Richa assina contratos para a construção de novos presídios

O governador Beto Richa e a secretária estadual da Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, assinaram nesta quinta-feira (23) os primeiros contratos de obras que irão ampliar o sistema carcerário do Paraná e acabar de vez com os problemas de superlotação. Foram assinados contratos com quatro empresas, responsáveis pela construção das novas cadeias públicas de Campo Mourão, Guaíra e Piraquara; dos Centros de Integração Social de Piraquara e Foz do Iguaçu I; e da ampliação da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa.
“Estamos resolvendo um problema que se acumula há décadas no Paraná e que outros governos não fizeram a sua parte. Nossa meta inicial, prevista no plano de governo, era a transferência de seis mil detentos custodiados de forma irregular em delegacias para o sistema prisional. Estamos trabalhando além deste compromisso e, em três anos, já transferimos mais de sete mil presos para as penitenciárias.”, disse o governador.
São 20 projetos no total que vão abrir 6.670 novas vagas no sistema prisional paranaense. Serão construídas seis cadeias públicas (2.292 vagas para presos provisórios), seis novos Centros de Integração Social (1.296 vagas para presos de regime semiaberto) e ampliação de oito unidades (3.082 vagas para regime fechado).
Os contratos para as demais obras serão assinados nos próximos dias.

Futuro ministro da Saúde é investigado por improbidade
Convidado ontem pela presidente Dilma Rousseff para assumir o Ministério da Saúde no lugar de Alexandre Padilha, Arthur Chioro, atual secretário de Saúde em São Bernardo do Campo (SP), é alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo por improbidade administrativa. “O objeto da apuração é de possível violação ao princípio da administração pública, porque ele é secretário municipal e, concomitantemente, sócio majoritário da empresa Consaúde Consultoria, Auditoria e Planejamento Ltda., que presta serviço para diversos municípios, confrontando a Lei Orgânica de São Bernardo do Campo”, disse a promotora Taciana Trevisoli Panagio.
Segundo o “Diário do Grande ABC” e o “Correio Braziliense”, o inquérito civil público foi instaurado em setembro de 2013. A consultoria, que pertence ao secretário desde 1997, presta serviços na área da saúde a várias cidades do Estado de São Paulo, sobretudo em municípios sob a gestão petista, como Ubatuba e Botucatu. Procurada pela Folha, a Secretaria de Saúde de São Bernardo do Campo (SP) não comentou a investigação até o fechamento desta edição.
A escolha de Chioro começou a ser sacramentada na semana passada. A presidente tinha boas referências sobre a atuação do secretário quando de sua passagem pelo Ministério da Saúde entre 2003 e 2005, no governo Lula. À época, Chioro dirigia o Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, onde foi responsável pela implementação do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Secretário de Saúde em São Bernardo desde 2009, Chioro é formado em medicina e tem doutorado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Ele também foi secretário de Saúde de São Vicente (SP), de 1993 a 1996. Desde 2011, é presidente do Cosems-SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo). Pesquisador em diversas áreas, escreveu em 1996 um livro intitulado “Magnetismo, Vitalismo e o Pensamento de Kardec”, baseado nas teorias do espiritismo.
TERCEIRA VIA
Após a formalização da escolha, Chioro almoçou com Padilha em uma sala privativa de um badalado restaurante da capital federal. Segundo a Folha apurou, os dois podem acompanhar, juntos, a presidente Dilma em viagem oficial a Cuba na semana que vem. Outro fator que contou a favor de Chioro foi a disputa entre Padilha e o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, pela indicação do futuro titular da saúde. Ambos queriam influenciar na escolha, mas, como é de costume quando há disputas do gênero, Dilma optou por uma terceira via. 
Folha de S. Paulo
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