Vereadores de Colombo questionam o “ROMBO” NA FATURA DA SANEPAR

 E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. Apocalipse 16.

A Sanepar- Companhia de Saneamento do Paraná, rompe a “adutora” do bom senso oferecendo” menos por mais”. Esse mes começa a vigorar em todo o Paraná a nova sistemática na cobrança da tarifa. Antes da mudança o consumidor pagava R$ 0,00337 centavos por litro no consumo de até 10m3( dez metros cúbicos), ou seja, R$ 33,74 para um consumo de até 10 mil litros.

A partir de agora a taxa minima em vigor é 5m3( cinco metros cúbicos), a um custo de R$ 32,90. Nessa mudança que apenas beneficiou a Sanepar, o desconto concedido  que deveria ser proporcional a 50%  conforme a redução da taxa minima, foi de apenas 10%. Isso é um ” ROMBO” no bolso do consumidor.  Os vereadores da Câmara Municipal de Colombo em sessão realizada nesta terça-feira(06), debateram o assunto e em ação conjunta irão questionar a Sanepar.

 Outra informação importante é que já existe ações no Ministério Público do Paraná questionando a diminuição da taxa minima de consumo e o valor do desconto concedido. O vereador Anderson Prego, usou a Tribuna Livre para falar sobre o assunto.

Foto: BIC

Após o uso da palavra de vários vereadores, o presidente Vagner Brandão disse que os consumidores de Colombo serão representados pela Câmara Municipal de Colombo ” Convoco os vereadores para ainda essa semana para nos reunirmos para encaminharmos em nome da Câmara Municipal um ofício à Sanepar. Não podemos nos omitirmos diante desses problemas sociais que ocorrem. Temos que debater e procurar sempre o melhor possível para a população, disse Vagner Brandão.

Acompanhe o pronunciamento do vereador Anderson Prego.

Vereador Anderson ´Prego
Foto: BIC

Sanepar corta pela metade o consumo mínimo de água, mas se mantém praticamente igual

Boa Tarde senhor presidente, senhora vereadora Dolíria Strapason, vereadores, comunidade, imprensa, servidores da casa e da prefeitura de Colombo

Começou a valer na ultima quinta-feira, dia 01/06 a nova forma de cobrança da tarifa mínima de água pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). A partir da referida data, todos os usuários do sistema de saneamento terão direito de uso de cinco metros cúbicos de água em caso de pagamento da tarifa mínima. Até então, a taxa permitia o consumo mínimo de 10 metros cúbicos. Neste quesito não há problema, pois sempre foi uma luta nossa buscar que a Sanepar pudesse realizar medidas de consumo para quem usa menos de 10 metros cúbicos. Porém a empresa aproveitou para diminuir para 5 metros cúbicos, porém manteve praticamente o mesmo valor que eram pagos pelos consumidores. Muitas famílias durante anos não consumia os metros cúbicos da taxa mínima e mesmo assim pagavam pelo total. Agora continuaram pagando o mesmo valor, porém com metade do consumo.

Questionamos a Sanepar através do pedido de informação de nº de nosso Gabinete e a resposta veio muito superficial e até mesmo com um pouco de descaso. Este reajuste tarifário também aumentou a conta de água em 8,53% a partir de junho.

Mas não é só isso que nos deixa indignado dentro desta maquiagem da cobrança de valores, teremos ainda ao longo dos próximos anos um reajuste, gradativo e o preço do serviço subirá continuamente ate chegar 25,63%. Não bastasse isso é preciso apresentar outro detalhe: este reajuste não faz parte da revisão anual obrigatória dos valores cobrados pela Sanepar.

Para exemplificar um pouco melhor, antes da mudança na tarifa mínima, os usuários da rede de saneamento precisavam pagar pelo menos R$ 33,74 por mês, com o usufruto de 10 metros cúbicos de água. Agora, o preço cai para R$ 32,90, apenas 0,84 centavos a menos e terá o direito de uso de cinco metros cúbicos. O que me chama a atenção é sobre os valores pagos ao longo de décadas por um consumo que nunca existiu para a maioria dos cidadãos e cidadãs. Aproveito a presença do nobres pares, bem como do jurídico desta casa de leis, pois acredito que o nosso jurídico poderia realizar uma análise aprofundada, para respaldar os cidadãos a requerer na justiça o ressarcimento deste consumo que nunca existiu.

Buscando aprofundar minha análise, li uma matéria que saiu  num jornal de grande circulação, que apresentou alguns questionamentos a companhia de abastecimento, que informou que “a nova estrutura tarifária previa a manutenção das receitas da companhia o que permite que a Sanepar siga investindo nos seus sistemas de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgoto. A empresa disse ainda que a medida atende a uma reivindicação antiga dos consumidores e promove justiça tarifária.” Vejam só, como a justiça demorou para chegar e ainda mantém o valor praticamente igual para quem gasta menos da metade da antiga tarifa, além de admitir que a nova forma de cobrança serve para manutenção das receitas e que nós sabemos muito bem boa parte irá para os bolsos dos acionistas e não para melhorar e levar serviços a população.

Encerando a minha breve fala, apresento, senhor presidente, mais este questionamento, pois acredito que é papel fundamental desta casa de leis, questionar as coisas que afetam a vida das pessoas e não podemos nos eximir de defender os anseios do povo, buscar explicação e exigir que seja reparados danos que  ao longo dos anos afetaram a vida da nossa população.

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