Caso Tayná é desenterrado em Colombo

Ivan de Colombo

O assassinato de Tayná continua  sem solução e marcado por mistérios e reviravoltas. Após 9 anos o caso volta a chamar atenção em Colombo e no Paraná .  Tayná Adriane da Silva de 14 anos desapareceu na noite terça-feira em 25 de junho do ano 2013. Ela havia deixado a sua residência no bairro São Dimas e teria dito a mãe que iria visitar uma amiga, depois disso desapareceu.

No dia 27 de junho de 2013, a polícia informou aos familiares que haviam apreendido 4 jovens que trabalhavam em um parque de diversões no Bairro São Dimas e após interrogatório à policia eles acabaram confessando como sendo os responsáveis pela sua morte. Não sabemos como os  jovens foram identificados como suspeitos. porém a notícia da prisão dos acusados acabou vazando e serviu como um “estopim” para a população revoltada atear fogo no parque que foi consumido pelas chamas.

Durante a coletiva de imprensa onde participamos como repórter, os acusados voltaram a confessar o crime e contaram com riquezas de detalhes como abordaram Tayná, e a maneira em que a jovem foi estuprada e morta. Eles disseram que o estupro aconteceu atrás de uma trave de um campinho de futebol a menos de 20 metros de uma rua de intenso movimento. Vídeo da entrevista :  https://youtu.be/vHczaH3-1YU

Depois da entrevista os acusados foram levados separadamente até o suposto local para mostrar onde o corpo havia sido desovado. O que parecia um caso resolvido, passou a ser um grande mistério! Já no local  os acusados apontaram uma pequena lagoa coberta de igarapés, mas o corpo não estava lá, ou nunca esteve  lá? Diante dos   fatos, o desespero tomou conta da família que acompanha o movimentos dos supostos assassinos.  A população movida pela emoção e revolta, chamavam os supostos  acusados de “assassinos”. Depois que os próprios açudados do assassinato não terem localizado o corpo eles retornarão para delegacia do Alto maracanã.  Video https://youtu.be/4Lvs3Ptj-Mk

Em relação as buscas, a policia informou que o Corpo de Bombeiros realizaram buscas na região do parque e não obtiveram sucesso na localização do corpo de tayná, diante disso, a população foi autorizada a colaborar na procura de Tayná.

Em menos de duas horas o corpo foi localizado em um poço desativado, localizado em um terreno em frente ao parque.(As imagens do vídeo são exclusivas do Blog IVAN DE COLOMBO). Vídeo  https://www.youtube.com/watch?v=YCKjuRaHTQU

 O ministério aumentou mais ainda, mas  prestem atenção no detalhe ! Por que os supostos assassinos afirmaram que o corpo estava no lago ao lado do parque? Será que alguém removeu o corpo na penumbra da noite e escondeu dentro de um poço do outro lado da rua ?

Esses fatos geram muitas dúvidas e, em tese até conspirações ! Será que realmente os acusados estavam “encenando” o local do crime e tentando esconder a verdade? Será que os acusados estavam dizendo a verdade ou ocultando o nome dos verdadeiros assassinos ou assassina? Na entrevista coletiva eles apontam um dos acusados como sendo o assassino e que o mesmo teria  feito sexo com a vitima mesmo depois de morta.

As imagens do vídeo da localização do corpo de Tayná mostram que a jovem estava complemente vestida ! Será que ele foi morta realmente  no parque de diversões como  afirmaram os supostos acusados? Quem teria o cuidado de vesti-la antes de jogar no poço? Muitos detalhes dessa história não batem!  Alguém teria transportado o corpo de Tayná para esconder possíveis provas? Por que os 4 acusados acusados em nenhum, momento mencionaram o poço ?

No entanto, após desenvolvidas todas as diligências e existindo fortes indícios que os 4 acusados eram os verdadeiros assassinos, o caso teve um novo capitulo com a presença de  integrantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que ouviram dos acusados que só fizeram a confissão sob tortura…. Partir desse momento os quatro suspeitos passaram a fazer parte do O Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas

O delegado Silvan Rodney Pereira que conduzia as investigações e mais investigadores da Polícia Civil foram a julgamento, por conta das denúncias. A “casa as bruxas” sobrou até para a imprensa que cobriu o caso em que teve repercussão nacional  e abalou inclusive a credibilidade da polícia no caso  onde houve  a liberação dos 4 acusados de terem cometido o crime e a prisão  de 21 pessoas acusados de tortura.

Em março de 2020, por maioria de votos, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) decidiu absolver os réus da acusação de tortura. O delegado Silvan Rodney Pereira acabou sendo condenado em primeira instância, mas a 1ª Câmara Criminal do TJPR reverteu a decisão.

Para aumentar o suspense no caso, surge as declarações da perita Jussara Joeckel, uma das mais consagradas peritas brasileiras  que mudou os rumos das investigações e o caso teve uma reviravolta com a divulgação de um laudo, onde confirmava  que o sêmen encontrado nas roupas de Tayná, não pertencia aos 4 acusados, mas de uma quinta pessoa. Inclusive o laudo final(contraprova) foi divulgado e inocentava os acusados e confirmava a presença de um quinto elemento. Segundo Jussara, o corpo da menina estava com roupas alinhadas – de forma que apenas ela mesma poderia ter vestido -, com um cadarço no pescoço e apresentava marca de pancada na cabeça. A partir desse momento  as investigações se tronaram segredo de justiça.

 Depois de 9 anos ainda persiste uma dúvida de quem matou  ou mandou matar Tayná! Para tentar colocar fim nessa historia, recentemente, o Caso Tayná passou a ser investigado pelo delegado Marcos Fontes, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o mesmo que concluiu o inquérito do Caso Raquel Genofre, 11 anos depois do crime. Será que o caso Tayná será elucidado?

 

 

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