O direito de morrer com dignidade respira na Câmara Municipal de Colombo. Ontem, terça-feira(02), a morte foi tema de discussão durante a Sessão Ordinária e pegou os donos de funerárias, planos funerários e de cemitérios pelo pé. O debate fúnebre deixou agitado os vereadores e com a foice nas mãos. Se depender da vontade do vereador Issa, muitos maços de velas ainda serão queimados até que suja uma luz no fim do túnel.
Durante a sessão vários vereadores deram apoio e votos de pesares no intuito de ressuscitar um projeto enterrado da ex-vereadora Marta Pinheiro, porém não há como ressuscita-lo devido o adiantado atraso de legislatura. Segundo a legislação vigente a autoria e tempo previsto para que um vereador possa tramitar um projeto vale enquanto este estiver exercendo o mandato, em caso de não reeleição o processo vai para a gaveta até que alguém possa reencarna-lo ou clona-lo.
” Em relação há proposições de mandatos anteriores que não tramitaram, é porque foram arquivados como determina o Regimento Interno desta Casa, mas a reapresentação e readaptação de propostas que venham a colaborar para essa questão contarão com apoio desta Mesa Diretora para retomar as discussões neste plenário”, destacou o presidente da Câmara, o vereador Vagner da Viação (PRB) http://www.camaracolombo.pr.gov.br/noticia_6.asp?NNN=86
Atualmente a discussão está em clima de velório, os vereadores querem rever o contrato com as funerárias, entre os pedidos para a renovação estão a melhoria na qualidade dos caixões fornecidos à prefeitura e a cobrança das taxas de velório, quando as empresas de planos funerários utilizarem as casas mortuárias do municipio. O choro dos vereadores tem sentido, os planos funerários cobram dos seus clientes a taxa de velório e quando utilizam as casas mortuárias do Município, o serviço sai de graça. Essa taxa segundo o vereador Issa da Paixão, irá contribuir na manutenção das casas mortuárias.
Essa questão é penosa e poderá causar um mal súbito no setor, porém todos concordaram que o valor cobrado pelas funerárias estão pela hora da morte. Segundo o vereador Sidnei Campos, para retirar um corpo da funerária custa em média 700 reais.
“Atualmente se você não tiver 700 reais não consegue sepultar um corpo em Colombo. Ainda é necessário desembolsar mais 250 reais para o translado. Outro problema é a aquisição de uma gaveta”, disse o vereador.
Os 17 vereadores vereadores ainda defendem a necessidade de construção de um Cemitério Municipal.