O jogador pernambucano Rivaldo, campeão mundial em 2002 e eleito o melhor jogador do mundo em 1999, saiu há pouco em defesa das manifestações que se espalham pelo país. Pelo Twitter, o craque disse que espera que alguma coisa mude com os protestos. Ele também criticou o dinheiro gasto pelo país com a organização da Copa do Mundo. Confira as tuitadas:
“É uma vergonha estar gastando tanto dinheiro para esta copa do mundo e deixar os hospitais e escolas em condições precárias…”
“Tanta violência, bagunça. No momento nao temos condicoes de fazer uma Copa do mundo, não precisamos disso, precisamos de educação e saúde.”
“Precisava desabafar pois ja fui pobre e senti na pele a dificuldade de estudar em escola publica e não ter um bom serviço de saúde.”
“Até hoje dói quando lembro que meu pai foi atropelado e morreu por não ter sido atendido em um hospital publico de Recife…”
Nesta terça-feira (18), o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, divulgou que os gastos com a Copa do Mundo já estão em R$ 28 bilhões. O montante inclui verbas para estádios, mobilidade urbana, melhorias em portos e aeroportos. Um aumento de R$ 2,5 bilhões em relação a última atualização, em abril.
Luis Fernandes falou sobre os recentes protestos. Para ele existe uma desinformação sobre os benefícios da organização da Copa.
“Existe muito apoio pela Copa do Mundo, este é um ponto básico. Não há uma posição ampla contra a Copa das Confederações no Brasil, muito pelo contrário, acho que estão mal informados ou não tem informação adequada. Acredito que a Copa do Mundo é uma oportunidade em políticas estruturais públicas que estumulam o desenvolvimento regional e geral do país. São investimentos que vão atender à vida do povo que mora no Brasil após a Copa do Mundo”, afirmou Fernandes. E você? Concorda com quem?
Com informações do Terra
Enquete sobre PEC 37 recebe mais de 150 mil votos e é prorrogada até amanhã
A enquete realizada pela Coordenação de Participação Popular (CPP) da Câmara dos Deputados sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/11 atingiu nesta terça-feira 150 mil votos, um recorde de participação popular pelo Portal.
O encerramento da votação será feito amanhã à noite para que os cidadãos tenham mais 24 horas para se posicionar. A votação no Plenário da proposta, que prevê a restrição do poder de investigação criminal do Ministério Público e atribui a competência exclusivamente às polícias federal e civil, está prevista para o próximo dia 26.
A consulta aos internautas está aberta desde 4 de junho e até agora tem os seguintes resultados: 83% dos votos são contrários à aprovação da proposta, 15% são favoráveis e 2% dos votantes concordam em parte com a emenda. Na sequência do ranking das enquetes mais votadas, e ainda abertas à participação do público, está a revogação do Estatuto do Desarmamento, em segundo lugar, com aproximadamente 60 mil votos, e, em terceiro, descriminalização das drogas, com cerca de 32 mil votos.
Videochat
No último dia 28 de maio, o deputado Fabio Trad (PMDB-MS), que relatou a PEC em comissão especial e faz parte do grupo de trabalho criado para aperfeiçoar a proposta, participou de videochat sobre o assunto e respondeu a perguntas de internautas de todo o País. O debate também teve recorde na participação: mais de cem pessoas enviaram questões e dezenas de outras utilizaram o recurso de “espiar” do videochat para acompanhar o bate-papo, que fica disponível mesmo quando a sala está lotada.
Durante a conversa com os internautas, Trad se disse favorável à atuação conjunta entre polícia e MP, em sinergia, como propôs em seu texto. Ele defendeu a responsabilidade da polícia pela investigação de casos relativos a homicídios, estupros, roubos e estelionatos, entre outros, e que os promotores possam atuar em crimes de “colarinho branco” e naqueles cometidos por organizações criminosas, por exemplo.
O grupo do qual o deputado faz parte, criado no final de abril para apresentar um texto de consenso, conta também com a presença de representantes do Ministério da Justiça, do MP e das polícias, sob coordenação do secretário da Reforma do Judiciário, Flavio Crocce Caetano.
Na internet e nas ruas
O polêmico tema, que é responsável também pelo maior volume de comentários nas notícias do Portal da Câmara, tendo recebido mais de 150 comentários somente na enquete, gerou um efeito viral nas redes sociais, com milhares de compartilhamentos.
Em Belém, várias entidades ligadas ao Ministério Público e organizações sociais de defesa dos direitos humanos e da cidadania montaram postos para que a população participasse, na Praça da República, da votação sugerida pela Câmara. A PEC também é um dos itens da pauta de reivindicação dos manifestantes que tomaram as ruas de várias cidades do País nos últimos dias, contrários à aprovação do texto original.
Interação com internautas
A enquete é uma ferramenta que permite ao cidadão manifestar sua opinião sobre determinada proposta em tramitação na Câmara. Os números gerados não têm valor científico, e o objetivo da ferramenta é promover interação com os usuários do Portal.