O presidente interino ucraniano anunciou neste sábado que o exército se encontra em estado de alerta, depois do voto do parlamento russo a autorizar “um recurso às forças armadas no território da Ucrânia”. Recorde-se que A Rússia decidiu ocupar na sexta-feira passada a região estratégica da Crimeia após o Parlamento ter dado luz verde a Vladimir Putin para proteger os seus interesses. Uma referência explícita ao uso de tropas fez aumentar os momentos de tensão entre os dois países, que começaram quando o antigo presidente ucraniano Ianukovich foi deposto após vários protestos realizados por manifestantes que exigiam uma maior ligação à União Europeia e não à vizinha Rússia.
A Ucrânia já tinha acusado a Rússia, na semana passada, de ter “invadido militarmente e ocupado” a região da Crimeia, zonado Mar Negro onde está atracada uma frota russa. O primeiro-ministro Arseny Yatsenyuk pediu a Moscovo que “recolhesse as suas forças e que estas voltassem para a sua base”. “Companheiros russos, parem de provocar os civis e a resistência militar na Ucrânia”, acrescentou. O ministro dos Negócio Estrangeiros russo, Grigory Karasin, disse aos jornalistas que a moção apresentada por Putin não tem como significado uma decisão imediata de enviar mais tropas para a Ucrânia. “Ainda não se falou sobre esse assunto”, explicou Karasin.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas convocou uma reunião de emergência neste sábado. Também os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da União Europeia irão reunir-se na próxima segunda-feira para discutir a situação crítica da Ucrânia.