Lucro do Banco do Brasil sobe 10% e vai a R$ 3 bi no 3º trimestre

O Banco do Brasil encerrou ontem ( quinta-feira)a temporada de balanços dos grandes bancos de capital aberto do País no terceiro trimestre ao anunciar lucro líquido, considerando eventos extraordinários, de R$ 3,062 bilhões de julho a setembro, um aumento de 10,1% ante o mesmo intervalo do ano passado, de R$ 2,780 bilhões. Ante os três meses anteriores, quando foi de R$ 3,008 bilhões, subiu 1,8%. As informações são do Estadão.

Já o lucro líquido ajustado somou R$ 2,881 bilhões, um leve recuo de 0,1% em um ano, de R$ 2,885 bilhões, em linha com as projeções de analistas. Na comparação com o trimestre anterior, de R$ 3,040 bilhões, a redução foi maior, de 5,2%.

De janeiro a setembro, o Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 11,888 bilhões, acréscimo de 43,5% em um ano. O desempenho, conforme o banco, teve reflexo da receita da operação Cateno, que gerou impacto de R$ 3,212 bilhões no período. Sem itens extraordinários, o lucro do BB foi de R$ 8,947 bilhões até setembro, aumento de 7,5% em um ano.

No terceiro trimestre, o BB apurou ganho contábil de R$ 3,4 bilhões pela majoração da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) que passou de 15% para 20%. Tal montante foi, porém, parcialmente compensado por uma provisão para devedores duvidosos adicional no valor de R$ 2,4 bilhões, provisão extraordinária com demandas contingentes de R$ 1,8 bilhão e outros. Isso significa que, assim como outros bancos, o BB aumentou a previsão para calotes. Do lado positivo, o BB apurou ainda R$ 2,3 bilhões efeitos fiscais e participação nos lucros e resultados sobre itens extraordinários.

Crédito. A carteira de crédito ampliada do BB, que considera títulos privados e garantias, encerrou setembro em R$ 804,6 bilhões, alta de 3,6% contra junho, de R$ 776,8 bilhões. Em um ano, quando os empréstimos somaram R$ 733 bilhões, o aumento foi de 9,8%. No período, o BB manteve a sua liderança em crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), com participação estável em 20,8% no terceiro trimestre ante o segundo.

O destaque no período, segundo o BB, foram as operações voltadas às pessoas jurídicas que cresceram 2,5% ao final de setembro na comparação com junho, para R$ 362 bilhões. Em um ano, o avanço foi de 5,9%. A pessoa física foi destaque na expansão anual com alta de 8,1%, para R$ 189,6 bilhões. No comparativo com o segundo trimestre, os empréstimos para esse público evoluíram 1,4%.

O BB fechou setembro com R$ 1,575 trilhão em ativos totais, aumento de 10% em um ano, de R$ 1,4 trilhão. O patrimônio líquido do BB foi a R$ 83,8 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 3,2% em um ano e de 1,4% em relação aos três meses imediatamente anteriores.

Inadimplência. Após melhorar no segundo trimestre, a inadimplência do Banco do Brasil, que considera atrasos acima de 90 dias, foi a 2,2% ao final de setembro, aumento de 0,16 ponto porcentual ante junho, quando o indicador ficou em 2,04%. Em um ano, a piora foi de 0,11 p.p. Se desconsiderada a carteira do banco Votorantim, o índice de inadimplência do banco teria passado de 1,89% ao final de junho para 2,07% no término de setembro. Em um ano, estava em 1,91%.

As despesas com provisões para devedores duvidosos do Banco do Brasil, chamadas de PCLD pela instituição, totalizaram R$ 6,4 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 15,9% ante o segundo trimestre. Em um ano, cresceu 40,2%. O saldo de provisão para devedores do BB terminou setembro em R$ 34 bilhões, cifra 15,4% maior em relação a junho, de R$ 29,5 bilhões. Em um ano, , cresceu 32,0%.

Votorantim. O lucro líquido do banco Votorantim no terceiro trimestre de 2015 somou R$ 137 milhões, cifra 1,5% maior que a de R$ 135 milhões vista em um ano, conforme relatório que acompanha demonstrações financeiras do Banco do Brasil. Na comparação com os três meses anteriores, quando ficou em R$ 146 milhões, foi identificada retração de 6,16%. De janeiro a setembro, o lucro líquido do banco Votorantim caiu 5,4% ante um ano, para R$ 405 milhões. O Votorantim completou seu processo de reestruturação em 2014. A parceria estratégica do BB com a instituição, através da Votorantim Finanças, foi iniciada em 2009.

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