Ex-político do Partido dos Trabalhadores (PT) e ex-sindicalista com base eleitoral em Paraná, hoje criminoso brasileiro acusado de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro em 2005, após surgir Escândalo do Mensalão. Denunciado e condenado como réu no processo no caso do mensalão, Henrique Pizzolato fugiu do Brasil em novembro de 2013 para evitar prisão. Pizzolato encontra-se atualmente em algum lugar do norte da Itália (provavelmente na região de Milão), país do qual também écidadão. Desde que fugiu do país, tornou-se foragido da Justiça Brasileira em razão de condenação transitada em julgado, passando a ser procurado internacionalmente pela Polícia Federal do Brasil e pelaInterpol.2
Foi diretor do Banco do Brasil e presidente do Sindicato dos Bancários emToledo (Paraná) e da CUT no mesmo estado.3
Polícia investiga saque de € 1,6 mi de conta que pode ser de Pizzolato
Folha de São Paulo : A Polícia Federal está investigando um saque de € 1,6 milhão feito em uma conta na Suíça que as autoridades acreditam ser do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato.
Condenado no julgamento do mensalão, Pizzolato está foragido desde a decretação de sua prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em novembro de 2013.
Sua família diz que ele está na Itália, país do qual tem cidadania –o que impossibilita sua extradição segundo as leis locais; no máximo, ele poderá ter um segundo julgamento na Itália.
A investigação foi revelada na edição de hoje do jornal “O Estado de S. Paulo”. Segundo o jornal, autoridades suíças auxiliam a PF no rastreamento da movimentação da conta.
O período do saque também não está determinado. Segundo a Folha apurou, a PF trabalha com a hipótese de que Pizzolato preparou a sua fuga durante meses, uma vez que sua condenação inicial foi conhecida no fim de 2012, a prisão só ocorreu após a análise de seus recursos, e foi ordenada pelo STF no dia 15 de novembro.
FUGA
Condenado a 12 anos e 7 meses de detenção em regime fechado, o próprio Pizzolato divulgou por meio de seu advogado, um dia após a expedição de seu mandado de prisão, uma nota dizendo que havia fugido para a Itália com o objetivo de escapar das consequências de um “julgamento de exceção”. Além disso, alegou que gostaria de ver seu caso sendo novamente analisado pela Justiça italiana, onde não haveria pressões “político-eleitorais”. Devido à sua cidadania, ele estaria em relativa segurança na Itália, uma vez que o país europeu não extradita seus nacionais.
Pizzolato só poderia ser preso se o Brasil conseguisse fazer com que a Justiça italiana abrisse um processo relativo aos crimes do mensalão e, após novo julgamento, o condenasse. Isso tudo, porém, seria algo extremamente difícil de acontecer, segundo especialistas em direito internacional ouvidos pela Folha.
Tão logo sua carta foi divulgada, a Polícia Federal incluiu o nome de Pizzolato na chamada difusão vermelha da Interpol, deixando-o na lista internacional de criminosos procurados.