GOLEIRO BRUNO ABRE FÁBRICA DE VASSOURAS NA CADEIA

O ex-goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza, de 28 anos, vai trabalhar das 8h30 às 15h30 numa fábrica de vassouras ecológicas da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Ele cumpre pena de 22 anos e três meses pela morte de sua ex-amante Eliza Samudio e sequestro do filho deles. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), ele passou por treinamento e aprendeu a fazer vassouras usando garrafas plásticas que serão usadas na limpeza da própria unidade.
A partir de hoje, Bruno frequentará a sala de aula da penitenciária para concluir o segundo grau. “O sonho dele é fazer uma faculdade, mas não disse qual curso”, informou o advogado dele, Francisco Simin.
O desejo do atleta é emprestar o seu nome à marca das vassouras e vender a produção para fora da penitenciária, segundo o advogado. “Vou doar os cabos das vassouras para ele começar o negócio”, disse Simin. No Flamengo, Bruno recebia R$ 250 mil de salário e quase o mesmo valor de patrocinadores de marcas e pelo direito de imagem.
“Meu cliente está animado e pretende trabalhar muito para conseguir a progressão do regime. A nossa estimativa é de que em um ano e meio ele saia da cadeia para fazer o que mais gosta: jogar futebol”, disse o defensor. 
Medicamentos
Na noite de domingo, Bruno desmaiou na cela e bateu a cabeça na parede, segundo a Seds. Ele foi socorrido por agentes penitenciários e levado à enfermaria do presídio, atendido e liberado. Bruno havia tomado dois comprimidos de clonazepam e diazepam, usados como tranquilizantes e antidepressivos. “Ele sofreu apenas um arranhão na cabeça e nem precisou levar pontos”, informou o advogado.
A Seds informou que a medicação não foi receitada e que Bruno tomou por conta própria. A unidade abriu um procedimento interno para apurar as circunstâncias em que os medicamentos chegaram ao detento. “Bruno passa bem e vale ressaltar que hoje (ontem) já volta a ter banho de sol e no próximo fim de semana poderá receber visitas”, informou a Seds, por meio de nota. 
Bruno ficou quase um mês proibido de tomar banho de sol e de receber visitas, depois de se desentender com outros detentos e com um agente penitenciário na lavanderia do presídio. Ele também estava proibido de trabalhar. 
O goleiro recebe visitas da mulher, a dentista Ingrid Calheiros Oliveira, da avó Estela Trigueira de Souza e, eventualmente, das duas filhas com Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, absolvida no mesmo processo. (Jornal de Minas)
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