A Coreia do Norte aumentou bruscamente as apostas em seu stand-off com o resto do mundo neste domingo, 03 de setembro. após ter detonando um poderoso dispositivo nuclear que afirmou ser uma bomba de hidrogênio que poderia ser anexada a um míssil capaz de chegar ao continente dos Estados Unidos. O jornal Washington Post, disse “Mesmo que o regime liderado por Kim Jong Un exagere seus feitos, a evidência científica mostrou que a Coréia do Norte tinha atravessado um limiar importante e detonou um dispositivo nuclear exponencialmente mais poderoso do que o último, e quase oito vezes o tamanho da bomba que destruiu Hiroshima”.
O sexto teste nuclear e gerou um terremoto de magnitude de 6.3 graus na escala Richter. O regime de Pyongyang confirmou ter realizado o teste nuclear, desta vez com uma bomba de hidrogênio. Segundo a agência sul-coreana Yonhap News, a Coreia do Norte realizou com sucesso o teste à bomba de hidrogênio que pode ser carregada num novo míssil balístico intercontinental. A televisão estatal da Coreia do Norte disse que Pyongyang confirmou em nota oficial o teste deste domingo após ter causado um terremoto artificial que foi detectado com epicentro perto do local onde se realizam os testes nucleares
O governo da Chines emitiu em seguida um comunicado dizendo opor-se “firmemente” à ação de Kim Jong Un e diz estar inabalável na decisão de promover a “desnuclearização” da península da Coreia e pôr em prática as resoluções do Conselho de Segurança da ONU. No comunicado o governo chinês diz que a China está empenhada em “manter a paz e a estabilidade no nordeste da Ásia”, alinhando a sua vontade à da comunidade internacional.
Os chineses exortam a Coreia do Norte a respeitar a vontade da comunidade internacional, cumprindo as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, e com isso a “parar” com uma deterioração da situação. Os chineses dizem ainda não se conformar com “ações erradas” e “contrárias” aos seus interesses e pedem que se retome o diálogo.
Japão pede “protesto veemente” à comunidade internacional
O primeiro-ministro do Japão diz já ter falado com vários países aliados, EUA, Rússia, China e Coreia do Sul, para que seja feito um “protesto veemente” ao teste nuclear da Coreia do Norte. “É inaceitável que a Coreia do Norte tenha realizado um teste nuclear”, disse, numa comunicação transmitida ao vivo neste domingo. “Temos de protestar veementemente”, pediu. Shinzo Abe pediu informações a todos os seus ministérios sobre o que aconteceu e marcou uma reunião do conselho nacional de segurança japonês..
O Japão foi, aliás, o primeiro país a alertar para o que aconteceu, dizendo logo na primeira hora que o terremoto sentido a meio do dia no Japão (12h hora de Pyongyang, tinha sido artificial. Os serviços de meteorologia japoneses confirmaram desde cedo que o terremoto não tinha causas naturais.
EUA e Coreia do Sul já se prenunciaram
A presidência da Coreia do Sul fez saber que os altos responsáveis de Seul já estão em contacto com os Estados Unidos, numa conversa telefônica de urgência logo depois de ter acontecido a explosão, que provocou o terremoto. O conselheiro de segurança nacional dos EUA, HR MacMaster, falou com Chung Eui-yong, durante cerca de vinte minutos, informou jornal Guardian.
Imagem disponibilizada pelos serviços norte-americanos de geologia (Serviço Geológico dos EUA), que monitorizam a actividade mundial, e que registaram um sismo de 6,3, a 24 km de Sungjibaegam, na Coreia do Norte, precedido de uma explosão.