Amigos do Blog, em um regime democrático, não existe oposição e nem situação eterna. Veja a situação de Colombo, nos últimos 8 anos tivemos no poder o ex-prefeito J.Camargo, que chegou ao poder como oposição ao governo de Beti Pavin, consequentemente, o grupo de Beti Pavin, passou automaticamente para a oposição.
Hoje o papel se inverte, a prefeita volta e torna-se situação e o grupo de J. Camargo, assume a oposição, isso é democracia.
Portanto, a verdadeira oposição ou situação, só existirá em um sistema de partido único, fora isso, encontra-se dentro dos próprio partidos existentes, que revestem-se a forma de momento e passam a defender ou criticar quem estiver no poder.
A pergunta que eu faço, é se os grupos estão preparados para assumirem o papel de oposição ou situação e porque estão ali . O risco que ambos correm é a convivência com um ambiente hostil, um ambiente com mais ou menos liberdade e poder de decisão, mas todos tem o dever de fiscalizar e representar o povo, foi pra isso que foram eleitos.
A estratégia correta de união de ambos os lados, é discutir os problemas internos ( roupa suja se lava em casa), nas reuniões do partido, tanto de um lado como o outro. Se assim não for, acaba desenvolvendo um sistema de oposição interna dentro dos grupos envolvidos. É importante que os grandes líderes estejam atentos e não desamparem o seu grupo político na derrota ou na vitória, e sob a forma de ‘autocrítica’, devem discutir a forma de atuação. É preciso ouvir os membros e dirigentes do partido em todos os escalões, essas pessoas não devem ser abandonadas e forçadas a decidirem o seu destino, mas devem ser constantemente, convidados a fazer eles próprios, as críticas dos seus atos e a perceber as suas próprias deficiências e falhas no regime.
As pessoas que sentem-se esquecidas dentro ou fora do poder, são forçadas a formam grupos ou fazerem partes deles em busca de novos caminhos, para falar a verdade, essa atitude é uma oportunidade que cada um tem de mostrar o que é capaz de fazer. O resultado pode afetar no futuro o seu ex-grupo, pois mesmo sem querer as pessoas encarnam uma resistência ao regime.
Enfim, a oposição sempre será composta por membros onde é mais fácil entender-se contra uma política que a favor de uma política e tende à demagogia natural fortalecendo-se em regime multipartidário, por força de um mecanismo que busca o poder. Todos devem estar preparados para serem oposição ou situação, não existe meio termo, ou é ou não é.
Cabe a situação no entanto, fortalecer a base, combater a atuação da oposição dentro do regime democrático e de direito, nunca com atitudes que podem levar no sentido de substituição da lei, ordem e de direito, isso ajuda a exercer o seu poder. Nestes casos, a atividade da oposição e situação, devem se deslocar com um fundamento para o requisito da legitimidade de suas aspirações e da própria natureza do regime que se pretende atuar.