“Nós estamos vendo o resultado das eleições de poste”, dispara Mendes

 

O ministro do STF, Gilmar Mendes, foi o convidado do programa “Mariana Godoy Entrevista” na última sexta-feira sexta-feira (11). Durante sua participação, Mendes defendeu que o processo de impeachment seja julgado pelo Congresso e não pelo tribunal e revelou-se cético com a eleição de ‘postes’, criticando a atuação de administradores públicos que não tiveram vivência política antes de assumirem seus cargos, numa clara alusão à presidente Dilma Rousseff. “Nós estamos vendo o resultado das eleições de poste (…). Acho que a teoria do poste aparentemente não está funcionando bem, né?”. Mariana Godoy comentou então que a presidente nunca ocupou cargo político antes de assumir a chefia do Executivo Federal e o ministro confirmou sua opinião: ‘não seria o caso de um poste?’. As informações são d’A Tribuna.

Sobre a declaração do presidente do Senado, Renan Calheiros, de que talvez a Casa deva abrigar o processo de impeachment, Mendes disse que o assunto é algo que até pode “ser analisado no Supremo Tribunal Federal”. Entretanto, Mendes disse achar que não cabe ao STF analisar o rito de impeachment: “não acho que caiba ao Supremo a feitura do rito do impeachment”, e respondeu à pergunta da apresentadora do talk show sobre a possibilidade de mesmo diante de uma decisão favorável da Câmara em relação ao impeachment, o presidente do Senado poder negar a tramitação da ação. “Nós estamos vivendo o fenômeno da judicialização da vida política, se não houver uma solução anterior, muito provavelmente o presidente do Senado tomará uma deliberação e isso poderá ser impugnado por um lado ou pelo outro”.

Ainda sobre o impeachment, Gilmar Mendes ponderou: “eu tenho defendido que o tribunal seja moderado na intervenção, pois esse processo de impeachment é centralmente político, é confiado para a Câmara e para o Senado”. “Nós temos que ter o cuidado para evitar distorções que levem ou que transformem o Supremo quase que em uma casa geral de suplicação. É o muro das lamentações e, claro, teremos contestações a toda hora”, afirmou o ministro.

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