a Região Metropolitana. Em 1999, o Sistema Expresso comemorou 25 anos com a inauguração da linha Biarticulado Circular Sul. Para relembrar o começo de tudo uma réplica do primeiro ônibus expresso de 1974 circulou do Terminal Capão Raso até a Praça Generoso Marques transportando o então governador Jaime Lerner e o prefeito Cassio Taniguchi. Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da cidade, repleto de inovações e , empreendedorismo para acompanhar o crescimento urbano.
Em 2000, a substituição de 87 veículos articulados por 57 de maior porte, no eixo leste/oeste, demonstrou que no sistema adotado por Curitiba, novidades são sempre implantadas sem a necessidade de investimentos incompatíveis com a realidade da cidade.

Os avanços sociais marcam a história recente do transporte coletivo curitibano. Em 2005, o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa, reduzida para R$ 1,80.
Também foi criada a tarifa domingueira, que custa apenas R$ 1, e garante o lazer e o convívio social das famílias de baixa renda.
O controle do preço da passagem conseguiu reverter a queda no número de passageiros que vinha sendo registrada desde a década de 90, e atraiu muitos curitibanos de volta ao transporte coletivo. (veja no grafico abaixo)

Hoje 2 milhões de passageiros utilizam diariamente o Sistema Integrado de Transporte Coletivo, composto por 1980 ônibus, que atendem 395 linhas. O sistema é responsável pelo emprego direto de 15 mil pessoas, entre motoristas, cobradores, fiscais, mecânicos, entre outros profissionais..

  

Fotos:
Secetaria Municipal de Comunicação Social
Arquivo IPPUC
Casa da Memória

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