Votação – No momento em que os professores protestavam, vereadores enviaram um projeto para a câmara e, na terça-feira (25), ele foi aprovado e, atendendo a lei, farão o pagamento da reposição ainda este mês. O que foi votado na sexta-feira foi a elevação do salário dos professores que recebem menos de R$ 1.567, que é o valor mínimo do piso. Mas Cleonir destacou que “o aumento será dado a apenas 10 professores, ferindo o artigo 80 do plano de carreira de Serranópolis, que diz que ao elevar o salário de qualquer nível da tabela, todos devem ser elevados na mesma proporção. Cobramos o aumento de 7,99% para todos os educadores (funcionários e professores), sendo que os professores devem receber retroativo a maio”, destaca a professora.
O secretário de Administração, Arno Demarchi, afirma que algumas reivindicações serão atendidas. “A posição que tomamos de não atender outras exigências não foi por vontade própria. Tivemos uma redação da receita em torno de R$ 200 mil por mês, mas, assim que a receita melhorar, faremos a reposição salarial. Estamos cumprindo a lei com relação ao piso nacional dos 18 professores que não recebiam o mínimo estipulado. Outras reivindicações de aumento, por enquanto, sem cogitações”, declara Arno.
Reunião App – No último dia 19, o presidente da APP Sindicato de Foz do Iguaçu, Silvio Borges, esteve em Serranópolis em reunião na escola municipal com os professores e secretaria de educação do município. Naquele momento, o prefeito Luiz Ferri pediu que Silvio se retirasse da escola, pois não era local para reuniões de sindicatos. O presidente da APP afirmou que só sairia com mandado judicial. Após um tempo, dois policiais pediram seus documentos e que ele saísse da escola, mas novamente afirmou que sairia só com mandado judicial. Questionado sobre a movimentação dos funcionários e a interferência da APP, Luiz Ferri informou que “Serranópolis está passando por um momento de baixa arrecadação e, se tivessem aumento, o índice passaria de 50% e teriam negativas. Não sou contrário ao caso de reivindicar os direitos e fazer passeatas, mas sou contrário ao sindicato do estado se infiltrar no município e, para mim, ele não tem nada a ver com o sindicato municipalista”, diz o prefeito. (Da Redação/Texto e Foto Tanner)